Rafinha Bastos

Wilson Correia

Sandra P. Castanho J., da minha querida Belo Horizonte, pergunta-me o que penso sobre a polêmica envolvendo Rafinha Bastos (do programa CQC, da Bandeirantes).

Bem...

Não aprecio o que Wanessa Camargo faz (música comercial) porque esse tipo de produto da indústria cultural não satisfaz ao meu apetite estético.

Música por dinheiro não me atrai. Música pelo belo, sim, me seduz –ainda que isso, para os pragmáticos dinheiristas ou que se contentam com estrofes binárias de músicas fáceis, possa soar pedantismo, purismo ou o que o valha.

No entanto, a pessoa de Wanessa Camargo não está em apreciação. Muito menos o filho que ela espera –mais uma aposta da vida na tentativa de que o humano venha a dar certo, apesar de nossa vaga ideia sobre o que isso representa.

De outra parte, não abandono nem o cômico que provoca o riso (acontece, diariamente) nem o humor, que nos enleva no sorriso (mais raramente).

Vale acrescentar que o sorriso acompanhado de elegância é ainda melhor, um alimento nutritivo mais apropriado para nossas almas.

Entendo que isso não pode ser aplicado ao “humorista” (seria “comicista”?) em questão. Já disse aqui mesmo que entendo o que ele e seus companheiros fazem, custe o que custar, como algo infantil, birrento, infantilóide, agressivo, audiência a qualquer preço, algo grotesco e que mais repugna do que encanta.

Por conta disso, tenho acompanhado, como qualquer leitor dos conteúdos midiáticos atuais, a polêmica envolvendo esse cidadão. E aos que pensam que a grávida que o chama às barras da justiça está exagerando, só proponho o seguinte: coloquem-se no lugar dela. E mais: coloquem-se no lugar do ente em gestação. No lugar deles, daria para rir ou sorrir de uma asneira dessas?

Eu que tenho uma filha a amo incondicionalmente, sei o que é sensibilidade paterna e posso mensurar a sensibilidade materna. Por conta disso, entendo que esse caso não tem a menor graça.

Tem, sim, um chamamento à sociedade para que não abra suas porteiras para esse tipo de indecência, injúria e grotesca estupidez.

Que eu possa saber procurar o humor elegante, esse que sempre me premia com o estado de espírito afim ao refinamento de um sorriso que me faz bem.

P.S.: Obrigado, querida, pela pergunta. Valeu!!!