Acróstico para a Dama de Preto

Sensações estranhas nessa noite fria

Corações vagam em eterna agonia

Amores perdidos em alegorias

Relembrar no frio da noite o calor do dia

Lembranças que nos ofuscam

Espreitam nossa solidão

Tempos sórdidos, perdidos na multidão

Tanta desilusão para aquele que busca

Ser mais do que pode, tendo apenas um coração

Corações são perecíveis

Amores podem ser insensatos

Rostos podem ser inesquecíveis

Lembranças são mais do que fatos

E só temos o que podemos

Talvez tenhamos o que procuramos

Tememos sempre pelo que sofremos

Segregados na prisão que nos guia

Corações aprisionam o que tememos

A contento, a felicidade no passado sempre deixamos

Resta-nos apenas uma pequena alegria

Liberdade sentimos no íntimo

Esperança é algo deixado para depois

Teremos apreço pela verdade

Tolos cúmplices da sinceridade

Saberemos o que não se sabia

Com a esperança de nada saber

Aprenderemos a sofrer com amor

Retornaremos da morte para viver

Loucos pela ausência de calor

E se isso não for o bastante

Teremos um ínfimo instante de amor

Talvez mais do que o prazer embriagante

Seu nome seja gritado com fervor...

Dedico essas simples linhas para Scarllet.

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 26/03/2019
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