O MOVIMENTO VERDE-AMARELO

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Movimentos Modernistas Brasileiros

O ensino da literatura despertou-me o desejo de esclarecer o sentido das Escolas Literárias. Esse assunto é de especial importância para quem se inicia nas andanças literárias em busca de conhecimentos.

Em 1924, Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia e Plínio Salgado fundam o Movimento Verde-Amarelo, de tendência nativista, em oposição ao "nacionalismo afrancesado" de Oswald de Andrade um dos idealizadores Movimento Antropófago. Oswald revida em sua coluna Feira das Quintas, com o artigo "Antologia", publicado no Jornal do Comércio, em de 24 de fevereiro de 1927. Nele, Oswald faz uma série de brincadeiras, utilizando palavras iniciadas ou terminadas com anta, pois os "verdes amarelos" elegeram como símbolo nacional a "anta".

Em 17 de maio de 1929, o Grupo da Anta publica no jornal Correio Paulistano, o Manifesto Nhengaçu Verde-Amarelo:

Manifesto Nhengaçu Verde-Amarelo¹ (fragmento)

O grupo "verdeamarelo", cuja regra é a liberdade plena de cada um ser brasileiro como quiser e puder; cuja condição é cada um interpretar o seu país e o seu povo através de si mesmo, da própria determinação instintiva; - o grupo "verdeamarelo", à tirania das sistematizações ideológicas responde com a sua alforria e a amplitude sem obstáculo de sua ação brasileira. Nosso nacionalismo é de afirmação, de colaboração coletiva, de igualdade dos povos e das raças, de liberdade do pensamento, de crença na predestinação do Brasil na humanidade, de em nosso valor de construção nacional.

Aceitamos todas as instituições conservadoras, pois é dentro delas mesmo que faremos a inevitável renovação do Brasil, como o fez, através de quatro séculos a alma de nossa gente, através de todas as expressões históricas.

Nosso nacionalismo é "verde amarelo" e tupi.

[...]

Pelo manifesto podemos concluir que a linha básica do verde-amarelismo era a composição de textos patrióticos, ufanistas e de idealização do país. Além disso, propunha o uso de linguagem coloquial e subversão às regras gramaticais. Na poética: versos livres, sem rima, sem métrica e sem estrofes.

Outro grupo – o da Bandeira – sobre visível influência de Menotti reforçou essa ala nacionalista dentro de nossas letras. ®Sérgio.

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1 – Cadore, Luís Agostinho. Curso Prático de Literatura. São Paulo, Atica. S.d., p. 390.

Ajudaram na composição do texto: Andrade, Mario de. O Movimento Modernista. Casa do Estudante do Brasil, Rio, 1942. / Encyclopaedia Britannica do Brasil.

Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário.

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