Texto baseado no livro Amor Líquido- Zygmunt Bauman

Numa era onde a tecnologia avança cada vez mais, trazendo a perplexidade e os benefícios, e consequentemente as doenças "tóxicas" e "líquidas", as pessoas ao redor tornam-se triviais e desumanas.

Cada um dentro de sua bolha, dos seus quadrados de bloco de concretos todo gradiado,  sem ter a noção daqueles que vivem camuflados, ignorados, refugiados e abandonados por uma sociedade cada vez mais doente. Passam, então a serem Outsider, os ameaçadores  e motivos de assuntos mundialmente discutidos como um mal, uma doença que prejudica e desestabiliza uma nação.

No entanto, sem soluções e sem responsáveis por essas pessoas que perambulam pelas ruas, se esconde por trás de cercas no meio das fronteiras e são esquecidas e discriminadas, vivem no mesmo mundo que o nosso de tecnologias, mas não fazem parte dele.

Por outro lado, Gregory Bateson chama de cadeia cismogenética situações em que pessoas que foram julgados, que sofreram humilhações  e que passaram por misérias, tende a esquecerem  o que viveram e a fazer com as outras o mesmo. Assim como a vitimização que predomina na velocidade da modernidade trazendo consequências tão desastrosas para o ser humano, o isolamento social também acarreta a falta de amor e humanização ao próximo.

Amor as futilidades,  relacionamentos á distâncias com vantagem de terminar sem causar dor num simples clique no botão "deletar ", casamentos duradouros que resistem ao tempo e que é suportado por conveniências, por trocas de interesses e sem amor.

A separação custa mais e não é vantagem quando a questão é perder financeiramente. No líquido mundo moderno, como diz Bauman, " o amor pode ser, e frequentemente é, tão atemorizante quanto a morte. Só que ele encobre essa verdade com a comoção do desejo e do excitamento. Faz sentido pensar na diferença entre o amor e  morte como na que existe entre atração e repulsa. Pensando bem, contudo, não se pode ter tanta certeza disso. As promessas do amor são,  via de regra, menos ambígua do que suas dádivas.  Assim, a tentação de apaixonar-se e grande e poderosa, mas também o é a atração de escapar. E o fascínio da procura de uma rosa sem espinho nunca está muito longe, e é sempre difícil de resistir".

O amor próprio que sentimos é tão egoísta que chega ser banalizado e insuficiente, quando o mandamento se refere amar ao próximo.

Ou ainda, quando há incapacidade do "eu próprio" de se amar e busca incessantemente no outro aquilo que não pode dar.

O mundo está cheio de felicidades tóxicas, de amores oportunistas que buscam a troca como se fosse mercadoria, pessoas que vivem ludibriadas e esquecem o que é essencial, o primordial para a construção de um mundo em que todos possam viver igualmente.

Elani
Enviado por Elani em 01/04/2020
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