Encantosia #005: A VIDA QUE VIVI NO CAMPO

Ó que saudade me bate da roça, onde nasci...

Dormir pela boca da noite,

Aragem que me vem, de açoite;

Nem vento ou calor me atrapalha.

Deitado na diagonal

Em rede tecida em Barbalha,

Chuva ou fruto sazonal,

A safra desembaralha

Perdas que nos grãos desempalha,

Quer em anos ou num pernoite.

Poder acordar bem cedinho

Ali no cantar do galo,

Na goela, meu falar entalo;

Fumaça da boca saindo,

Por causa desse friozinho.

Despertar com a passarada;

Me banhar com água da cacimba;

Um fogão movido a lenha;

Leite mungido, quentinho;

Café com pão fresquinho;

Ovos e um bom queijinho;

Uma rede na varanda

De través, bem relaxado;

Mulher, filhos e netos,

Linda Família para amar...

Que mais devo precisar

Pra ser o ente mais feliz?

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 22/03/2017
Reeditado em 01/08/2017
Código do texto: T5949150
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