Resumo do Livro: Perfil de três reis

Perfil de Três Reis

Gene Edwards

Dois destinos com duas porções diferentes uma que apenas toca o homem exterior, em nada influenciando o homem interior. E a outra o único elemento no universo conhecido de Deus ou dos anjos, que pode transformar o coração do ser humano. Um elemento que deve ser prodigamente mesclado com dor, tristeza e abatimento.

O filho caçula de Jessé era mandado para as montanhas para apascentar o rebanho de ovelhas da família. Com uma funda e um pequeno instrumento parecido com guitarra. Sentia-se muito só, às vezes chorava, a sensação de desamparo no intimo crescia. Tocava harpa tinha uma bela voz e cantava freqüentemente a Deus. Sua platéia era os anjos, as ovelhas e as nuvens.

Era um pastor de ovelhas daqueles que quando as livrava dos ursos dizia para ela: “Eu sou o seu pastor, e Deus é o meu”. Deus viu que esse trovador o amava com um coração puro, mas do que qualquer outro em Israel, por isso Samuel o ajoelhou e derramou óleo sobre a sua cabeça, tornando-o o ungido do Senhor.

A partir daí, Davi inscreveu-se na escola do quebrantamento. Após matar um urso humano de quase três metros de altura no dia em que levou comida para os seus irmãos na linha de frente, se tornou um herói, foi parar no palácio de um rei insano aonde veio aprender muitas coisas indispensáveis. Davi cantava para o rei insano que se sentia ameaçado por ele porque sabia que algum dia Davi acabaria ocupando o seu lugar. Saul fez o que todos os reis loucos fazem, atirou lanças contra Davi.

O autor pergunta se o nosso rei de cada dia arremessa lanças se o fizer é um rei completamente louco. É um rei segundo a ordem do rei Saul. Davi foi aluno da santa escola da submissão e do quebrantamento, e Saul foi o instrumento escolhido por Deus para esmigalhar Davi. Davi submeteu-se as ordens do rei louco e desceu no fundo da estrada do seu inferno terreno.

O autor diz que se toda vez que alguém nos arremessa uma lança e nós arremessamos de volta, podemos ser o ungido do Senhor segundo a ordem do rei Saul e completamente louco. Davi aprendeu três coisas que o impediram de ser atingido: Não aprendeu a arremessar lanças, ficou longe da companhia dos que atiram lanças e manteve a boca bem fechada.

De acordo com o autor, ninguém sabe quem é o ungido do Senhor e quem não é. Ninguém sabe a resposta a não ser Deus e Ele jamais a revela. Davi teria crescido para vir a ser o rei Saul II, mas Deus arrancou o Saul de dentro do seu coração. Para isso Deus empregou o Saul exterior.

Segundo o autor, Davi não abandonou Saul, muito pelo contrario, Davi só partiu quando Saul baixou o seguinte comentário: Cacem-no e matem-no como se mata um cão! Davi partiu sozinho não levou consigo parte da população. O rei Saul II jamais faz isso, ele sempre leva os que “insistem” em segui-lo.

De acordo com o autor, Davi na caverna indiscutivelmente, tornou-se o maior hinólogo e o maior confortador de corações despedaçados que o mundo jamais veria. O sofrimento estava dando à luz. A humildade estava nascendo. Segundo os padrões terrenos, ele era um homem esmagado; segundo a medida celestial, um homem quebrantado.

Diz o autor que ao agravar a loucura do rei, outros tiveram de fugir e alguns fugitivos entraram em contato com Davi que nunca lhes disse palavra sobre submissão; contudo, a um homem, eles se submeteram. E assim, na primeira de duas vezes, nascia a verdadeira monarquia. Quando Joabe disse que Saul era louco e Deus não estava mais com ele, Davi disse o seguinte: Prefiro que ele me mate a aprender os seus caminhos. Prefiro morrer a vir a ser como ele. Grande é a diferença entre o revestimento exterior de poder do Espírito e a plenitude interior da vida no Espírito.

No primeiro caso, a despeito do poder, o homem oculto do coração pode permanecer sem transformar-se. No segundo caso, porém, o monstro é derrotado. O autor diz que com o passar do tempo e o modo de você reagir diante do seu líder seja ele Davi seja Saul revela muita coisa a seu respeito. Um dos valentes de Davi disse certa vez: Davi ensinou-me a perder, não a vencer. A dar, não a tomar. Revelou-me eu o incomodado é o líder, e não o seguidor. Em vez de expor-nos ao sofrimento, ele nos protegia dele.

O autor diz que esse novo e extraordinário conhecimento que se acaba de adquirir traz consigo um perigo. Segundo ele pode acontecer uma estranha transformação no coração. Na parte dois o autor começa a mostrar a ascensão de Absalão e o declínio de Davi seu pai por causa da sua idade. Foi feita a seguinte pergunta por um moço ao tutor: Se Davi maltratar Absalão, procederá Absalão com a mesma misericórdia que teve Davi?

Segundo o autor, de tanto ouvir as queixas dos que o cercavam, Absalão começou a cobiçar o reino do seu pai dizendo: Estas coisas não devem acontecer! Pôs-se de pé, os olhos em chamas e disse: Se eu estivesse no poder, era isto o que eu faria. De acordo com o sábio quando Absalão se vir desafiado por uma revolução, se tornará um tirano. Sua perversidade será dez vezes maior do que a que vê no rei atual. Reprimirá a revolta com mão de ferro e mediante o terror. Eliminará toda a oposição. Este é sempre o estágio final das rebeliões barulhentas. Tal será o caminho de Absalão, se destronar Davi.

Segundo o autor, Joabe pediu para deter Absalão, mas ouviu isso de Davi: Não o farás! Nem lhe digas palavra. Nem o censures. Nem permitas que quem quer que seja o critique ou ao que ele está fazendo. Absolutamente, não o impeças. Disse Abisai para Davi: O senhor arriscou a vida para preservar a unidade nacional e selou os lábios e os olhos a todas as injustiças de Saul. No entanto, o senhor tinha muito mais motivos para a revolta do eu qualquer outro teria neste ou em outro reino qualquer eu já existiu ou venha a existir.

O autor diz que em qualquer das situações, o coração corrupto encontrará a sua “justificação”. Os da ordem de Saul deste mundo jamais podem ver um Davi; só podem ver Absalão. Os Absalões deste mundo jamais podem ver um Davi; só podem ver Saul. Diz o autor que Absalão proclamou-se rei em Hebrom e que todo Israel foi após ele. E que ele planejou apoderar-se do trono, e marchou para Jerusalém, e que alguns dos homens da maior confiança do rei tinha passado para o lado dele.

Disse Abisai: Quando os reinos são vulneráveis, os homens têm visões estranhas. E a vontade sacrifica qualquer coisa pra satisfazer a ambição acrescentou Joabe. Davi sabendo dos últimos acontecimentos fecha o puno, mas em tom irônico, acrescentou com firmeza: Mas hoje darei lugar para que o nosso Deus se manifeste.

Não conheço nenhum outro meio de provocar tão extraordinário evento, senão simplesmente não fazendo nada! O trono não é meu. Nem para possuí-lo, nem para ocupá-lo, nem para defendê-lo, nem para conservá-lo. Abandonarei a cidade. O trono pertence ao Senhor. E também o reino. Não serei empecilho à ação de Deus.

Comentário

Davi recebeu porção dobrada de sofrimento, primeiro de Saul e depois do seu filho Absalão. Escolhido pelo Senhor pra suceder o rei Saul, não ousou tomar-lhe o trono pela violência, mas esperou que as coisas acontecessem naturalmente. Por isso suportou humildemente todas as investidas do rei sempre oferecendo a outra face e ignorando as lanças que eram arremessadas contra ele.

Quando teve a chance de se vingar do rei Saul disse: O SENHOR me guarde, de que eu estenda a mão contra o ungido do SENHOR; agora, porém, toma a lança que está à sua cabeceira e a bilha de água, e vamo-nos. 1Sm 26:11.

E como se não bastasse tudo isso, teve que enfrentar a ambição do seu filho que desejou ser rei em seu lugar demonstrando com as suas atitudes que com certeza foram ignoradas por Absalão que não era um rei segundo a ordem do rei Saul.

Davi não atirou lanças em seu filho mesmo ele não sendo um ungido do Senhor como Saul. O que fez de Davi um homem segundo o coração de Deus, não foi a sua vitória contra o gigante Golias, nem as outras batalhas que ele enfrentou e saiu vitorioso, mas, as suas atitudes em relação ao rei Saul e ao seu filho Absalão. Davi não foi um Saul para Absalão, mas, Absalão foi um Saul para Davi.

Antonio Sergipano
Enviado por Antonio Sergipano em 04/03/2018
Reeditado em 19/03/2018
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