A busca pelo meu Sonetim

Em 25 de janeiro de 2010, encontrava-me em São Paulo, na residência de uma grande amiga. À noite, como sempre o faço, coloquei-me a escrever e, às 22h45, publiquei no Site da Magriça, sob a autoria de Edmilson dos Santos, meu primeiro heterônimo, o poema “Deusa”. A criação perfaz-se em quatro estrofes (4, 3, 2, 1 versos), nas quais ignoro quaisquer regras concernentes à rima ou à métrica, embora mantenha som ritmado a cada verso.

Chistosa a situação enfrentada, porque ao publicar "Deusa" no espaço reservado aos escritos de Edmilson dos Santos, distrai-me e assinei abaixo do poema: Sílvia Mota a "Poeta do Amor e da Paz", dedicando-o a um poeta que publicava no site. Literalmente, atrapalhei-me em tudo! Ao realizar a conferência, percebi o engano. Entretanto, os deuses não comungavam a meu favor, pois a conexão com a Internet caiu naquele exato momento, demorando mais ou menos uma hora para retornar. Entrei em "desespero" (rsrsrs), porque não desejava revelar o meu heterônimo, naquele momento. Quando tudo voltou ao normal, era outro dia e, pela madrugada, li o comentário da poeta Raquel Donegá: "Ué... Edmilson é Sílvia Mota?" Foi o que bastou. Aborrecida com a própria falha optei por revelar os meus quatro heterônimos, um em seguida do outro. A surpresa dos colegas foi muito interessante, por que não dizer, adorável ao meu olhar!

O poema “Deusa” encontra-se publicado no blog do meu heterônimo, desde quinta-feira, 28 de janeiro de 2010. (Postado por SÍLVIA MOTA às 07:20 0 comentários). Esqueci-me de apagá-lo, por sorte minha: http://edmilsondossantospoeta.blogspot.com.br/2010/01/deusa.html Desde então, vinculei-me à ideia de criar uma forma singular de apresentação da minha poética.

Em 23 de maio, resgatei-o na minha Rede Sociocultural Poetas e Escritores do Amor e da Paz (PEAPAZ): http://silviamota.ning.com/profiles/blogs/es-deus. Alguns dias antes, fizera-o no Mural dos Escritores, onde apresentava-me como colunista destacada. Não me recordo a data e acredito que não tenho como confirmá-la, porque não mais integro a referida Rede Cultural. Nos dois momentos, assumi a autoria como Sílvia Mota, ignorando o meu heterônimo Edmilson dos Santos. Realizei acertos a alguns versos e modifiquei o título para "És deus", pelas razões óbvias ("autor", antes homem e, agora, mulher).

Os estudos continuaram. Criei diversos indrisos e a cada criação imprimia novo dado, até chegar aos indrisos sob versos alexandrinos. A partir desse estágio, encontrei o que buscava em "Minha saudade", poema publicado na Rede PEAPAZ em 25 de junho de 2010, às 13h20. Repeti o feito no Recanto das Letras.

Mantenho a disposição das quatro estrofes (4, 3, 2, 1 versos) utilizada em "És deus!" e,  levando em conta a minha paixão pela forma poética, acrescento-lhes versos alexandrinos (a exemplo dos últimos indrisos), somando-lhes a exigência de duas únicas rimas assim concentradas: AAAA, BBB, AA, B. Nas três primeiras estrofes, as palavras que coroam os segundos hemistíquios dos primeiros versos, assim como as dos primeiros hemistíquios dos últimos versos, incluindo-se aqui o verso solitário que encerra o poema, devem rimar entre si. As rimas dos primeiros hemistíquios não se prendem às rimas dos segundos hemistíquios, sendo livres a cada estrofe. Ainda em dúvida quanto ao destino do segundo hemistíquio do último verso do poema, continuo por essa aventura poética a qual me acostumei a chamar de "A busca pelo meu Sonetim".

Quando o Site da Magriça sofreu ataque de um hacker, Magriça colocou à disposição dos membros, os arquivos recuperados.

Eis a linguagem HTML da formatação utilizada na publicação do poema "Deusa", sob o nome de Edmilson dos Santos (Publicado em 25/01/2010 23:24:47 - 166 leituras):

Seus Escritos no Site da Magriça
Edmilson dos Santos
Deus
(erótico)

<center>

<img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 800px; height: 585px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_rMNbbbYpGgo/S2NlUTZ79LI/AAAAAAAACRQ/qA8Gos4JNA0/s200/osamantes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5432296975019799730" /></a>

Encontro magnífico das estrelas,
és a branca maciez das nuvens,
o som dos anjos a louvar,
o surto do meu pensamento.

És o infinito que se esconde
na minúscula réstia de luz,
que resta no meu olhar.

És o sangue azul purpúreo
que escorre, em lume, do meu sexo.

És a deusa, que me transforma em pecado!<p /><br /><br />

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Edmilson dos Santos
São Paulo, 25 de janeiro de 2010 – 22:45hs.
Dedicatória: Ao Poeta Xxxxxxx Xxxxxxxx.
Publicado em 25/01/2010 23:24:47 - 166 leituras

Em 6 de julho de 2010, às 18:37:17, fui contatada amistosamente por autora do Recanto das Letras (não deseja ser identificada), que alegava ser criadora da estrutura poética 4, 3, 2 e 1, sob algumas características que me foram passadas. Informou, ainda, que a publicara no tópico Teoria Literária em 6 de maio de 2010. Após entendimentos por e-mail, decorrentes de explicações e comprovações detalhadas do que expresso nesta página, chega a autora à constatação de que o seu engenho poético coincidia com a estrutura do poema "Deusa" do meu heterônimo Edmilson dos Santos. Sem demora, a nobre autora enviou-me, em 7 de julho de 2010 às 18:45:47, a seguinte declaração:

"EU ABDICO DO MEU "**-*****" DEFINITIVAMENTE DIANTE DA COINCIDÊNCIA COM A CRIAÇÃO DE SILVIA MOTA "Sonetim". E AFIRMO, QUE NUNCA LI, NEM OUVI FALAR NESSA FORMA DE ESCREVER QUANDO CRIEI O "**-*****", TANTO QUE FUI EU QUE A CONTACTEI PRA ESCLARECER A COINCIDÊNCIA."

Agradeço à autora a delicadeza no trato, a dignidade e a responsabilidade ética com que traçou o desfecho do caso.

No concernente à escolha do termo "Sonetim", até o momento não o encontrei sob a forma de designação de forma poética. O mero fato de ter sido utilizado como título de poema não caracteriza o anseio de criar forma singular de expressão poética. Mesmo assim, para que não ocorram litígios, contatei o autor do Recanto das Letras que possui um poema sob esse título. Aguardava-o, para realizar esta publicação. Entretanto, não se comunicou comigo. Para além disso, pesquisa ao Google somente revelou esta palavra em sites estrangeiros, mas nada relacionado ao que me interessa. A pesquisa continua...

Abaixo, exemplos concretos da minha Teoria Poética:
 

Minha saudade
 
Percorro cada flor, saltito rama a rama,
tal passarinho em ária, ao ressoar sou trama.
Em meu olhar longínquo esta saudade inflama
e canto ao desencanto o amor que em mim te chama.
 
Voltejo quase insana, enfrento nua a lua,
a gotejar orvalho - intensa a dor flutua.
Gorjeia em mim e assim, esta saudade crua.
 
À fuga do alçapão, resisto à lama e ao drama,
voejo aqui e ali, desfaço-me em dama.
 
Ó meu amor, amor, minha saudade é tua!
 
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz.
Rio de Janeiro, 14 de julho de 2010 - 7h04.

 
Efigênia Coutinho, Feliz Aniversário!

 
Embalas ao teu seio um canto em contracanto,
a debuxar frescor - querências sabes tanto.
Sorris a qualquer riso, enxugas qualquer pranto
ação e coração, és templo sacrossanto.
 
Teu estro em ti se expõe, fulgura emerso e imerso,
à tua vida amor – pureza é teu reverso.
Paixão é o teu condão – por tudo incontroverso.
 
Mulher dos olhos luz – bondade - és quanto encanto,
afeto em flor e ardor, és paz num acalanto.
 
Feliz a ti bendiz – o Mundo, o Universo!
 
Rio de Janeiro, 10 de julho de 2010 – 22h58.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 14/07/2010
Reeditado em 24/04/2018
Código do texto: T2376379
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