Ré feição

Pincel; meu coração te delineia,

Veia, tinta, perfeito o tal painel,

Céu do teu olhar que o meu, só devaneia,

Desnorteia-me em teu rumo sem véu.

Papel pele, sensível esperneia,

Nua teia cobre-te por meu léu

Rapel, contorno; a boca que tateia,

E proseia silêncio, assim pinel.

Anel nos lábios numa paz chuleia,

Entremeia sentires a granel,

E num tropel de cores que gorjeia.

Cheia lua, alma, pulso é corcel,

Tendel na carne, feito sol na areia,

É ceia de nós; templos e motel.

#ordonismo

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 12/11/2017
Código do texto: T6170092
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