Ardor alucinado...

Quando faço amor contigo,

Sinto um ardor alucinado!

Vejo-a nua aqui comigo,

Em meu quarto iluminado!...

Tento um toque, e não consigo

Trespassar teu cortinado...

Nessa alcova deleitosa,

Brilha a estrela mais formosa!

Tua cama é esplendorosa:

Tem lençóis mui alvejantes...

Onde há flores, lírio e rosas,

Qual vergel mais delirante.

Oh!... Donzela perfumosa!...

Quando a vejo flamejante,

Desnudada de desejos...

Sinto o orgasmo, em teus lampejos!

Dou-te infindos mores beijos,

Nesses lábios cor de mel!...

Que em teu ser, fremente almejo

Voejar no azul do céu! —

Oh! Amor... Jamais fraquejo,

Vendo o teu corpo sem véu...

Quero amar-te eternamente,

Num esplendor incandescente!

Meu amor, tu és tão luzente...

Tens a essência dos açores

Que em minh’alma vibra ardente

— Tua centelha dos amores!

Venho a ti, veementemente,

Sobre as flores dos ardores...

Onde o amor tem mais beleza,

— Quão perfeita é a Natureza!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 20/12/2014
Reeditado em 28/08/2015
Código do texto: T5075794
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