Escola e Conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos, concurso para supervisor de ensino, SP 2019.

Escola e Conhecimento.

Mário Sérgio Cortella.

Reflete Cortella.

O verdadeiro objetivo

da escola pública

é democratizar o saber

na educação,

Para a classe trabalhadora.

Com sólida base científica.

Cuja finalidade é evitar

apartheid social e político.

Implantado pelas elites econômicas.

Na construção da cidadania

é necessário a defesa,

solidariedade para classe social.

Deve se entender, portanto, o conhecimento

como uma construção cultural,

social, político e histórico.

Até o momento a escola

tem sido conservadora ou inovadora.

ao mesmo tempo.

O modo como o conhecimento

é compreendido, escolhido, transmitido.

Particularmente recriado

na história do saber.

O homem teve que fazer-se, construir-se

a partir do mundo do trabalho

e do meio ambiente.

Somente o homem é capaz de desenvolver a ação cultural

de transformação por meio da consciência.

O homem age intencionalmente,

para realizar o que é necessário.

Tudo acontece é por meio da práxis.

A cultura o conjunto dos resultados

da ação humana, por meio do trabalho.

O homem não nasce humano,

torna-se humano na vida social e histórica,

por intermédio da formulação cultural.

É a cultura que produz a hominização.

O conhecimento é um bem de produção.

Temos as ideias a partir das coisas

que fazemos.

Uma dialética entre as ideias e as coisas.

O educador precisa entender

o caráter múltiplo e diverso da humanidade.

A respeito do conhecimento e da verdade.

Cortella desenvolve a história dos paradigmas.

Somos culturalmente herdeiros dos gregos.

O paradigma de Platão

consiste na seguinte ideia,

a noção da verdade como descoberta.

Estabelecida a partir das teorias

de dois mundos.

O nosso mundo que é o mundo sensível

das coisas.

das materialidades e das aparências.

O mundo das copias, outro mundo

do qual o mundo sensível participa.

Que é o mundo inteligível das formas e

das essências.

A diferença dos dois mundos

é que o mundo em que estamos,

ele é apenas participativo do mundo real.

Com efeito, é um mundo mutável,

imperfeito e finito.

O outro mundo, imaterial, imutável,

eterno e perfeito.

A concepção pedagógica nesse paradigma,

fundamenta se que a nossa alma

já conhecia a priori o outro mundo

em referência.

Mas que pelo fato de estar no mundo sensível,

a cognição esqueceu do que está nela mesma.

Portanto, o ato do conhecimento,

é um ato de recordar se,

conhecer, portanto, é recordar-se,

descobrir-se,

o que já está dentro da memória do cérebro.

Ele refere alegoria platônica,

a caverna de Platão,

como lógica pedagógica da explicação.

Esse é o primeiro paradigma da história,

da pedagogia da educação.

Posteriormente, epistemologiza a respeito de Aristóteles,

como construtor do segundo paradigma.

Seu método é racionalista,

sobretudo, empírico.

O verdadeiro conhecimento procede

essencialmente da experimentação,

indução e observação.

Cortella deixa claro,

que a concepção que ele adota em seu livro,

não é platônica,

Porque as verdades são produzidas,

nesse mundo.

Todavia, não é totalmente aristotélico,

pois as verdades não são eternas,

muito menos absolutas.

A verdade é uma construção cultural,

produzida dentro do tempo histórico e político,

não sendo nem absoluta nem eterna.

Cortella retoma a ideia crucial,

entre a educação e o conhecimento,

Como construção cultural, epistemológica.

Com efeito, mutável.

Por outro lado, o conhecimento também

é fruto convencional

de acordos circunstanciais.

Motivos pelos quais possibilitam a interpretação.

Para Cortella todo saber pressupõe

uma intencionalidade.

Não existe a busca do saber sem finalidade.

Por essa razão o erro faz parte do ato

cognitivo.

O conhecimento não se realiza só acertando.

Lógica pela qual todo educador precisa ter

o universo vivencial discente.

O princípio da aprendizagem é a criatividade,

o educador precisa de um ponto de partida,

uma meta de chegada.

A verdadeira finalidade pedagógica instrumental,

fazer avançar a capacidade de compreender a realidade,

intervindo na mesma para além do presente,

gerando autonomia e humanização.

Ainda fala do pedagocídio intencional,

o uso não reflexivo e crítico

dos livros didáticos.

Conteúdos abstratos e sem integração,

a cupabilização do aluno pelo fracasso.

O ato de ensinar requer o entendimento científico,

epistemologização hermenêutica,

a educação é uma práxis social e política.

Não existe neutralidade na prática pedagógica de

ensino.

Portanto, é necessário reinventar

a ética da rebeldia.

Educar é transformar a realidade,

objetivando um mundo melhor, mais humano.

Portanto, é necessário a inconformidade docente.

Com efeito, educar significa criar outro mundo,

que seja exatamente melhor para todos, mais equalizado socialmente.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 05/12/2018
Reeditado em 06/12/2018
Código do texto: T6519862
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