Dilema

de que me lembro nem sei!

é grande meu esquecimento

no coração o amor guardei...

e sonhos levou-os o vento.

o dia é longo e permanece

a toda a hora a esperança

minha memória não esquece

puxa pelo fio à lembrança.

amor quer-se bem cuidado

iluminado pela vida adiante

o coração quer-se amado

a toda a hora e instante.

saudade trago de quem?

da vida que deixei para trás?

na lembrança trago alguém...

que esquecer não sou capaz.

sonho é abrigo iluminado

onde a memória descansa

vida é presente e passado

dia a dia faz mudança.

dias cheirando a alfazema

já distantes... na infância

cresce em mim o dilema

esquecer ou não a distância.

vivendo vou, de lembranças

apaziguo-me na escrita

brincadeiras de crianças...

ecos que a memória grita.

nada pretendo esquecer

nem mágoas, nem alegrias

e se algum dia acontecer

acabarão os meus dias.

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 27/06/2017
Reeditado em 02/07/2017
Código do texto: T6038513
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