ode ao tio Bob -longe

meu filho está em casa e ele gosta daqui, mas eu sento em meu sofá e sinto uma falta danada da estrada a me deixar muito ligada, não não vou tomar mais café esta tarde para produzir mais produção, trabalho de carpintaria solitário, so preciso um pouco de Dylan e eu sei que não há nada mais a ser dito porque o mundo talvez grite algum poema nonsense mesmo no calor do rio de janeiro de uma maneira inaudível para mim, tudo que sobrou está longe das pinceladas de meus quadros antigos e do vozerio da rua cá baixo. está longe nas dobras silenciosas do mundo subterrâneo ... nos pirilampos que vão acender suas bunditas longe do murmurinho e das luzes desta cidade perversa ... nos bebados que bebem longe a alegria de saber algo escondido... nos poetas que odeiam esta palavra e que nem de longe conhecem corretores ortográficos de smartphones

há esta vida meio que imemorial vivendo em nós e que nos ronda em lampejos, um grande rascunho de quase nada para ser escrito quando o desejo nos ilumina em luzes de lucioles e a vida avisa que ainda lateja quando há epiderme de sentir ...