Acróstico para a Dama de Preto
Sensações estranhas nessa noite fria
Corações vagam em eterna agonia
Amores perdidos em alegorias
Relembrar no frio da noite o calor do dia
Lembranças que nos ofuscam
Espreitam nossa solidão
Tempos sórdidos, perdidos na multidão
Tanta desilusão para aquele que busca
Ser mais do que pode, tendo apenas um coração
Corações são perecíveis
Amores podem ser insensatos
Rostos podem ser inesquecíveis
Lembranças são mais do que fatos
E só temos o que podemos
Talvez tenhamos o que procuramos
Tememos sempre pelo que sofremos
Segregados na prisão que nos guia
Corações aprisionam o que tememos
A contento, a felicidade no passado sempre deixamos
Resta-nos apenas uma pequena alegria
Liberdade sentimos no íntimo
Esperança é algo deixado para depois
Teremos apreço pela verdade
Tolos cúmplices da sinceridade
Saberemos o que não se sabia
Com a esperança de nada saber
Aprenderemos a sofrer com amor
Retornaremos da morte para viver
Loucos pela ausência de calor
E se isso não for o bastante
Teremos um ínfimo instante de amor
Talvez mais do que o prazer embriagante
Seu nome seja gritado com fervor...
Dedico essas simples linhas para Scarllet.