Sociedade dos poetas mortos.

John Keating, interpretado por Robin Willians, ex aluno da escola preparatória Welton Academy, começa a ser professor de literatura nessa mesma escola. Obstinado e sendo quem ele era, ele ensina para seus alunos a pensarem por si próprios e viverem a vida de verdade. No meio do filme, eles descobrem que o sr. Keating fazia parte de uma sociedade conhecida como ''Sociedade dos poetas mortos'' e então, seus alunos revivem ela e começam a criar, por si próprios, um significado para a suas vidas. A frase ''Carpe diem'' é o que guia a história. Ele também incentiva seus alunos a produzirem poemas e falarem para a sala toda e, uma das cenas que mais me marcaram foi a cena em que Todd Anderson é incentivado a pensar num poema para si, já que ele estava com medo de falar o poema. Paralelamente a história da escola, Neil, um dos personagens, acaba descobrindo o que quer fazer da vida: representar. Ele começa fazendo o papel de Puck na peça ''Sonho de uma noite de verão", mas seu pai não aceita que ele siga esse caminho por causa das imposições da sociedade, então Neil, no final da historia, acaba se suicidando com a arma que está no escritório do pai. Por causa de seu suicidio, a escola acaba colocando a culpa em Keating por suas formas nada ortodoxas de ensino, o que trás uma crítica sobre as imposições da sociedade sobre as pessoas de como precisa ser as coisas na vida. Para homenageá-lo, os alunos sobem nas suas carteiras da forma com ele ensinou, pois, segundo ele ''O mundo é muito diferente daqui de cima'', eles precisavam olhar sobre óticas diferentes para ver a realidade do mundo.

Foi produzido em 1990 por Tom Schulman e Peter Weir. É um filme que recebeu várias prêmios e indicações. Incluem como prêmios melhor ator para Robin Williams, melhor diretor e melhor fotografia.

É um filme com uma fotografia incrível. A ambientação, a escola, tudo dá uma sensação de estar em um lugar especial. As cores do filme são voltadas mais para uma contradição entre o escuro e o claro, o que pode significar a forma com que os alunos vêem a escola em que estudam. A atuação deles, desde Keating a Anderson soam da melhor forma, o jeito com que Keating age quando Anderson se nega a ler o poema, ou quando ele começa a falar sobre as coisas que vinham em sua mente é simplesmente incrível. É inspirador.

''Ó Capitão! Meu Capitão''- Keating pede para que os chamem assim já na sua primeira aula. É uma frase que representa poder, mas também confiança e credibilidade. Ele quer que eles confiem nele e ainda mais, que sejam corajosos. Corajosos para viver, viver a vida a ponto de desafiá-lo. É uma frase potente, porque significa força e capacidade. O professor não é só alguém que merece ser respeitado e temido, ele é alguém que merece ser desafiado, inspirado.

Duas das maiores reflexões que o filme trás são: nós não podemos nos esconder, temos que nos desafiar a pensar e pensar mais cada dia e não podemos aceitar a forma com que a sociedade impõe as coisas para nós; se quisermos ser artistas, devemos tentar, se quisermos ser médicos, ou qualquer profissão que seja, devemos tentar.

Pelas atuações, a fotografia e o cast, eu daria um tres; pois apesar das atuações serem impressionantes, a fotografia magnífica e o cast demais em todos os quesitos, eu senti falta de pessoas negras e mulheres representadas com credibilidade no filme e, para mim, esse é um ponto muito importante, pois, eu não me lembro de ter visto nenhum homem negro, que dirá mulher e, também, as únicas mulheres que foram apresentadas no filme foram sempre brancas e com aquele estereótipo de ser a mulher de ''desejo'' dos personagens, nunca como personagens fortes que merecem ter um destaque maior, apesar do filme ser da década de noventa, representado em cinquenta e nove, acredito que deveria ter sim maior representatividade. Pela trama, eu daria quatro, porque foi uma história que me inspirou demais e me fez pensar bastante a respeito da vida e todas as outras coisas que importam para mim, mas eu esperava que a história dos personagens fossem mais desenvolvidas, como por exemplo, mostrassem o porque Anderson era tão medroso, ou explicassem mais um pouco da vida de Charles e falassem também um pouco da história de Neil e de seu relacionamento com o pai de forma mais aprofundada, eu senti bastante falta disso em todos os aspectos.

Concluindo, apesar das minhas criticas que reitero aqui em baixo, acredito que seja um filme bom e que mereça mais atenção das pessoas. Muitas delas olham para esse tipo de filme com um olhar mais preconceituoso e menos singelo, o que eu consideraria como falta de atenção aos detalhes.

Debora B Ribeiro
Enviado por Debora B Ribeiro em 30/11/2021
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