QUINHENTISMO - BRASIL !

Q uando as caravelas de Cabral aqui desembarcaram,

U m mundo novo, vasto e misterioso encontraram.

Í ndios e índias viviam livres, nenhuma roupa usavam inocentes de alma e coração com alegria e curiosidade os receberam...

N arrar os fatos e descrever com detalhes era a missão do escrivão da frota, Pero Vaz de Caminha, informar ao Rei de Portugal; as belezas e variedades da flora e da fauna, a fartura das águas. Neste clima de entusiasmo e descoberta escreveu a Carta. O primeiro registro da nossa história, sem esquecer-se de relatar a sedução que as índias despertavam...

H avia muito que fazer muitos índios a catequizar e foi assim que em 26 de abril, a primeira missa, Frei Henrique Coimbra rezou; mesmo sem nada entender os índios apenas escutaram.

E screver e informar era preciso... Em 1530 Pero Lopez de Souza escreve o Diário da Navegação, pois a nossa Literatura era de Informação...

N ossa Literatura de Informação segue seu caminho, por meio de cartas, relatórios e documentos, bem escritos pelos padres jesuítas... Em 1553 o Padre José de Anchieta aqui desembarca, escreve também poesias, peças de teatro nas Línguas faladas na Colônia.

T alento, inteligência e audácia, estamos falando do Padre Antônio Vieira que em 1614, chega ao Brasil, nosso principal orador sacro do Barroco, Sermões de crítica social e Cartas fazem parte de sua valiosa obra.

Í ndios e colonizadores não viviam em paz... Vieira então pronunciou no Maranhão, “Sermão de Santo Antônio aos Peixes” (1654). Demonstrou sua veia satírica, ao falar dos vícios dos colonos comparando-os com comportamento das diversas espécies de peixes.

S im, informar ainda é preciso; a terra é imensa há muito que conhecer, pesquisar, colonizar e explorar. Riquezas a encontrar!

M uitas obras, como o “Poema à Virgem’’, escrito nas areias por Anchieta, os Sermões de Vieira falando da razão e do tempo, da fragilidade da alma, do amor e sua efemeridade, acrescentaram cultura e beleza a nossa história.

“ O mesmo amar é causa de não amar e ter amado muito, de amar a menos.” VIEIRA (Sermão do Mandato,1643).

09/02/2008