Cristo, Salvador da humanidade!

Quando se ignora Deus e sua Vontade, impera a mundanidade. Eis o grande desastre a que estamos expostos!

Antes de tudo, precisamos concordar que o nosso mundo, a nossa sociedade está em perigo e precisa ser salva de um colapso total. Basta prestar atenção na caminhada do homem ao longo da história: lutas, conquistas, opressões, domínios, poder, injustiças, perseguições, mortes, sofrimentos... tudo indicando que, apesar da clareza com que Deus se revela aos homens, seu Reino ainda é um sonho.

Infelizmente o povo de Deus permanece com o coração duro, teimoso e vulnerável ao paganismo, à mentira, ao materialismo, contrastando frontalmente com o Reino de Deus, sustentado na Verdade e no Amor.

Falta Deus, falta sentido e sustentação da Vida, dos seus valores fundamentais, respeito, dignidade, fraternidade. Faltam líderes cristãos que possam governar como verdadeiros “representantes” de Deus, responsáveis pela paz e pela justiça entre os povos; falta sintonia entre os interesses dos governantes e governados; falta seriedade na administração das necessidades do povo; descuida-se da moral; faltam leis mais naturais e cristãs.

Por isso tudo, Cristo veio ao mundo: “Vim para que todos tenham Vida e vida em abundância”. Encarnou a realidade humana comprometida e corrompida pelo pecado. Veio para nos salvar das amarras do pecado, da destruição e da morte eterna.

Essa luta de Cristo contra o pecado parece não ter fim e realmente não terá até que o homem apoie o bem e se afaste do mal. Lembra Santo Agostinho que Deus não quer salvar o homem sozinho. Precisamos, pois, acordar e entender que o pecado precisa ser eliminado; é preciso conter essa corredeira de pecado que inunda a sociedade e suas instituições, sem o que mundo não tem solução. Para Dom Romero “O pecado é aquilo que matou o Filho de Deus, e o pecado é isso que continua a matar os filhos de Deus”. Ou seja, o fruto do pecado é a morte, tanto a morte interna do pecador como a morte dos irmãos.

O pecado pessoal permeia e contamina a sociedade e chega a materializar-se em estruturas de pecado, que são como a cristalização da injustiça e do egoísmo pessoal, sua consolidação e o mecanismo para sua perpetuação, lembra Victor Codina.

Se queremos o bem das pessoas e dos povos, temos que viver na Verdade e no Amor. Se queremos a nossa salvação e a salvação do mundo temos que buscar a santidade de vida, a aceitação da graça de Deus, vivendo “em Cristo, com Cristo e para Cristo” no Reino dominado por um amor exigente que tenha, como escreve o apóstolo Paulo, as características da paciência, da benignidade e da esperança.

Sem dúvida, o mundo ainda precisa de um Salvador, precisa reconhecer-se enfraquecido e impotente para, sozinho, encontrar a verdadeira felicidade numa sociedade cada dia mais complexa e enganosa.

Salva, Senhor, a nossa sociedade do paganismo, da idolatria, do relativismo moral… Torna-nos firmes na fé e coerentes com as verdades do Evangelho. Dá-nos forças para vencer as tentações da vida mundana que procura destruir a identidade cristã. A mundanidade, segundo o Papa Francisco, afasta o homem da coerência da vida cristã, levando-o a uma vida dupla: fingindo ser cristão e vivendo como pagão.

Dá-nos coragem para vivermos os valores do Reino, tornando-o realidade em nosso meio.

Salve Maria!