Viva o Gordo

Jogar as tristezas para bem longe: era esta sua alegre sina,

Orgulhava-se por ser Gordo e fazia seu corpo arrancar os sorrisos.

Sempre alegre, dileto e prestativo amigo. Tinha o Jô uma alma divina.

Épicos personagens por ele criados, faziam todos mostrarem o siso!

 

Ele – para o infinito e sem despedidas – tristemente nos deixara!

Ulos e lágrimas incontidas, pelas nossas faces cascateiam. Mas, Viva o

Gordo que o Brasil abraçou, e que, saudoso, por ele chora!

Êxodo das alegrias se espargem pelos ares em lamentoso dó!

Não mais veremos o Capitão Gay, o Reizinho e o Zé da Galera

Implorando: -Telê, ponha um ponta na Seleção – só um – unzinho só!

Oh, meu Santo Deus: -Como conviver com esta dor que dilacera?

 

Satiricom; Família Trapo; Faça Humor, Não Faça a Guerra.

O seu incrível repertório para criar personagens e programas:

A Praça da Alegria; Planeta dos Macacos – que alegravam a galera!

Relembro: O Beijo do Gordo todos esperavam antes de irem para as camas!

Estamos órfãos! A dor da saudade calou-nos a voz. A alegria? Esta, já era!

Solitários estamos nós. Nos peitos somente tristes corações em chamas!

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Em nossos peitos a tristeza fez morada e, tão cedo, não vai querer se mudar. A ausência deste grande astro do humor – e que tantas e indeléveis alegrias nos proporcionou – da nossa mente nunca sairá!

Faça os Céus sorrirem, amado Jô Soares. Jô(leve) Só(ares) de alegrias para que o Nosso Pai Celestial possa sorrir. De há muito Ele está triste com os filhos que fora por Ele criados. Por favor: Faça-O sorrir!

Ao eterno e inesquecível Jô Soares, uma modesta homenagem do autor!

 

Imagem: Google

Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 05/08/2022
Reeditado em 08/08/2022
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