Deus como manifestacão do demônio.
A solidão do destino.
O Brasil não tem saída política.
Uma nação perdida comandada pelo o delírio.
A loucura de coletividades massificadas.
Um povo vítima da própria ignorância.
Lamentável a nação acabou.
Foi estabelecida no Brasil a barbárie como substancialidade civilizatória.
Um país sem perspectiva, os lábios são tortos.
Não existe uma pedra no meio do trilho pois não há caminho para colocar a pedra.
Trovões e relâmpagos.
Tempestades intermináveis.
A ilusão é contemplativa.
O paraíso composto de demônios.
Para onde vamos?
Não há um lugar para ir.
O inferno é cheio de deuses.
Os salvadores de almas.
Os pobres são expulsos da calçada.
O lixo mediado por bactérias é a realidade.
Melhor a morte que a própria esperança.
A tragédia premeditada.
A servidão consentida.
Em quem eles acreditam em seus assassinos.
Dedicam esperança em seus massacradores.
Defendem os destruidores.
Protegendo seus matadores.
Então como ter esperança.
O delírio reina a imaginação.
Deus é tão satânico como o diabo.
Acreditar em quem.
Se não existe água nos rios.
Os trovões são roncos de aviões.
Esperar pelo tempo, esquecendo as nuvens.
Sentindo no corpo a dor do coração.
A fantasia das páginas sagradas.
Olhando para o infinito e vendo o sol fugindo.
À noite a única certeza,
Esperando que a alma fustigue a essência.
Até a exaustão dos desejos.
Enquanto o brilho do sol queime os olhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.