SONETO DO CORAÇÃO VAZIO

Frente aos olhos meus, o coração vazio

O cerrado num silêncio que me angustia

E os pensamentos em uma total heresia

Relatando abastado sentimento sombrio

Estacada emoção com dor em orgia

Sangra sofrência de sonhos sem brio

Das saudades que na alma dá arrepio

E na quimera traz perfídia com ironia

Assim neste saguão de solidão gentio

Chora e lamenta, o amor em agonia

Que aperta o peito num amargor frio

E carente de ilusão e pouca ideologia

Trilho em um querer de séptico luzidio

Ordenando agrura, e refreando o dia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Março de 2017, 05’20” - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/03/2017
Reeditado em 29/10/2019
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