MEUS VERSOS (soneto)

Meus versos, assobio do vento no cerrado

A alma melancólica devaneando na rima

O sentimento escorrendo de sua enzima

Do grito do peito do sonho estrangulado

São mimos das mãos no verbo em esgrima

Ternura na agonia, voz, o lábio denodado

Galrando sensações num papel deslavado

Que há no silêncio do fado em sua estima

Os versos meus, são o olhar em um brado

O gesto grifado no vazio sem pantomina

Vagido da solidão parindo revés entalado

Meus versos, da alacridade me aproxima

Me anima, da coragem de haver poetado

Ter e ser amado, o telhado, riso e lágrima

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Abril de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 15/04/2017
Reeditado em 16/03/2020
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