Quais as razões de deus ser a sombra do inferno.
Se deus não existe.
O que é o mundo.
O insignificado.
O que é então a vida.
Um teatro representando o nada.
O aspecto vazio da existência.
A dor eternamente repetida.
A felicidade ilusória da ficção.
O silêncio da insignificância.
Viver é o caminhar para a inexistência.
Interminavelmente replicando a célula mater.
Pela força dos hormônios sexuais.
Com efeito, a vida uma peça repugnante.
A qual temos que assistir até ao seu final.
Absurdo.
Então profetizou o profeta Zaratustra.
Na linguagem de Nietzsche.
A vida é sustentada por ritos sagrados.
Convenções ideológicas.
As quais temos de segui-las.
Enquanto deus não residir definitivamente em seu mausoléu.
Todavia, deus não morre.
Por ser uma ideologia sagrada.
Qual o futuro do mundo.
O fracassado tem que viver o próprio delírio.
Imaginando existir um lugar.
No qual a imaterialidade da alma viverá o gozo celestial.
A esperança do medo.
A ideologia da crença.
A compensação do tragédia.
Aquele que perdeu tudo na terra.
Entretanto, a alegria.
Por ter alcançado no desejo o paraíso.
Os critérios da sorte.
A ética do domínio.
A epistemologia do céu.
É o destino do inferno.
Desse modo, profetizou a ideologia bíblica.
Sem esperança exauriu a cognição.
Tudo que sobrou, apenas a sombra da imaginação.
Por último a grande pergunta.
O que é a verdade.
Responde Nietzsche.
Apenas metáforas, metáforas.
Moedas que perderam suas imagens.
Edjar Dias de Vasconcelos.