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S
into a falta dos amigos de outrora
Onde estão? Pergunto ao coração...
Lágrimas percorrem a minha solidão
Inquieto-me, pois a alma sofre e chora
Trago a dor e a saudade numa sacola
Árdua e cansativa é essa dura missão
Resgatar aqueles que mudaram a direção
Invisto na busca, mas a distância devora
Olho para dentro dessa cruel imensidão

Nela só percebo o vazio que consome
A minha existência sente frio e fome

Meus amigos seriam mera e simples ilusão?
Apenas um vento sem vida e disforme?
Deito-me sobre as dúvidas e o desespero
Rasgo a noite, para o dia nascer inteiro
Urge o tempo e peço que não me tome
Gota a gota até não restar nem meu nome
Assim me defendo sem nenhum exagero
Diga-me, amigo, a causa desse entrevero
Assim, quem sabe em alegria, eu me transforme