AURORA NO CERRADO (soneto)

Admirar-te enlevado na tua hora

És parida no horizonte do cerrado

És tu oh virginal e formosa aurora

Silenciosa no céu titã e encarnado

Entre nuvens forasteiras, senhora

Alavam-me pensamentos tão alado

Na áurea nascente que me aflora

Anuindo devaneio pro encantado

Num arpejo de harpa por ti sonora

Aos olhos, num observar alumiado

Surgis em glórias e sem penhora

E a emoção neste plural batizado

Saúda, pois ufanar lhe é anáfora

No teu fulgor angelical pavonado

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, 17/05, 04'35" - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/05/2017
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6003274
Classificação de conteúdo: seguro