Capa do nosso próximo lançamento, "A MULHER EM SONETOS". Arte gráfica do gaúcho José Augustho Marques, o Zé Poesia - poeta, pintor e crítico de arte.





COMIGO, NÃO [742]
 


Um dia, vou largar de ser boêmio...
Ao pândego que sou, cantarei nênia,
mas já irei beber a paz, por prêmio,
no mar d’amor dos seios de Ifigênia.
 

Vou permitir-me à vida sem boêmia,
aqui, no lar, ou noutro manso grêmio,
com dos burgueses certa data vênia,
a fim que eu sobreviva no milênio. 
 
 
Ora, qualquer gajão que se aposenta,
bota pijamas, vai-se de um barzinho,
então nos copos mete mais a venta.
 

Comigo, não, ó jacaré!... Um dia,
deixo de ser boêmio, mas meu vinho,
ora!.. Acrescento mais, com poesia.
 

Fort., 30/05/2017.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 30/05/2017
Reeditado em 30/05/2017
Código do texto: T6013420
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.