Como eu te vejo

Olha-me como bobo bem-te-vi

que goza alardear tua presença

e canta e diz estar vendo a ti,

e não estando a ver-te, inventa.

Veja-me como um tolo colibri

que paira, tendo asas tão velozes,

e paira para ouvir a voz de ti

entre tantas mal falantes vozes.

Então me veja com olhar de ternura

mesmo sendo o mais claro dia,

mesmo sendo a noite mais escura.

Então me olha como eu te olho,

então me veja como eu te vejo:

sorrindo e querendo o meu beijo.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 24/03/2017
Reeditado em 25/03/2017
Código do texto: T5951086
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