O oceano dos náufragos
7 dias e 7 noites se passaram, e nada.
Num mar de ondas conjuntas, onde a luz não toca o oceano mas sim a terra, vejo os mais belos homens serem consumidos pelo mais perigoso azul que Deus já teceu.
Mulheres que não tiveram livre arbítrio, e foram forçadas a viver num habitat não natural, também se encontram neste mar.
Quanto às crianças, não me falem delas... Eu perdi as lá no fundo há muito tempo....
Eu podia simplesmente fugir, nadar em direção á estrela polar, com água pelos olhos e gotas salgadas... É algo que invade o meu pensamento há bastante tempo,mas depois lembro-me que neste mar, já brilhou o sol.
Seja uma réstia de esperança, uma migalha de bom censo, ou a incapacidade de atar um nó, nem nado, nem me deixo ancorar com as restantes almas nocivas.
Suponho que viver seja mais do que uma natureza, mas sim um impulso da vontade humana, um último gole da taça de vinho da qual beberam os troianos naquela noite.
O grande precepicio entre esses homens e os náufragos deste azul,está na morte.
Pois, deduzo que nós possamos escolher como morremos, e que faca usamos.