Com 85% de reprovação, Exame da Ordem dos Advogados do Brasil preocupa

Oh, dúvida cruel:

- Os cursos de Direito no Brasil precisam melhorar?

Ou, melhor formulando a pergunta:- O que está havendo com os bacharéis em Direito?

Ou ainda: - O que está havendo com o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil?

Três perguntinhas cruciais que rondaram minha mente. Ora, alguma coisa deve estar acontecendo, pois num universo de 109 mil inscritos no XX Exame da OAB, apenas 16,4 mil foram aprovados.

Meros 15% dos inscritos em todo o Brasil.

Sem dúvida, a estatística é preocupante e remonta à reflexão, além de inevitável curiosidade ao mesmo tempo: Qual o problema?

Aqui em Pernambuco, apenas 496 inscritos foram aprovados e o estado ficou na 11ª colocação do Brasil, no quesito aprovação.

Deve haver algum problema e este precisa ser rapidamente solucionado.

Os custos para um preparatório não são baixos, o curso, em si, é um dos mais caros do país e os valores despendidos para o Exame não são ínfimos.

Desta feita, numa crise medonha que tem assolado o país, fácil é constatar que, obviamente, quando um candidato presta Exame da Ordem, ele, efetivamente almeja passar e não fazer um mero ‘teste’ para ver, na prática, como funciona.

Sem esquecer da pressão indelicada, imposta por familiares e sociedade que não medem palavras e detonam:

- E aí, você já passou no Exame da OAB?

Esta cena faz-me lembrar de uma pessoa próxima que passou pelo temível exame, reconhecendo que o mesmo exibe um conteúdo muito alto, mas nada diferente do que foi visto na Instituição de ensino, nos manuais indicados pelos docentes e na dinâmica diária de leitura jurídica.

Estes fatores, acredito que devem ter ajudado-a a ser ‘um gênio’ que passou no Exame da OAB na primeira tentativa.

Todavia, não raras vezes, a criativa advogada contempla a carteirinha abençoada e trava um inusitado diálogo:

- Não me engane, você tem que mudar a minha vida para fazer valer a pena todo o sacrifício e esforços feitos, senão, seu destino será o justo esquecimento e frio desprezo.

Fátima Burégio
Enviado por Fátima Burégio em 26/12/2016
Reeditado em 26/12/2016
Código do texto: T5863671
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