conto erótico 4

Esta é uma história estilo "pescadinha de rabo na boca", para a apreciarmos encontramos o principio ligado ao fim. Até lá chegarmos..., ainda vamos no princípio. Isto acontece em cada conto, conta dum colar de contos contados como (um) romance...

Vou tentar enfiar esta "conta" junto com o "conto" anterior, inspirou-me... a seguinte nota: «O presente e-mail destina-se única e exclusivamente a informar potenciais clientes e não pode ser considerado SPAM. De acordo com a legislação internacional que regulamenta o correio electrónico, "o e-mail não poderá ser considerado SPAM quando incluir uma forma do receptor ser removido da lista". Se pretende ser removido da nossa lista, por favor responda a este e-mail manifestando a sua vontade.».

Retomando outro parágrafo, agora é V. que começa:

"Fiquei aqui pensando em como fazer alguém se apaixonar" e, parece-me que depois do trabalho de se analisar olhando à sua volta, acaba desistindo: "um grande amor terá de gostar de mim do jeito que sou", acha? O comentário é meu, é o que eu acho, acabo não achando nada.

Serve como comentário, mas para que serve um comentário? Para "abrir os olhos", "chamar a atenção", "dar alegria"? Tenho as ideias, uma certeza é não ter certezas. Assim como uma ideia é as ideias não se traduzirem de forma singular enquanto não conseguimos ter uma ideia, isto já me parece singular! Claro, o seu texto, o (s)eu texto é singular: isto é o que achei.

Vou tentar reflectir..., para mim a grande questão é esta: se não sabemos falar com os outros, como falar com nós mesmos? Sem diálogo não há nada, nem dado nem achado, nem (um)a dedada onde poderíamos encontrar uma identidade fazendo uma identificação.

Mais um comentário: «uma história que começa no princípio e acaba no fim... em "terras distantes e exóticas", resolvi deixar esta dedada depois de ler "A DEDADA PROIBIDA" muito lida mas pouco comentada que também não é fácil».

O que interessa escrever se não tivermos tempo sequer para ler? Estou a falar de nós, incluo-me da maneira mais caprichosa e instável, falando de mim próprio num jogo de espelhos com a imagem dum todo. Reflectindo...

Se não tiver tempo de me ler, para que escrevo? Para me alimentar!, certo..., ficar gordo?, com muita coisa escrita? Para quê!? Supondo que tenho tempo para me ler, sem tempo para ler os outros?, como me consigo ler?, sem distanciamento?...

Tentando ler escrevo, escrevi. Se não fosse a tua mão na minha coxa, ficava coxo o texto. Pelo menos chocho, não faria jus ao título. Está certo, é numerado, recobre uma intenção de conjunto: mas, não tira a mão...

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 10/04/2005
Reeditado em 13/04/2006
Código do texto: T10596