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COMO COMPOR DÓDECA


Bem-vindos ao Dódeca, estilo literário criado a quatro mãos pelos poetas Aila Brito e Bosco Esmeraldo. É fácil e divertido.
Etimologia: do grego “δώδεκα”, “dódeka” que significa “doze”.

REGRAS BÁSICAS:

Estrofação:
Monólito (bloco único) de 12 doze versos. 

Métrica:
À escolha do poeta que a define no primeiro verso ficando imutável até o verso final. Entretanto, este pode defini-la como “versos assimétricos”, ou seja, sem métrica. 

Rímica:
  • A rimada segue um dos seguintes esquemas. 
• ABABBABABAAB;
• ABABBABABABA;
• ABCBDEFEGDGD;
• ABABCDEDFEFC ou
• ABBAABCDDCCD.

 


Tente fazer, pelo menos, um e divirta-se!

Exemplos:

NOITE BELA PARA AMAR
(ABABBABABAAB)

Aila Brito

Noite bela para amar               A
Em tom suave u’a melodia     B
Sob os raios do luar                  A
Recitando u’a poesia                B
Rimas brotam com euforia     B
Imitando o som do mar           A
Nesse encanto e magia            B
Vem o vento sussurrar             A
Duas almas em sintonia          B
Sob êxtase do olhar                   A
Agradece ao luar                        A
E ao Deus pai a parceria.         B



COMO UM MENSAGEIRO

 (ABCBDEFEGDGD) 
Aila Brito

Chegando tal mensageiro         A
Correndo mundo e espaço       B
Alcançando amor seguro          C
Com ternura em belo laço         B
Prendeu na alma com gosto      D
Arriscou-se a ser feliz                  E
No olhar extrema doçura            F
Novo espírito joliz                        E
Une os dois num coração            G
Alegria estampa o rosto               D
Dos céus anjos trazem unção      G
Louva o amor no peito exposto! D


PAZ EM TRÊS DIMENSÕES
(ABABCDEDFEFC)
Bosco Esmeraldo


Pra ser feliz por completo,      A
Faze feliz teu irmão.                 B
Com todo o ser, bem repleto, A
Rejubila o coração.                   B
Define os se's e senões,            C
Harmonia busca n'alma,         D
Corpo, coração e mente.          E
Por completo terás calma,       D
Paz, amor, felicidade.               F
Jamais ficarás dolente,            E
Pleno de afabilidade                 F
E em todas dimensões.            C

 
P.S - Há a possibilidade de outras rimas, conforme a criatividade poética. 
Também, de um modo ATÍPICO, pode-se deslocar '2 OU 3 versos do bloco', para enfatizar,com mais clareza, o tema abordado, e finalizar o poema, com maestria.

ODE À CARNAÚBA
           (Atípico)

Com suas palmas empavoadas,
Com ares de majestade,
Com porte de austeridade,
Pelo vento, esvoaçadas,
Com mesuras ensaiadas.
De imponente postura,
Com ginga e mil travessuras,
Sobressais pela paisagem,
Baloiça ao toque da aragem,
A esbanjar formosura.


Palha, chapéu, cera, aduba,
Mui formosa Carnaúba!
Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 06/11/2015
Reeditado em 19/03/2016
Código do texto: T5439771
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