Prefácio do livro: "Versos na Lua" por Carlos Bueno Guedes

As poesias de Alison Silva me atingem de uma forma cintilante, suas poesias são a síntese de um universo de suas vivências existenciais, um discurso preciso e conciso, de uma grande força incisiva, o lirismo na medida certa de quem tem algo a transmitir além do simples fato emocional, suas poesias estão sobre todas as coisas que circundam o poeta em profundidades, suas letras vão cruzando as linhas de um tempo construído nas lembranças, sua lapidar frase: "fotografias são lembranças vivas da memória," neste seu lírico viajar demonstra pela realidade da sua escrita que a poesia é presença, esta dimensão de esticar seu amor para dentro do humano, os possíveis encontros e desencontros que nos perseguem, seu estilo é fluente de descobrir no outro a essência de seu próprio ser, se revelar como um arauto do amor, é neste momento que deparo com a frase: "as noites vagas e seus lumes,” os vagalumes reluzentes atravessam sua escrita numa formação objetiva e funcional, dimensão clara e repleta de criatividade formal, sou levado acreditar que estou diante de um poeta numa grande fase e que transfere: “sua embriaguez de palavra," de poesia para poesia. Vou discernindo que Alison tem este poder de entregar, deslumbrar em versos: "estes lenços umedecidos de alma," quantos alumbramentos e quantas lágrimas escondidas, atrás desta rara escrita em que consigo decifrar os códigos mais secretos de sua ousadia em trabalhar os sentidos da alma. Nossas esperanças, temos a solidão como um denominador sempre presente, vazando suas dores internas e as poesias são mantidas dentro de uma perfeita unidade temática, como liras inesgotáveis de um retido e um grande amor a transparecer, que ocupam o vazio em que as cegueiras se escondem, pois são lançadas e se completam de luzes viajantes do dentro para o dentro: "onde rabisque meu medo,” realmente o poeta olha a vida onde as respostas estão contidas neste medo de nos isolarmos dentro de uma mesma solidão, este ir e porvir, suas poesias te tornam um corpo inteiro, nelas te vejo inteiro de amor, versos certeiros. Dentre muitas cito: “Vazio,” que considero uma obra- prima que teria um lugar na antologia das grandes poesias brasileiras. Muita preciosidade a ser citada: “vestia a luz do dia,” nenhuma palavra corre o risco de não ser verdadeira, recolhe os retalhos de sua alma, algumas tristes ilusões, mas o império que fica é este amor contido de lembranças: “hoje os desertos são corações,” onde a morada da luz clareia a maioridade desta vertigem de nos vermos nesta infância, o mundo na poesia perfeita do entendimento, acredito que Versos na Lua foi criada pelo tempo que nunca termina, fruto de uma grande inspiração para que a semente de seu viver, tenha o brilhar desta lua e que em cada poesia os vagalumes voem para dentro deste livro, concebidos pela força da sua sensibilidade de apontar caminhos, descrever que o amor é sempre um caminho em que conduz nossa alma para sua plena realização.

Naturalmente diria: um belo livro de poesia para viver dentro de nosso encantamento.

Carlos Bueno Guedes

Alison Silva

Jacareí/SP

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@versosna.lua

Livro: Versos na Lua - A Lua, Vinho & Poesia

À venda nas livrarias digitais.

Carlos Bueno Guedes
Enviado por Alison Silva em 01/07/2021
Reeditado em 01/07/2021
Código do texto: T7290921
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