A alma como criação de Platão.
A verdade é filha do tempo.
Desse modo, já pensava o mundo helênico.
Entretanto, a questão fundamental.
O tempo não tem existência.
Não há início, não terá meio e fim.
O tempo é o instante contínuo .
Com efeito, se a verdade não pode ser o presente.
Portanto, não tem existência a verdade.
O que é portanto, a verdade.
A não serem as ideologias formatadas na memória.
Então, o que é a sabedoria.
As ausências intuitivas.
Pensava Platão serem as recordações.
O despertar de um interminável sono.
A mente transfigurada.
Aprende-se se lembrando.
Todavia, se a alma é tão somente a cognição.
Sendo que a mesma esgota na morte neurológica do cérebro.
Não existindo a alma.
Não é possivel a transmigração do espírito.
Porém, a grande revolução.
A invenção da linguagem escrita.
Recorda-se lendo hermeneuticizando as histórias.
Compreendendo os fatos fenomenológicos.
Nada além da consciência presa ao espírito.
Entretanto, não há a alma.
A sabedoria fruto da linguagem.
Do mesmo modo, a ignorância.
Associar a consciência dizia Aristóteles.
O saber a realização da materialidade.
Alétheia a plenitude da imaginação.
A superação do Hades egípcio.
O léthe o esquecimento subterrâneo da alma.
A verdade como eliminação constante das fantasias absolutas.
O entendimento que no mundo só existem proposições.
Não existem sujeitos em movimentos.
Cognições intersubjetivas sintéticas.
Interpretações das interpretações.
Inexauríveis mundos imaginados.
Edjar Dias de Vasconcelos.