ALMA DESERTA (soneto)

A minha alma está deserta

Oca de silêncio, de barulho

Deserta de presença, oferta

O sonho tornou um engulho

Desabou em andarilha, referta

Esquecida em um embrulho

Num deserto e ali descoberta

O teu mapa virou um entulho

Minha alma tornou-se deserta

Lembranças vazias, um arrulho

Sem sombra e sem um alerta

Minh'alma está um pedregulho

De mim mesmo está deserta

Eu sem ela, estou um bagulho

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

01 de maio, 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/05/2017
Reeditado em 30/10/2019
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