“ENSINO RELIGIOSO NA PRESERVAÇÃO DA CULTURA"

UNIVERSIDAD COLUMBIA DEL PARAGUAY

FILIAL PEDRO JUAN CABALLERO

MAESTRÍA EN EDUCACIÓN SUPERIOR

“ENSINO RELIGIOSO NA PRESERVAÇÃO DA CULTURA"

BENEDITO AECIO DE AQUINO NUNES

Pedro Juan Caballero – Paraguay

Junho – 2016

.

beneditoaecioprofessor@hotmail.com

BENEDITO AECIO DE AQUINO NUNES

Trabalho de conclusão de Curso (mestrado) -2016. Ciências da Educação pela

Universidade Columbia Del Paraguai Del Paraguai Pedro Juan Caballero

Orientador: Prof. Sergio David González Ayala

“ENSINO RELIGIOSO NA PRESERVAÇÃO DA CULTURA"

BENEDITO AECIO DE AQUINO NUNES

PEDRO JUAN CABALLERO – PARAGUAY

2016

Nunes, Benedito Aécio de Aquino (2016).

“ENSINO RELIGIOSO NA PRESERVAÇÃO DA CULTURA". ( 2016). Pg: 120

Trabalho de Conclusão de Curso (mestrado) –2016. Ciências da Educação pela Universidade Columbia Del Paraguai Pedro Juan Caballero

Orientador: Prof. Sergio David González Ayala

Palavras - Chave: Ensino Religioso, Preservação da Cultura.

UNIVERSIDAD COLUMBIA DEL PARAGUAY

FILIAL PEDRO JUAN CABALLERO

BENEDITO AECIO DE AQUINO NUNES

DEDICATÓRIA

À Anizio e Lidia, por me proporcionarem a oportunidade

do renascimento e me direcionarem os primeiros passos.

Eterna gratidão.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pelo dom da vida.

Agradeço a meus pais, por me proporcionarem o renascimento e me direcionarem os primeiros passos.

Agradeço a meus mestres, pela dedicação, paciência e emprenho na transmição do ensino.

Agradeço em maneira especial ao professor Mestre Geográfco Odário Sebastião da Silva que enriqueceu a pesquisa com idéias e sugestões.

Agradeço a Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira pelo auxilio a pesquisa juntos aos alunos do ensino fundamental.

Agradeço também a doutrina espirita em especial ao Kardecismo, que me proporcionou um maior entendimento da nossa origem e destinação como espiritos imortais.

Agradeço a senhora Sueli Abe Elwallger, que sempre me incentivou a preseverança nos objetivos de aprimoramento intelectual e moral.

Agradeço a todos os meus familiares, amigos e companheiros de profissão pelo incentivo e apoio durante toda minha jornada academica.

A Religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus, evitando os dogmas e a Teologia.

Albert Einstein.

RESUMO

O presente estudo tem como tema o ensino religioso na preservação da cultura, para adolescentes que frequentam o ensino fundamental, sendo a faixa etária compreendida entre 10 e 14 anos. O objetivo da pesquisa foi analisar como os adolescentes e seus familiares relacionam a disciplina de ensino religioso na transmição da cultura.

Por sermos um país eminentimente religioso, maioria cristão católico, desde a colonização até o presente, a religião exerce uma influência consideravél em muitas familias da cidade de Várzea Grande MT. Porem com o crescimento das religiões protestantes e o maior acesso as tecnologias, muito da cultura tradicional, e os valores familiares, tais como; a frequencia a uma determinada religião, respeito aos mais velhos, solidariedade, deixaram de ser cultivados em muitos lares. Contudo o desafio de ensinar os conteudos da grade curricular incluindo o ensino religioso numa sociedade consumista e hedonista, reflete no ambiente escolar, trazendo o desinterese pela disciplina de ensino religioso e seus conteudos. A fundamentação teórica apresentou temas como: historico da patrona professora Nadir de Oliveira e da unidade escolar, cultura do estado de Mato-Grosso. Ultilizou-se a técnica de levantamento de campo, realizado em uma escola publica do municipio de Varzea Grande-MT Brasil.

A partir dos dados obtidos, percebeu-se que o ensino religioso, na escola pública ainda é motivo de muito questionamento, devido não haver coerência entre os conteúdos com a realidade social, e não disporem de professores que consigam desempenharem o papel de mediadores na transmissão do conhecimento teórico compativél com a realidade atual, contribuindo na formação de futuros cidadões atuantes e conscientes do bem viver na sociedade.

No contexto histórico, o Estado ao assumir a laicidade,deixou de privilegiar determinada concepção religiosa como a oficial, portanto os orgãos públicos devem assumir um caráter neutro em relação as questões religiosas.Ressaltamos a grande diversidade cultural existente em nosso país ,devido ao processo de colonização, empreendido primeiramente pelos Portugueses, um país de forte orientação católica romana. Ao próposito de catequizaçao dos indígenas, denota-se o processo de imposição da cultura europeia, em detrimento da cultura nativa, suprimindo valores, crenças, religiosidades que foram desmerecidas, pela falsa superioridade dos colonizadores europeus, ao considerar selvagens quem não coadunavam com os seus ideais. Devemos analisar um pouco essa trajetória histórica da religião e do ensino religioso no Brasil, para adquirirmos ferramentas que nos possibilite condições de entendimento da origem da intolerãncia religiosa, no período colonial, principalmente contra a cultura africana e sua religiosidade e que ainda prevalece veladamente na sociedade atual, convergindo para o ambiente escolar, em forma de acusações de católicos e protestantes contra os umbandistas e espíritas,evangelicos contra católicos.

O grande desafio da atualidade, onde grande maioria das pessoas, distanciaram da religião, voltando-se para o materialismo, e o consumismo, os valores culturais, foram sendo esquecidos de serem ensinados pelos familiares aos filhos,gerando uma licensiosidade sem parâmeros que norteiem a formação do cidadão integral.

“Deve-se adotar o ensino de caráter não confessional”. A escola pública não deve privilegiar o ensino de uma determinada confissão religiosa. Nesse caso, segundo o Ministério Público, o ensino religioso deve ser ministrado por professor da rede pública e não por um representante dessa ou daquela igreja. Voltar-se à exposição e reflexão sobre as diversidades culturais, e as diferentes nuanças existentes na sociedade escolar, seguindo umas perspectivas antropológicas, filosóficas e históricas. Sem imposição de dogmas. Sem evangelização. Sem catequese.

Não importando com a quantidade de alunos, cujos pais decidiram pela opção do ensino religioso, todos deverão ser atendidos e orientados na Unidade Escolar, podendo inclusive criar-se uma sala Multiseriada, abrangendo várias séries de ensino ou ser aplicados os conteúdos num outro período de aula.

Palavras - Chave: Ensino Religioso, Preservação da Cultura.

RESUMEN

Este estudio es la educación religiosa sujeto en la preservación de la cultura, para los adolescentes que asisten a la escuela primaria, el grupo de edad entre 10 y 14 años. El objetivo de la investigación fue analizar cómo los adolescentes y sus familias se relacionan con la disciplina de educación religiosa en la cultura Una transmisión.

Debido a que somos un país eminentimente religiosa, la mayoría cristiana católica, desde la colonización hasta el presente, la religión ejerce una influencia considerable en muchas familias de la ciudad de Várzea Grande MT. Pero con el crecimiento de las religiones protestantes y un mayor acceso a la tecnología, gran parte de la cultura tradicional y los valores de la familia, tales como; la frecuencia de una determinada religión, respeto a los mayores, la solidaridad, ya no se cultiva en muchos hogares. Sin embargo, el reto de enseñar los contenidos del plan de estudios, incluyendo la educación religiosa en una sociedad consumista y hedonista, que se refleja en el entorno escolar, con lo que desinterese la disciplina de la educación religiosa y su contenido. El marco teórico presentado temas tales como patrona histórica maestro de Nadir Oliveira y unidad escolar, cultura del estado de Mato Grosso. Ultilizou a la técnica de estudio de campo, realizado en una escuela pública en el municipio de Varzea Grande-MT Brasil.

De obtuvieron los datos, se observó que la educación religiosa en la escuela pública es todavía un tema de mucho preguntar, porque hay coherencia entre el contenido con la realidad social y no tienen maestros que pueden desempeñar el papel de mediadores en tranmissão conocimientos teóricos coincidente con la realidad actual, lo que contribuye a la formación de los futuros autantes y concientes a los ciudadanos el derecho a vivir en sociedad.

En el contexto histórico, el Estado tome la laicidad, dejó de favorecer en particular la concepción religiosa como oficial, por lo que las agencias del gobierno debería tener un carácter neutro en relación con cuestiones religiosas.Ressaltamos la gran diversidad cultural en nuestro país, debido al proceso de la colonización, llevó a cabo por primera vez por el portugués, un país fuerte orientación católica. La finalidad de adoctrinamiento de los indígenas, se denota el proceso de imposición de la cultura europea, en detrimento de la cultura nativa, los valores, las creencias, la religiosidad que eran inmerecida, la falsa superioridad de los colonos europeos suprimir, teniendo en cuenta salvaje que no pudo combinar con su ideales. Analizamos algunos de esta trayectoria histórica de la religión y la educación religiosa en Brasil para adquirir herramientas que nos permiten comprender el origen de las condiciones de intolerancia religiosa en el período colonial, especialmente en contra de la cultura y la religión africana y que aún prevalece en la sociedad de forma encubierta actual, que convergen en el entorno escolar, en forma de acusaciones de católicos y protestantes contra la umbanda y espiritistas, evangélicos contra los católicos. El gran desafío de nuestro tiempo, donde la gran mayoría de la gente se distanciaron de la religión, volviéndose hacia el materialismo y el consumismo, los valores culturales, se han olvidado de ser enseñado por la familia para los niños, generando el libertinaje sin parámeros para guiar el formación de ciudadano de pleno derecho. "Debemos adoptar el carácter de la enseñanza no confesional". Las escuelas públicas no deben centrarse en la enseñanza de una confesión religiosa en particular. En este caso, de acuerdo con la Minnisttério pública, la educación religiosa debe ser enseñado por maestros de escuelas públicas y no por un representante de tal o cual igreja.Voltar a la exposición y la reflexión sobre la diversidad cultural y los diferentes matices de la sociedad de la escuela, siguiendo algunas perspectivas antropológicas, filosóficas e históricas. Sin imponer dogmas. Sin evangelización. Sin catequesis. Independientemente del número de alumnos cuyos padres decidido por la opción ensinno religiosa, todos deben cumplirse y guiar la unidad escolar y pueden incluusive dieran una habitación multiseriados, que cubre varias series educativo o haber aplicado el contenido en otro período clase.

Palabras - clave: Educación religiosa, la preservación de la cultura.

Siglas:

LDB 9394/96 – Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei criada 20 de dezembro de 1996).

CEE/MT 006/00 – Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (Artigo 243, inciso III da contituição Estadual, Lei nº 9.475).

CEE/MT 002/2015 – Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (Resolução Normativa, publicada no diário oficial de 24/09/2015).

PPP – Projeto Politíco Pedagógico (da escola professora Nadir de Oliveira).

LISTA DE QUADROS.

Quadro 01- Conceitualização e operacionalização das variáveis- p.44

Gráfico

Gráfico 1 Voce frequenta alguma igreja ...........................................................pg 59

Gráfico 2 A religião é importante para você? ....................................................pg 60

Gráfico 3 Voce já participou de alguma cerimônia religiosa .............................pg 61

Gráfico 4 Voce gostaria que na escola fosse ofertado a disciplina de ensino religioso? ...........................................................................................................pg 63

Gráfico 5 Voce já sofreu alguma discriminação por causa de sua religião na escola que frequentea atualmente?..............................................................................pg 70

Gráfico 6 Qual a sua formação acadêmica........................................................pg 74

Gráfico 7- Na sua opinião nas aulas de ensino religioso deixa implícito doutrinamento religioso ....................................................................................pg 76

Sumario

Introdução………………………………………………………………………......... 16

Capítulo I. Apresentação da Investigação

a. Tema………………………………………………………………………….........

b. Problema………………….……………………………………………….............

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c. Objetivos……………………………………………………………………………

- Geral………………………………………………………………................

- Específicos…………………………………………………………………... 18

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d. Justificativa…………………………………………………………………………. 19

Página

Capítulo I. Apresentação da Investigação

a. A Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira e o Projeto Político Pedagógico

b. Marco Conceitual...........................................................................................

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c. O ensino Religioso na Constituição do Brasil................................................

A fundação de Várzea Grande – MT..................................................................

Hipótese.............................................................................................................

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Capítulo III. Marco Metodológico

Instrumentos de relevamento...........................................................................

Resultados..........................................................................................................

Considerações finais ……………………………………………............................

Recomendações.................................................................................................

Bibliografia………………………………………………………………....................

Anexos …………………………………………………………………………...........

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INTRODUÇÃO

Esta é uma pesquisa de Mestrado em Educação da Universidade Columbia do Paraguai. Onde foi efetuado um estudo sobre o Tema do Ensino Religioso na Preservação da Cultura, no Ensino Fundamental da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, localizada no Município de Várzea Grande MT-Brasil, disciplina que sempre foi motivo de polemicas. Devidos as grandes diversidades étnicas, culturais e religiosas, presente no ambiente escolar, que produzimos este trabalho de pesquisa. Por ser base de muita polêmica atualmente, esta disciplina necessita ser analisada a partir de diferentes abordagens: histórica, pedagógica, técnica, etc. Esperamos que pudessem, por meio deste trabalho, contribuir sucintamente para a importante discussão e reflexão acerca do tema do laicismo do Estado e suas prováveis ameaças, por meio de atitudes corporativistas dos setores privado da sociedade.Reconhecendo esse poder inerente a todo ser humano qual seja de modificar o ambiente e se modificar assimilando crenças, valores e cultura de outros povos, neste trabalho procurou-se indentificar as manifestações culturais, regionais e as que foram sendo introduzidas pelos imigrantes de diversos estados, cidades e paizes em nossa região e o papel desempenhado pelas Igrejas tradicionais e as renovadas na preservação cultural de cada uma delas.

Utilizamos à metodologia de pesquiza de campo através de questionários e entrevistas a equipe gestora, docentes, dicentes, pais ou responsáveis e representantes de igrejas locais, através de formulário, contendo 05 (cinco) perguntas que pudesse atingir nossos objetivos. Com uma amostra deste estudo, realizamos um diagnóstico geral da disciplina de Ensino religioso na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira em Várzea Grande-MT. Para tanto, entrevistas, pesquizas, fotografias, mapas de localização e produção cultural do Município e dos alunos foram inseridos como anexos, tentando enriquecer o assunto pesquizado. O nosso objetvo é saber se os conteúdos ensinados em aula estão condizentes com a Legislação Federal, Estadual e Municipal, evitando o proselitismo e doutrinamento. A pesquiza foi realizada entre os meses de Novembro de 2015 a Fevereiro de 2016.

CAPÍTULO I

APRESENTACAO DA PESQUISA

1- TÍTULO DA TESE: ENSINO RELIGIOSO NA PRESERVAÇÃO DA CULTURA EM VARZE GRANDE- MT- BRASIL NA E.E. PROFESSORA. NADIR OLIVEIRA.

2- TEMA: Ensino Religioso na Preservação da Cultura.

3- PROBLEMA: É fato da grande diversidade de religiões e a incoerencia na aplicação dos conteudos da disciplina de ensino religioso, que ira contribuir na preservação da cultura de cada aluno e na diminuição da intolerância religiosa.

Pergunta principal: Qual percepção dos estudantes da Escola Estadual Nadir de Oliveira, com relação ao ensino religioso?

Perguntas adicionais: Quais dificuldades que apresentam os estudantes da Escola Estadual Nadir de Oliveira com relação ao ensino religioso?

Como intervir na intolerância a diversidade ao ensino religioso?

Que pensam os estudantes da Escola Pública Professora Nadir de Oliveira sobre o planejamento das aulas de Ensino Religioso?

Quais ferramentas pedagógicas precisam os estudantes da Escola, para aaceitação e entendimento dos conteúdos ensinados na disciplina de Ensino Religioso, para a preservação da cultura e evitar a intolerância religiosa?

OBJETIVOS.

1.4- GERAL – Indentificar a necessidade e importância do ensino religioso na Escola Estadual Nadir de Oliveira, Várzea Grande – Mato-Grosso.

1.5- OBJETIVO ESPECÍFICO – Após a definição do objetivo geral definido, estabelecer os específicos:

1.5.1 – Explicar como a questão religiosa é tratada na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

1.5.2 - Demonstrar a importância do ensino religioso na grade curricular da unidade escolar em estudo;

1.5.3 – Demonstrar como deve ser tratada a questão religiosa na escola;

1.5.4 – Indentificar de que maneira a religião está presente no cotidiano familiar.

JUSTIFICATIVA

A Declaração Universal dos Direitos Humanos dispóe que, ¨todo o ser humano tem direito a liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular. ¨(artigo XVIII).

Dessa maneira os esforços da sociedade devem convergir para a inclusão, não a exclusão e que a questão do ensino religioso esta impregnada de diferentes fatores importantes: interesse, motivação, comprometimento dos professores, para que aconteça a formação do ser integral. Consciente das habilidades, competências, na formação de uma sociedade mais justa, fraterna, espera-se que os alunos construam ou reelaborem conhecimentos de acordo com suas possibilidades e conhecimentos disponivéis na humanidade.

Assim a investigação proposta neste trabalho proporcionará uma reflexão crítica sobre a importância do ensino religioso na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, uma vez que é a partir dos preceitos e conceitos religiosos que se encontram fundamentados para outras ciências e até mesmo evitando o perigo de expansão de pensamentos poucos humanos em relação à práticas relacionadas às submissões de um ser humano pelo outro que ache ser um ser inferior. Devemos considerar que durante o império o conceito de cidadão não incluia o escravo, que não passava de propriedade material do seu senhor, que poderia dispor unicamente como instrumento de trabalho.

A religião ajuda a entender que não é o poderio de qualquer ordem que nos tornam inferiores ou superiores, pois, uma vez filhos de Deus e humanos por natureza são todos iguais e com direitos inalienavéis a espécie a que pertencemos.

A laicização do Estado Brasileiro, implantada durante o governo republicano e mantida oficializada na Constituição de 1891, a Igreja catolica deixa de ser considerada religião oficial, libertando-se da dependência ao Estado. No entanto o episcopado brasileiro se posicionava contrario a tais medidas, porque acreditava que ele agredia a fé católica da maioria do povo brasileiro. Para tanto o episcopado brasileiro, articulou-se para a manutenção do ensino religioso nas escolas públicas, através da criação de uma rede de escolas católicas no território nacional. Contou com a participação ativa de ordens e congregações católicas, masculinas e femininas, de origem européia, como os lazaristas, jesuítas, salesianos, maristas, franciscanos, lassalistas, Irmãs de São José de Chamberry, Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, Irmas da Divina Providência. Esse grupo religioso intensificou sua imigração para o Brasil, a partir do século XIX, segundo Reinado, especialmento após a promulgação da Constituição de 1891, que permitia maior liberdade à Igreja Católica e suas práticas clericais.

A Igreja católica nesse intuito da escolarização e difusão da doutrina católica fundou desde escolas paroquiais até universidades católicas, passando por colégios de ensino secundário, escolas normais e profissionais e incentivou os professores católicos a realizarem o curso normal e prestarem concursos públicos para recatolizar a cultura escolar republicana e laica.

A partir da fala de alunos e alunas, a pesquisa mostrou que as imagens antropomórficas do Deus da infância são trazidas para a adolescência. Os conceitos sobre Deus são definidos a partir daquilo que aprenderam e ouviram falar na sua família, na sua comunidade de fé, no seu meio social.

Adolescentes e religiosidade: aportes para o Ensino Religioso na escola.

Foi realizada uma pesquisa através de questionários entre dicentes, docentes, pais, e lidere religiosos, na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, com o objetivo de levantarem-se dados relativos à religiosidade e a importância na preservação da cultura, através da disciplina de ensino religiosos.

Para a Drª Gisela I.W.Strech, professora de Educação na Escola Superior de Teologia (EST), Em São Leopoldo, RS a adolescencia representa um período de mudanças significativas no pensar, agir e comportamentos, ao questionarem conceitos que foram aprendidos na infância, e os valores ensinados pelos pais e pessoas próximas, consideradas antiquadas, incapazes de satisfazerem os anseios juvenis, levando a um distanciamento de padrões cultuados no ambiente familiar, com relação a Deus, religiosidade e cultura. O ensino religioso nesse contexto, que deveria servir de mediador na formação moral do aluno, devido a fatores profissionais ou metodológicos, termina por não contribuir eficazmente nesse intento.

Adolescentes começam a questionar e duvidar: o sistema de valor, de vida e de fé é agora objetivado e examinado. Adolescentes necessitam de um espaço protegido na sua família, na escola, na sua comunidade, para poderem dialogar sem sofrer preconceitos ou pré-julgamentos. Necessitam duvidar e perguntar, compartilhar suas experiências, medos e anseios, seus planos e projetos de vida. Adolescentes precisam de um espaço para poder falar, ouvir e receber orientação para as perguntas sobre o sentido da vida.

Discentes falam sobre a importância da religião

Adolescentes falam sobre a religião como uma aproximação de Deus, e conhecimento dos mandamentos e maneira de conseguir a salvação, numa maneira pueril na visão de um Deus antropomorfico, paternal.Ensina também a amar ao próximo mesmo não o connhecendo, respeitar aos outros, para termos fé,na obtenção de tudo o que desejamos, e sem o apoio de Deus e nada,demonstrando também que a religião ensina o conhecimento dos ensinamentos de Deus, através dos mandamentos sagrados,aprofundar a fé, trazendo paz para a nossa vida interior, acredito em um Deus maior que sempre esta do nosso lado, ressaltando o anseio da salvação, conquista do céu, e todas as bençãos necessárias ao bem estar material e espiritual.

Na fala dos adolescentes é possível identificar a influência parental na transmissão de conceitos sobre a importância da religião na conquista espiritual, ao cultuarem-se os preceitos religiosos, nas igrejas cristãs tradicionais e mesmo nas protestantes insurgentes na comunidade local.

Em que medida o Ensino Religioso pode contribuir para o desenvolvimento da religiosidade de adolescentes, em direção a uma fé madura? O Ensino Religioso na escola pode ser um espaço privilegiado no qual aluno e alunas adolescentes têm a oportunidade de perguntar, de duvidar, de contestar; de aprender a se relacionar consigo mesmos, com os outros do seu meio social e com Deus.

Pais e Responsáveis falam sobre a importância do Ensino Religioso.

As questões formuladas nesta dissertação em relação aos pais dos alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, visam um melhor entendimento dos pais ou responsáveis, quanto a importância do ensino religioso na preservação da cultura, sub-entende-se a formação dos valores, que irão contribuir na formação moral do futuro cidadão.

Ao serem inquiridos sobre os responsáveis pelo sucesso ou fracasso escolar, a maioria dos pais reconhecem a negligência familiar na transmissao dos valores morais, necessários para o fortalecimento do caráter, e outros entendem que a participação do governo poderia ser mais efetiva nesse objetivo.

Ao reconhecerem os beneficios do ensino religioso, destacam-se algumas respostas. A disciplina do ensino religioso pode deixar as pessoas até mais tranquilas e nos mostrar que Deus está sempre do nosso lado. A religião trás mais atitude e respeito moral para o cidadão. Para que os jovens aprendam a palavra. Tras o ensinamento da moral e dos bons costumes. Contribuem para que os jovens hajam de maneira correta e honesta na sociedade, a palavra do senhor nos produz transformação de vida.

Segundo a pesquisa realizada na Escola, a grande maioria dos entrevistados se declarou religiosos praticantes dos sensinamentos transmitidos na religião escolhida, mas existem muitos alunos que disseram não participarem de nenhuma religião, pois os seus familiares também não são frequentadores de nenhuma religião.

A questão do ensino religioso na sua aplicação na Escola destaca-se as seguintes respostas, com isonomia do professor, para que ele pudesse ensinar os diversos pontos de vista da doutrina. Ensinar passassens dos textos bíblicos, conversassem com os alunos sobre Deus, com respeito, deveria ser com mais verdade para todos, com muito cuidado, pois o assunto é delicado, que fossem transmitidos por pessoas aptas a ensinar, sem distorcer a palavra.

Também foi perguntado se durante a matrícula, os pais ou responsáveis, foram informados sobre a oferta no currículo escolar da disciplina de ensino religioso, onde a maioria respondeu que sim.

No corpo docente, foram entrevistados duas professoras uma de Filosofia (Professora Adriana Alves Freitas) e outra de Português (Professora Marilene Paranhos), e uma coordenadora da Escola (Professora Vera Lucia Dalbosco).

As duas professoras reconheceram a importância do ensino religiosos para o processo de ensino aprendizagem, por que ensina o respeito, o diálogo, o entendimento de que somos diferentes um do outro, ensina a valorização, a compreender que temos outras crenças religiosas diferentes da nossa e que devemos compreender e não julgar, entender e aprender com o outro, falta aos alunos reflexões sobre os valores morais, o amor ao próximo a solidariedade. Em sua opinião nas aulas de ensino religioso, deixa implícito o doutrinamento religioso. O professor de Educação religiosa, deve ter o cuidado de se abster da sua doutrina religiosa, não é omitir ou mentir, mas de ensiná-la, assim como ensina as demais, se não, corre o risco de doutrinar os alunos na sua convicção religiosa. Aprender que temos pontos de vista diferente, mas que todos precisam ser reconhecidos e respeitados. Não é preciso que o professor trabalhe textos voltados à reflexão dos valores éticos-moraes voltados à cidadania. Considera o nível dos conteúdos de ensino religiosos satisfatórios, compatíveis com o nível dos alunos, boa parte dos conteúdos é da biblioteca particular dos professores. O aluno não tem material ofertado pelo governo, às opções é poucas, o professor que precisa investir no seu material pedagógico.

A disciplina de Ensino religioso contribui no fortalecimennto da cultura?

Sim, ao aprendermos diferenças de crenças religiosas, aprendemos culturas diversas, aprendemos a mantê-las, pois precisamos compreender o contexto geral em que as pessoas estão inseridas no seu campo religiosos e entender pelo menos a forma como elas pensam e agem na sociedade. Todo e qualquer conteúdo independente da disciplina, contribui para o fortalecimento da cultura, bem como na aprendizagem do aluno.

CAPITULO II

MARCO REFERÊNCIAL

MARCO REFERÊNCIAL:

A ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA NADIR DE OLIVEIRA E O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

A escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, tem posse de um Plano Político Pedagógico a seguir, que determina o rumo, o horizonte, que tem em relação à formação dos seus alunos, estabelecida em aspectos filosóficos e pedagógicos.

Como Educador, sou denfesor de uma escola Laica, universal e obrigatória, gratuita e pública, de formação de um sistema único e social.

Apresentar os conteúdos de Ensino Religioso a partir das tradições dos alunos e de seu contexto social é um aspecto que merece destaque. Firmar a identidade religiosa do aluno e as marcas de sua cultura é importante, pois a renúncia dessas marcas pode levar a uma 2517 desvalorização das novas culturas que lhe apresentadas (FREIRE e FAUNDEZ, 1985, p. 17).

Para a Constituição Federal de 1988, religião é direito individual (art. 5º, VI) e educação, direito social (art. 6º). O art. 210, § 1º, situa o ensino religioso no espaço, ao mesmo tempo, público (escola) e privado (liberdade de consciência).

Podemos notar a grande importância do Ensino Religioso para o jovem, adolescente, aluno, que vem destacando-se através das suas atitudes.

Alves (2010, pág. 108) afirma que quanto à religião ensinara que a Doutrina Cristã aos seus discípulos por algum compêndio claro, consiso e próprio para o uso das escolas, Dara breves noções de Deus, e dos seus atributos, explicara que a nossa Santa Religião, em suma, conciste em amar a Deus, e ao proximo, isto é, as criaturas racionais... Que se não pode bem amar a Deus sem amar ao próximo, nem ao próximo sem amar a Deus, que a verdadeira virtude não consiste, simplesmente nas exterioridades; por ser isto uma refinada Hipocrisia, mas sim em amar a Deus de coração, e fazer ao próximo todo o bem que pudermos.

Ao ministrar as aulas, sem colocar em questão nenhuma religião especifica, ficando vedada qualquer forma de proselitismo, apenas dando sentido no eu após a vida, podemos notar mudança significativa no comportamento.

Para Popkewitz (2000, p. 151) "os discursos da pedagogia permitiram administrar o sentido interno do eu das crianças exatamente como os discursos religiosos prévios haviam se centrado na salvação da alma”.

O Ensino Religioso na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, teve vários cenários ao longo dos anos, desde a fundação da escola, até os dias de hoje. Vamos citar algumas destes cenários, relatados por professores, que ministravam a aula de Ensino Religio na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

A crença de que a “recusa à transcendência é trágica para o ser humano, pois o torna resignado em sua mediocridade” (FONAPER, 2001, p. 19),

Não podemos justificar o Ensino Religioso como educação moral, pois assim seria uma religião civil, se justificarmos os erros dos alunos devido a sua religião, seria claramente discriminação a sua crença.

Brandão (1985, pág. 20) Como ser histórico o homem é ser cultural. Compreendendo e transformando a natureza ele a humaniza, reconhecendo o outro, ele se humaniza. Assim ele cria um mundo propriamente humano que é o mundo da cultura, o mundo histórico. ¨

(Azevedo, 1981, p. 72). Este antropólogo aplica o conceito “religião civil” na crítica da disciplina educações morais e cívicas, criadas pelo Ato Institucional nº 12, “destinada a promover a solidariedade social” e o “preparo do cidadão”.

Educação é direito universal (de cada pessoa!) e dever do poder público, conforme o consenso pactuado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

O direito à educação é, portanto, nem mais nem menos, o direito que tem o indivíduo de se desenvolver normalmente, em função das possibilidades de que dispõe, e a obrigação, para a sociedade, de transformar essas potencialidades em realizações efetivas e úteis. (Piaget, 1978, p. 35).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB, 1996, p. 93) admite que o ensino religioso foi “fruto de acordos e negociações entre o governo e a hierarquia católica. A partir daí, também, é que os chamados grupos laicos se insurgem”.

Buffa (1979, p. 15-30) reproduz esta disputa nos anos de 1950-1960. O deputado Padre Fonseca e Silva acusa Anísio Teixeira de “materialista” por ser discípulo de John Dewey! Em 1958, Dom Vicente Scherer afirma que “a educação dos filhos é um dever natural” dos pais porque a família é anterior ao Estado. Os “empresários do ensino, os donos das escolas particulares, [...] utilizavam-se da Igreja Católica, que lhes forneceu os velhos argumentos da ‘liberdade de ensino’ e do ‘direito da família na educação dos filhos’ ” (Ghiraldelli Jr., 1991, p. 113) para mistificar seus interesses econômicos. Na Constituinte de 1988, a tese da prevalência da família sobre o Estado é retomada por Ullmann (1986, p. 93): “O ser humano nasce e se forma na família, sendo, portanto membro dela. Nela, segundo a ordem natural, dá-se a primeira realização social do homem. É a célula primeira de um povo e de um Estado. [...], repetimos, a família nasce sem a intervenção do Estado”.

O art. 11 da Constituição de 1891 separa Igreja e Estado pela proibição do poder público “estabelecer, subvencionar ou embaraçar o exercício de cultos religiosos”.

A pedagogia é capaz de “compreender, do ponto de vista dos sujeitos, a lógica inerente aos mecanismos particulares de apropriação das crenças religiosas” (MONTERO, 2003, p. 43).

A Constituição Federal de 1988, por meio do art. 210, § 1º, permite que a nova LDBEN regulamente o ensino religioso, recuperando a tradição da Constituição de 1891 e da LDBEN de 1961.(LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

Para moralizar a vida social não temos apenas que proporcionar na escola os elementos necessários para a análise da vida moral, mas temos que lutar também para conseguir moralizar a sociedade. Não podemos pedir à escola mais do que ela pode proporcionar. (DELVAL, 1998, p. 22).

Propõe um ensino religioso concebido como “uma disciplina centrada na antropologia religiosa” (FONAPER, 2001, p. 11).

Nos últimos tempos, o interesse dos pesquisadores tem sido o planejamento de ensino, a avaliação da aprendizagem e do ensino, as crenças e representações dos professores, os processos cognitivos e decisórios que orientam a ação prática, os saberes produzidos pelos professores, suas condições de trabalho, o envelhecimento, o desgaste profissional etc. (TARDIF e LESSARD, 2005, p.41).

Tardif e Lessard (2005, p. 7) afirmam que “a criança escolarizada é a raiz do homem moderno atual” e que o “conceito moderno de cidadania é impensável sem o de instrução”.

Seria mesmo necessária aula de ensino religioso, para estudantes do ensino fundamental? podemos reponder que sim seria necessário.

Para Cortella (2006p. 17-18) uma criança não compreende a religião, seus dogmas e princípios como Teologia. No entanto, seu sentimento de religiosidade se aproxima ao mágico que tem desde sempre. Um menino com 3 ou 4 anos de idade possui um imaginário magnífico: ele se vê, se pensa, se oferece superpoderes, lança forças de inimigos ou de amigos fantasiosos. A partir de 6 ou 7 anos cria maiores bases de racionalidade e entende mais a relação de causa e efeito do mundo. Ao formar conexões com algumas questões fortes da vida, como: “por que isso acontece”, “por que não?” Essas são formas de espiritualidade e questionamentos que, dependendo dos pais e docentes, podem ou não ser dirigidas por um canal positivo.

Assim conciliado a outras disciplinas o Ensino Religioso, pode ser uma alavanca social responsável e atuante, contribuindo, “para a construção de outra visão de mundo, de ser humano e de sociedade, considerando o religioso como uma dimensão humana que vai além da superfície dos fatos, acontecimentos, gestos ritos, normas e formulações” (OLIVEIRA et al, 2007, p. 101).

O dilema com relação à falta de consenso, da disciplina de ensino Religioso nas escolas, vem sendo questão de debate a anos.

Em acordo com esse raciocínio, Kuhn (2009, p. 9) afirma que:

Historicamente, o ensino religioso foi uma questão muito discutida que até hoje não encontrou consenso. Consequentemente, ainda é uma disciplinaque não tem uma identidade, e em sua volta está uma série de questionamentos.

Somente em 1997, no entanto, a Lei federal 9.475, no seu artigo 33, parágrafos primeiro e segundo, passou a regular o ensino religioso, expressando nos seguintes termos:

Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso (BRASIL, 1997).

Perante este desafio sobre o assunto, a maioria dos professores desta disciplina é formada de "leigos" em ensino religioso, não tendo foco em habilitar os docentes nessa área, mas apenas de "credenciá-los”.

Há a necessidade de se compreender melhor o ensino religioso como disciplina curricular e não como um corpo estranho. A estrutura básica do componente curricular deveria assumir um novo perfil como elemento coerente com a proposta do sistema de educação em um todo, solicitando, portanto, uma reordenação da disciplina. JUNQUEIRA (2000 p.13).

É fácil identificar, isolar e estudar a religião como o comportamento exótico de grupos sociais restritos e distantes, mas é necessário reconhecer-la como presença invisível, sutil, disfarçada, que se constitui num dos fios com que tece o acontecer do nosso cotidiano. ALVES (1999 p.13).

MARCO CONCEITUAL:

O ENSINO RELIGIOSO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL.

Para entendermos o contexto atual do ensino religioso em nosso País, devemos recordar o início da colonização, e os interesses envolvidos na colonização do território. Movidos pela busca de terras e recursos naturais, que pudessem contribuir para a riqueza dos Países Europeus, no primeiro momento representado por Portugal e Espanha, lançaram-se ao mar tenebroso, com o firme propósito do enriquecimento dos cofres reais, e a difusão da fé cristã aos povos das Américas. Sendo esses países citados anteriormente eminentemente cristãos católicos, trouxeram na bagagem cultural, todo o contexto religioso, crenças, fé, e maneira de se adorar a Deus presente no cotidiano dos povos europeus. A Igreja católica, enquanto instituição e religião oficial do Estado português se fizeram presente no Brasil, a partir de 1500, com o navegador Pedro Alvarez Cabral, permanecendo até os dias atuais, transmitindo além dos ensinamentos religiosos, preceitos de autoridade e justiça, coragem e fé. A cruz erguida na celebração da 1ª Missa oficial nas terras recem descobertas, determinnou o poder temporal representado pela Instituição milenar da Igreja católica. Nesse intento, houve grande parcela de conntribuição dos religiosos cristãos representados pelos Jesuítas, que aqui chegaram em 1549, inaugurando uma fase que deixaria uma importante contribuição na cultura e civilização do país. Durante mais de 200 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Em 1581, entre escolas, aldeias, capelas, residencias, havia na colônia: 75 na Bahia, 20 no Rio de Janeiro, 16 no Pernambuco, 07 em São Vicente (São Paulo), 06 no espírito Santo, 06 em Porto Seguro (Bahia), 06 em Ilhéus, 04 em São Paulo, num total de 140, instituições cristãs católicas. Puderam educar brancos, indios e mestiços, durante certo tempo houve relutância na admissão de negros nos colégios da Commpanhia Jesuíta. A catequese e o zelo missionário passaram a ser pontos fundamentais da Igreja Cristã Católica. A Companhia de Jesus, importante instituição religiosa esteve presente desde a fundação de cidades coloniais, produção literaria, gramática e artística (escultura, pintura, música e gramática). Em 1759, os jesuítas são expulsos de Portugal e dos territórios ocupados pelos portugueses (colônias), pelo então Marquês de Pombal.

A educação e o ensino sofreram grandes transformações, que mesmo não ocorrendo simultaneamente em todas as capitanias, foram definitivas. Dentre as reformas Pombalinas destaca-se, introdução do Diretório –(impunha o aprendizado da língua portuguesa).

Criação de escolas para meninos e meninas, cada qual com suas especifidades. Em 1824 começa a vigorar a primeira Constituição do país – “Constituição Política do Império do Brazil”, outorgada por D.Pedro I, no dia 25 de março de 1824. A carta estabelece que a religião Católica Apostólica Romana continue a ser a Religião do Império. Em1890, o decreto 119-A, assinado pelo presidente Manoel Deodoro da Fonseca, proíbe a intervenção da autoridade federal e dos Estados federados em matéria religiosa e consagra a plena liberdade de cultos.

Em1891, começa a vigorar a primeira Constituição republicana que define a separação entre o Estado e quaisquer religiões ou cultos e estabelece que “será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos”. Também se proclama que todas as religiões são aceitas no Brasil e podem praticar sua crença e seu culto livre e abertamente. Representou uma ruptura no regime de padroado, estabelecido no período imperial colonial e mantido durante a monarquia brasileira. Com isso a igreja católica libertou-se da dependência em relação ao Estado e passou a concorrer com ouutras instituições religiosas. Para fazer frente à laicidade do sistema público de ensino, o episcopado brasileiro innvestiu as suas melhores energias intitucionais, na criação de uma rede de escolas católicas no território nacional. Em 1931, Decretos de Getúlio reintroduz o ensino religioso nas escolas públicas de caráter facultativo em resposta, foi lançada a Coligação Nacional Pró-Estado Leigo, composta por representantes de todas as religiões, além de intelectuais, como a poetisa Cecilia Meireles. Em1934 é promulgada uma nova Constituição, cujo artigo 153 define: “O ensino religiosos será de frequência facultativa e ministrada de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e normais.

Em 1946, a Constituição que passa a valer em 18 de setembro diz, “O ensino religioso constitui disciplina dos horários das escolas oficiais, é de matrícula facultativa e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou pelo seu representante legal ou responsável.” § 1º A formação de classe para o ensino religioso independe de número mínimo de alunos. § 2º O registro dos professores de ensino religiosos será realizado perante autoridade religiosa respectiva. Em 1967 a nova Constituição Federal diz: “O ensino religioso de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das aulas oficiais de grau primário e médio.

A emenda constitucional número 1ª de 1969, mantém a mesma redação da Constituição de 1967.

Em 1971, na segunda LDB (5692’71) consta, “Art. 7º Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de 1º e 2º graus, observado quanto a primeira o disposto no Decreto-Lei nº 369, de 12 de setembro de 1969. Parágrafo único. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais dos estabelecimentos oficiais de 1º e 2º graus.

Em 1988, a nova Constituição diz no artigo 210, parágrafo primeiro, “O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental”. O artigo cinco define: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”. No artigo 19, consta: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público, II- recusar fé aos documentos públicos, III- criar distinções entre brasileiros ou preferência entre si.

O texto da Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96), de dezembro de 1996, definia: “O ensino religioso”, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter:

I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidade religiosas;

II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa."

Em julho, passa a vigorar uma nova redação do artigo 33 da LDB 9394/96 (a lei n.º 9.475): "O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino Fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (1997), § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.

§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidades civis, constituídas pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso"

- Aprovação pelo Congresso Nacional do Acordo Brasil-Santa Sé, assinado pelo Executivo em novembro de 2008. O acordo cria novos dispositivos, discordantes da LDB em vigor, (2009).

“ Art. 11 - A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa. §1º. Os ensinos religiosos, católicos e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação”.

A FUNDAÇÃO DE VÁRZEA GRANDE – MT

A partir de apontamentos retirados de autores varzeagrandenses, que procuraram perpetuar para a posteridade, a origem histórica do Município de Várzea Grande - MT, a partir da construção de um campo de reclusão de presioneiros de guerra, e as heranças culturais e econômicas que deixaram forte presença na formação da sociedade e a vocação de ser um corredor de passagem, para as regiões pantaneiras de Nossa Senhora do Livramento e Poconé, produtoras de carne e posteriormente para as terras do Norte do Estado.

Segundo Erzila, (2002, pg 25 a 30) José Vieira Couto Magalhães, político, administrador, escritor, advogado, militar, nascido no dia 1º de novembro de 1837, em Diamantina (MG), foi Governador da Provìncia do Pará e de São Paulo e Presidente da Província de Mato Grosso.Couto Magalhães chegou em Cuiabá em fevereiro de 1867 e durante a guerra do Paraguai, muitos combatentes foram acometidos pela varíola.Os combatentes e soldados brasileiros e o Presidente da Provínncia Couto Magalhães, atravessa o rio Cuiabá com os combatentes paraguaios não acometidos pela varíola e constroem um acampamento para alojá-los e os fez prisioneiros nas imediações da igreja Nossa Senhora da Guia e praça Aquidaban.Após a guerra, alguns combatentes permaneceram na Várzea e dão origem a vila que foi formada por 03 castas: soldados brasileiros, prisioneiros paraguaios e vaqueiros vindos do pantanal povos estes que fixaram suas residências ao redor da Várzea em casas de sapé com paredes de barrote e chão batido, tornaram lavradores, cultivando a terra para subsistência, pois faltava-lhes tudo. Fundou Várzea Grande no dia 15 de maio de 1.867, através de um decreto criando o acampamento militar, que ficou sediado junto à várzea antiga, hoje soterrada.

A providencia da construção do acampamento junto à várzea, foi motivada pela guerra contra o Paraguai, quando o Brasil, Argentina e o Uruguai, se uniram estimulados pela Inglaterra em combater o cescente desenvolvimmento econômico do Paraguai, que não aderira a ideologia capitalista imposta pelo país europeu.

Em 06 de abril de 1886, foi elevada a categoria de Paróquia e foram criadas duas escolinhas, que funcionavam em residências particulares, para a alfabetização dos filhos dos moradores locais. O município foi criado em 23 de setembro de 1948, conforme Lei Estadual 126 de autoria do Deputado Licinio Monnteiro da

Silva, e tinha como Governador o Sr. Arnaldo Figueiredo, o qual nomeou o primeiro prefeito: Major Gonçalo Romão de Figueiredo.

A educação para os filhos das famílias que migraram para a recém criada povoação se fez crescente após o termino da Guerra do Paraguai em 1867.

As primeiras escolas se faziam em baixo dos pés das mangueiras, por professores dedicados, para um número reduzido de alunos, entre dez e vinte alunos, a classe era mista e seriada.

Em 1920, em Várzea Grande havia duas escolinhas separadas por sexo, que atuavam de forma precária sem instalações adequadas, mas contavam com o empenho de professores comprometidos com a formação do ser atuante na sociedade.

De acordo com dados obtidos na Secretaria de Educação do Município de Várzea Grande e da Prefeitura Municipal de Várzea Grande - MT, no ano de 2016, existem aproximadamente 46 Escolas Estaduais E 79 Escolas Municipais que oferecem o Ensino Fundamental, onde é ofertada a disciplina de Ensino Religioso. Na Escola Municipal Julio Correa, localizada no bairro São Matheus, em Várzea Grande-MT, com mais de 700 (setecentos alunos) no ensinno fundamental do 6º ao 9º ano, as aulas de Ensino Religioso são ministradas via Rádio Escolar, onde a professora regente no estúdio transmite os conteúdos da disciplina para todas as salas de aulas, auxiliada pelos professores titulares, onde o aluno tem total liberdade para sugerir temas para o debate, durante 45 (quarenta e cinco) minutos de aula, toda as quartas feiras. Depois que é explicado o connteúdo, dá-se um tempo para que os alunos reflitam sobre o assunto e respondam algumas questões formuladas previamente.

A professora responsável pela turma convida, de forma aleatória, alguns jovens para exporem seus pontos de vista. De acordo com a Diretora da Unidade Escolar, depois que foi implantada a Rádio Escolar, o comportamento dos alunos melhorou consideravelmente, pois promove a socialização, a formação de caráter e a ampliação do universo conceitual dos adolescentes.

MARCO LEGAL

A LDB 9394-96 traz o conceito de Educação como sendo além da educação formal, pois é na família que a criança construirá valores e conceitos que serão utilizados ao longo da vida e onde ocorre o primeiro processo de socialização que lhes permitirá traçar caminhos futuros.

O Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso –Resolução Normativa nº 002-2015- CEE-MT, Estabelece normas aplicáveis para a Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino e dá outras providências, no uso de suas atribuições, e connsiderando a Lei nº 9.394-96- LDBN,de 23 de dezembro de 1996, Lei nº 12.796, de 04 de abril de 2013, a Lei nº 13.005-14, de 25 de junho de 2014, o Plano Nacional de Educação, a Lei Federal nº 8.069-90, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei nº 10.111-14, de 06 de junho de 2014, o Plano Estadual de Educação, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração Uniersal das Crianças.

Resolve:

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais;

§ 1º Esta Resolução disciplina as educações escolares, que se desenvolve predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

Da composição da Educação Básica.

Art. 2º A Educação Básica, um dos níveis da educação escolar, tem por finalidade desenvolver e assegurar ao estudante a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, mediante meios para progredir no mundo do trabalhho e estudos posteriores. Art 5º Na Educação Básica é necessário considerar as dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social deste nível da educação, a centralidade que é o estudante, como pessoa em formação na sua essência humana. Art. 8º Na Elaboração de seus currículos as escolas deverão obrigatoriamente, considerar: I As Diretrizes Curriculares Nacionais e as normas do Sistema Estadual de Ensino, III O desenvolvimento dos diversos componentes curriculares, abordando temas transversais, questões de relevância social, política e econômica, respeitando os interesses dos estudantes, da família e da comunidade. Art. 9º Os Projetos Políticos Pedagógicos – PPP escolares devem garantir os seguintes princípios: I–Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III-Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; IV-Respeito à diversidade, à liberdade e apreço à tolerância; V-Valorização da experiência extraescolar;

VI-Vinculação entre a educação escolar, o mundo do trabalho e as práticas sociais;

VII-Participação da comunidade escolar na elaboração e definição do projeto político pedagógico e regimento escolar. Art. 14- O projeto político-pedagógico é instrumento das autonomias pedagógicas, administrativas e de gestão financeira da instituição educacional e representa mais do que um documento, sendo um dos meios de viabilizar a escola democrática para todos e de qualidade social.

Resolução Nº 006/00-CEE/MT. Dispõe sobre a oferta do Ensino Religioso nas Escolas Públicas de Educação Básica, integrantes do Sistema Estadual de Ensino.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais, e em consonância com o disposto no Artigo 210 da Constituição Federal, Artigo 243, inciso III da Constituição Estadual, Lei nº 9.475, de 22 de julho/97, que dá nova redação ao Artigo 33 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Pareceres nºs 05/97, 12/97 e 97/99 - do Conselho Nacional de Educação, Resolução 02/98, Câmara de Educação Básica/CNE, e por decisão da Plenária desta data, resolve: Art. 1º. O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, parte integrante da formação básica do cidadão, constitui disciplina nos horários normais das Escolas de Educação Básica das redes públicas do Sistema Estadual de Ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural-religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. Art. 2º. O Ensino Religioso, como conhecimento humano, visa subsidiar o aluno na compreensão do fenômeno religioso, presente nas diversas culturas e sistematizado por todas as Tradições Religiosas. § 1º. O aluno, se maior, ou pelos pais ou seu responsável, quando menor, deverá efetivar sua opção ou não para as aulas de Ensino Religioso, através de documento, no ato da matrícula, que deverá constar na ficha individual e no histórico escolar do mesmo. § 2º. Os estabelecimentos de ensino deverão oferecer para aqueles alunos que não optem pelo Ensino Religioso, nos mesmos horários, outros conteúdos de formação geral, de modo que todos, sem exceção, alcancem o mínimo de horas anuais, previstas na Lei 9394/96. Art. 3º. A Secretaria de Estado de Educação, juntamente com a entidade civil credenciada para este fim, mediante critérios legais, elaborarão os Princípios Norteadores da Educação Religiosa para as escolas públicas, envolvidas, bem assim, os conteúdos programáticos, integrantes e integrados às Propostas Pedagógicas. § 1º. A partir dos Princípios Norteadores, as escolas incluirão o Ensino Religioso em sua Proposta Pedagógica, executando-a num processo participativo, de acordo com a realidade da comunidade escolar, observadas as normas comuns em nível nacional, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, além de outras normas dispostas para o Sistema Estadual de Ensino. § 2º. A avaliação do aluno, voltada ao Ensino Religioso, como processo e parte integrante da Proposta Pedagógica, não será considerada para fins de promoção por série, período, etapa, ciclo ou equivalente, sendo dispensada a recuperação. Art. 4º. A entidade civil credenciada assumirá seu papel de intermediária na manutenção do diálogo constante com as Instituições de Ensino, em todos os níveis de abrangência, ao longo do processo de organização, execução e avaliação da oferta do Ensino Religioso. Art. 5º. A admissão dos professores para ministrar o Ensino Religioso considerará o profissional de educação básica, nas seguintes situações, priorizando-se o: com diploma de Licenciatura Plena em qualquer área do conhecimento; com preparação pedagógica nos termos da Resolução nº 02/97, do CNE, para portadores de diploma de ensino superior que pretendam ministrar Ensino Religioso em qualquer das séries do ensino fundamental; com diploma de habilitação para o magistério em nível médio, como condição mínima para a docência nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Art. 6º Compete à entidade civil credenciada no Estado de Mato Grosso, para os fins dispostos nesta Resolução, planejar, executar, acompanhar e avaliar o processo de capacitação do Professor de Ensino Religioso, no âmbito de sua jurisdição. Art. 7º. Os casos omissos desta Resolução serão dirimidos pelo Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso, ouvidos a Secretaria de Estado de Educação-SEDUC e a entidade civil credenciada para este fim. REGISTRADA - PUBLICADA - C U M P R A - S E Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso, Sala das Sessões, em Cuiabá, 18 de janeiro de 2000. Profª Marlene Silva Oliveira Santos Presidente HOMOLOGO: Antônio Joaquim Moraes R. Neto (Secretário de Estado de Educação).

SEÇÃO III

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Art. 29 - O Ensino Fundamental, com duração de 09 (nove anos), abrange a população na faixa etária dos 06 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade e se estende também a todos os que na idade própria, não tiveram condições de freqüentá-lo.

Art. 32 – Além das disposições legais ou normativas vigentes para Educação Básica, observar-se-á, no planejamento, execução e avaliação da Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental, o que segue VI-a Educação Religiosa, parte integrante da formação básica do cidadão, que constitui componente curricular nas intituições educacionais de Ensino Fundamental da rede pública, sendo de matrícula facultativa para o estudante.

A disciplina de Ensino Religioso encontra-se amparada legalmente pelas leis Federal, Estadual e Municipal do Brasil e do Estado de Mato Grosso, sendo que o Regimento Escolar é o documennto que rege tudo o que ocorre na escola, inclusive a matriz curricular, onde está inserido o ensino religioso, sendo que o grande desafio na sua execução em sala-de-aula, são os conteúdos programáticos e a maneira como transmitir esses conhecimentos, a uma clientela heterogênea, sem causar constrangimentos e doutrinamentos, buscando estreitar laços entre a escola e a família, na formação do ser integral.

“A família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e innfluências culturais (Amazonas, Damasceno, Terto & Silva, 2003; Kreppner, 1992”.).

HIPÓTESE

Identificar como a disciplina de ensino religiosa pode contribuir para a formação moral do educando, reforçando o desenvolvimmento de valores sociais e morais como: solidariedade, respeito ao próximo, empatia, dignidade, que possa contribuir para a inclusão social e formação cidadã.

CAPITULO III

MARCO METODOLÓGICO

MARCO METODOLÓGICO

Esta pesquisa foi desenvolvida na cidade de Várzea Grande- Mato Grosso (Brasil). Trabalhamos com uma metodologia investigativa e experimental, métodos que procuram apresentarem possíveis soluções para a problemática do ensino Religioso, na Escola Pública. O que se pretende, é levar a equipe gestora, professores, a uma percepção subjetiva de caráter humanístico, conjugado a uma percepção mais objetiva de caráter científico. Nossa metodologia trabalha com vários métodos, de enfoque misto, pois aborda desde a pesquiza in loco, como a realizada na escola e residências e locais de cultos de algumas igrejas da cidade de Várzea Grande-MT. Numa outra abordagem de estudo, levantamos uma base teórica sobre a descrição das Legislaçãoes vigentes no País (Brasil), Estado de Mato Grosso e Município de Várzea Grande- MT, relatando as origem da colonização do país e a influência da religião católica na formação e orientação espiritual dos seus habitantes. Assim sendo, fizemos levantamento quantitativo do número dos alunos do ensino fundamental do 5º ano ao 9º ano, com suas opções religiosas. Através de uma amostra deste estudo, realizamos um diagnóstico geral, para saber a real situação em que se encontra o ensino religioso e sua aplicação prática em sala de aula. O presente foi um estudo de caso realizado na Escola Estadual Professora Nadir de Olivveira, devido a ser constatado que no ano de 2015, a disciplina de ensino religioso, foi retirada do currículo escolar.

Instrumentos de relevamento

A investigação aplicou questionários aos pais e responsáveis dos alunos, docentes, equipe gestora, representantes religiosos de algumas instituições religiosas.

Desenvolveu-se a pesquisa através de questionários aplicados durante o periodo letivo de cada ciclo, e os questionários endereçados aos lideres religiosos e aos pais ou responsáveis em seus endereços domiciliáres, aguardando-se as respostas em tempo determindado, com as perguntas previamente elaboradas.

Tratamento de dados

Os dados obtidos das questões aplicadas foram sistematizados e analizados através de dados estatísticos, apresentados em gráficos e tabelas, representando o entendimento do tema pesquisado.

Variáveis

VARIÁVEIS •

TIPO •

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL •

DEFINIÇÃO OPERACIONAL

IMPORTANCIA DO ENSINO RELIGIOSO NO PROCESSO DIDÁTICO E PEDAGÓGICO DA ESCOLA.

DEPENDENTES

IMFORMAÇÃO SOBRE A PRÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO E SUA IMPORTÂNCIA –(LAICIZAÇÃO NO BRASIL).

DISCENTESDOCENTES

PAIS E

RESPONSAVÉIS A FAVOR OU CONTRA.

DIFICULDADE DOS DOCENTES NO ENSINO DA DISCIPLINA.

INDEPENDENTE

DESPREPARO DAS ESCOLAS EM TRABALHAR O ENSINO RELIGIOSO. PLANEJAMENTO DIDÁTICOPEDAGÓGICO DEFICIENTE.

ENTENDIMENTOAPLICAÇÃO

DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO.

BENEFÍCIOS CONCRETOS DO ENSINO RELIGIOSO NA FORMAÇÃO DO SER INTEGRAL.

INDEPENDENTE

ASSIMILAÇÃO DOS VALORES MORAIS MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS DOS ALUNOS NA ESCOLA E NO LAR.

PLANEJAMENTO PESSOAL ASSESSORIA DE GESTÃO ESCOLAR.

ANÁLISE DE DADOS

PAIS, RESPONSÁVEIS DA COMUNIDADE ESCOLAR E LIDERES RELIGIOSOS.

INDEPENDENTE

NECESSIDADE DE INFORMAÇÕES SUPORTE TEÓRICO E ENTENDIMENTO DOS CONTEÚDOS A SEREM APLICADOS.

TIPO DE FERRAMENTA PEDAGÓGICA-FUNDAMENTAL NO ACOLHIMENTO E DIMINUIÇÃO DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E PROSELITÍSMO NA ESCOLA.

RESULTADOS

ENTREVISTA E CONTEXTUALIZAÇÃO COM OS PROFESSORES E REPRESENTANTES RELIGIOSOS

Entrevista com a Professora Edicreia Rosa , formação Acadêmica Pedagogia e Letras, com pós graduação em Educação de jovens e Adultos e Gênero e diversidade na escola pela Universidade Federal de Mato Grosso.

De acordo com os relatos da professora Edicreia, que trabalhou durante dois anos com a disciplina de ensino religioso na Escola Professora Nadir de Oliveira, eram trabalhados os valores morais, e sociais tais como a família, o respeito, solidariedade, amizade, também eram pedidos para cada aluno comentar sobre a sua igreja fazia-se também leituras da Bíblia sagrada, Textos recolhidos de uma fonte de pesquisa pessoal, já que a Escola não fornece tais referências bibliográficas para serem trabalhadas em sala de aula. No entanto comentou que existia uma coleção de Histórias bíblicas escritas e filmes para serem transmitidos aos alunos, mas não foram trabalhadas essas fontes. Na sua vivência enquanto professora dessa disciplina, observou grande desinteresse por parte de alguns alunos, mas também havia questionamentos, principalmente dos cristãos protestando, do porque da semana santa, quaresma e os rituais ainda praticados pelas religiões - afro.

Uma das fontes de pesquiza utilizada em aula pela Professora Edicreia, e o livro “Iniciação Aos valores: leituras e dinâmica – Editora Paulus-2004, que ultilizava como a Metodologia resalta-se, refletir sobre o texto, buscando as atitudes positivas ou negativas das personagens, valores e contravalores. Através de perguntas para refletir e responder.

Procurar semelhanças com nossa vida cotidiana, afirmar de forma clara o significado do valor de que se está tratando, concluir com alguma atividade que ajude a refletir sobre um determinado valor, nem todos os valores foram contemplados, mas cada um dos que foram, encerra os que podem estar sendo buscados, quais sejam, amizade, gratidão, solidariedade, trabalho, justiça, veracidade ou autenticidade, diàlogo, e as avaliações de aprendizagem ao final de cada tema abordado.

Contextualização;

De acordo com o depoimento da professora Edicreia, em sua metodologia nas aulas de ensino religioso, as fontes utilizadas para pesquiza eram: a Bíblia Sagrada, e os livros pessoais, que direcionam o entendimento dos conteúdos, mais para a doutrina cristã católica, deixando implicito o doutrinamento religioso, que segundo orientações curriculares, recomendadas pela Constituição Brasileira e a normativa estadual do Estado de Mato Grosso, determina a laicidade do ensino religioso no Brasil.Reconhece-se o empenho por parte da profesora, junto aos alunos, ao precisarem de alguma orientação pessoal, mas enfatiza-se o grande desinterese da maioria dos estudantes dessa disciplina. Devido ao aumento das igrejas protestantes no entorno da Escola, aumentou os questionamentos, quanto aos valores culturais existentes anteriormente, quais sejam ( respeito, amizade...), e também as manifestações culturais,como as festas religiosas, a comemoração da semana santa,ladainhas,pois as familias convertidas as novas denominações religiosas,deixam de valorizar os ritos,sacramenntos e dogmas da religião cristã católica. Uma das grandes dificuldades encontradas pela professora Edicreia, e ausência de materiais pedagógicos disponíveis, para a pesquiza e planejamento das aulas, e a falta de maior apoio da equipe gestora da escola, no esclarecimennto e direcionamento dos conteúdos a serem trabalhados em aula.

No seu depoimento como funcionária de longa data dessa unidade escolar, reconheceu a marcante presença dos cristãos católicos, frente a disciplina de ensino religiosos, e a pouca ou quase nenhuma participação de r epresentantes de outras denominações religiosas.

Entrevista com a Professora Fânia Campos, formação acadêmica Pedagogia com especialização em Psico-pedagogia. Trabalhou durante 10 anos com a disciplina de Ensino religiosos na Escola Professora Nadir de Oliveira, do 3º Ciclo da 1ª, 2ª, 3ª Fases, do ano. do ensino fundamental no período vespertino.

Na sua prática pedagógica, solicitava que os alunos levassem a Biblia sagrada e pedia que cada dia um aluno fizesse uma oração no inicio das aulas, posteriormente à direção da escola, solicitou que não fizesse mais a oração inicial. Os alunos liam uma parábola da Bíblia e faziam um comentário sobre o assunto.

Utilizavam-se também livros adquiridos com recursos próprios, onde eram comentados os valores morais e sociais, segundo a professora Fânia, os alunos gostavam das aulas de ensino religioso, davam depoimentos pessoais, eram aconselhados pela professora, sobre os problemas familiares, no final das aulas, não percebia a intolerância religiosa entre os alunos ou a direção da escola. Durante todo o período em que trabalho na escola apenas um pai questionou os conteúdos trabalhados na Escola, pois dizia ser diferente da doutrina de sua Igreja.

A professora ultilizada o livro, “Os Dez Madamentos; princípios divinos para melhorar seus relacionamentos” Loron Wade; tradução Eunice Schefiel do Prado ¬– Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, (2006).

Contextualização;

De cordo com o depoimento da Professora Fania, em sua vida pedagógica, frente a disciplina de ensino religioso, na Escola Professora Nadir de Oliveira, adotou em sua metodologia, práticas cosideradas como doutrinamento, tais como a leitura da Bíblia Sagrada e a oração de pai-nosso, que segundo as normas adotadas na Constituição Federal e Estadual não eram condizentes com a disciplina,porem foram percebidas posteriormente pela direção da escola e orientada para que mudasse sua praticas. Havia bastante participação por parte dos alunos, que questionavam e traziam suas inquietações pessoais, para serem orientados pela professora após o termino das aulas. Daí a importância dessa disciplina, principalmente nos dias atuais, onde os valores morais foram relegados o segundo plano. Participou ativamente nas Feiras culturais, confeccionando banners, com exposições de obras Cristãs Espíritas e Evangélicas, mas havia pouca participação dos pais, demostrando o desinteresse em relação ao aprendizado de seus filhos, principalmente em relação ao ensino religioso, pois muitas famílias declararam não participarem ativamente de uma religião. Adotou muitas obras adquiridas com recursos próprios em Livrarias Cristãs Católica, pois a Escola não disponibilizava materiais pedagógicos adequados para serem trabalhados em aula. A partir do ano 2014, o ensino religioso foi retirado do currículo escolar, sem uma justificativa plausível, encerrando a sua participação como professora da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

Em entrevista com a professora Jeisiane, que já foi aluna, na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, até o ano de 1986, a disciplina de ensino religiosa era ministrado pela Irma Lídia que era uma freira, que utilizava o catecismo da Igreja Católica, pois, a maioria dos alunos se dizia serem da religião católica. Havia apenas a Igreja Evangelica Assembléia de Deus, no Bairro Jardim Gloria I. Algumas vezes antes de começar as aulas, os alunos cantavam músicas da Igreja Católica, a Irmã Lidia, rezava novamente o pai nosso e Ave Maria, benzia o corpo e utilizava as lições da catequeze da igreja com os alunos. Usava o hábito característico das religiosas nas aulas, e relatou também que os Cristãos protestante sendo minoria naquele período se sentiam constrangidos de assumirem a sua opção religiosa.

Contextualização;

De acordo com a entrevista com a professora Jeiziane, houve doutrinamento religioso enquanto estudava na Escola Professora Nadir de Oliveira, pois a professora responsável, a religiosa Irmã Lidia, ao entrar em sala, benzia o corpo, fazia a oração do pai nosso e ave Maria e trazia o catecismo da doutrinna Cristã Católica, com os seus ensinamentos e praticas usual, sendo que, naquele momento, a grande maioria dos alunos se diziam pertencerem à doutrina Cristã Católica em 1986.Com isso, evidencia-se a grande influência exercida entre a comunidade da cidade de Várzea Grande-MT da religião cristã católica. Não se cogitava de convidar representantes de outras denominações religiosas, nem mesmo para um esclarecimento quanto às diferentes práticas doutrinárias. Com isso, desrespeitava-se a laicidade adotada pelo Estado Brasileiro, perante a Constituição Federal e Estadual coagindo alguns alunos, quanto a sua opção religiosa.

Entrevista ao Sr. Geraldo Antonio da Silva, Espírita Kardecista a mais de 40 anos, na sua visão de trabalhador da doutrina espírita, considera essencial os ensinamentos para vivenciá-los, através das obras básicas da Kodificação Karcecista, quais sejam: o livro dos Espíritos, o Evangelho segundo o Espiritismo, o livro dos Médiuns, a Genese, o Céu e o Inferno e obras Póstumas.

Primeiro devemos conhecer os ensinamentos, para depois vivencia-los; fazendo a reforma intima e aprimorando os sentimentos, objetivo maior da nossa reencarnação, (renascimento). Segundo o Sr. Geraldo a intolerância religiosa e conseqüência do fanatismo religioso, e temos vários exemplos funestos no Mundo, como na Irlanda do Norte, causando mortes e destruições desnecessárias. Considera a religião ainda importante na preservação da cultura, talves num futuro próximo não seja tão importante. Em sua opinião as aulas de ensino religioso deveriam ser trabalhadas cada semana por um representante de um segmento religioso. Porém os pais teriam que ensinar os fundamentos da religião e os valores em casa, que considera a base da educação das crianças. Se não houver o diálogo no lar, as crianças vão buscar informações na rua, tornar-se amigo do filho, dando exemplos de caráter, que nortearão o desenvolvimentto moral dos filhos. A doutrina Espírita esclarece que somos espíritos imortais e que ao renascer trazemos a bagagem espiritual do aprendizado realizado (experiências), e que os filhos não herdam as qualidades intelectuais-morais através dos genes, mas podem desenvolvê-los em cada reencarnação, daí a importância dos exemplos recebidos dos pais, para modificar vícios e desenvolver as boas qualidades. Considera a religião muito importante na formação integral do ser, pois toda a doutrina religiosa tem princípios de ensinamentos morais, que norteiam o caminho a ser seguido. Existem muitas desinformações sobre os ensinamentos religiosos.

Para ser considerado cristão, não é somente freqüentar um templo religioso, mas ter uma conduta pessoal e moral condizente com os deveres e direitos sociais. A doutrina espírita é uma ciência, pois comprova através da observação, nas manifestações espíritas através dos médiuns, a imortalidade da alma. É uma filosofia, porque nos revela as causas das situações vivenciadas na nossa vida, até agora inexplicadas, exemplo: deficiências, demências, mortes prematuras, etc.e Religião, ao nos ligar a Deus, nosso pai criador, e a nossa destinação futura.

Contextualização;

Senhor Geraldo Antonio da Silva.

De acordo com os depoimentos do Sr. Geraldo, a doutrina Espírita, ao demonstrar a veracidade da vida futura, através das comunicações espirituais, consegue realizar no seguidor atendo aos seus ensinamentos, mudanças de condutas e valores, pois esclarece que nossas ações trazem consequências para o futuro espiritual. Na sua visão, no entanto, relaciona o fanatismo religioso, como desastroso para a sociedade. A intolerância religiosa na Escola deveria ser trabalhada com mais empenho, evitando-se contendas entre os alunos e professores. Ao sugerir, que em cada semana um representante religioso, de sua contribuição na formação moral dos educandos, contraria as diretrizes da Legislação Brasileira e Normativas Estaduais, pois se corre o risco de evidenciar dogmas religiosos, contrariando o bom funcionamento da unidade escolar. Porém ao reconhecer a capacidade evolutiva do ser humano, prioriza o diálogo no lar, como principio norteador de uma sociedade justa e igualitária. Na pratica pedagógica no exercício da disciplina de ensino religioso, recomenda-se professores com conhecimentos específicos, empregando conteúdos condizentes com a realidade escolar e a laicidade, evitando o proselitismo, comumente visível nas instituições escolares na nossa cidade. A desinformação vigente na sociedade demonstra o desinterese na preservação da cultura, contribuindo na intolerância social.

Entrevista com o Senhor Elmer Batista, Igreja Congregação Cristã no Brasil – Bairro Jardim dos Estados – Várzea Grande-MT. Segundo o Senhor Elmer Batista, os ensinamentos evangélicos, na sua Igreja, são transmitidos através da leitura do Evangelho (Bíblia sagrada), pelos Anciões ou cooperadores. A intolerância religiosa no entendimento de sua igreja seria por causa de não seguirem os preceitos contidos nos Evangelhos (Idolatria). Considera a religião muito importante na preservação da cultura. As escolas deveriam trabalhar a disciplina conforme os ensinamentos contidos no Livro de I Atos aos Coríntios (Velho Testamento), que traz os comportamentos do casal e a forma de convivência no Lar e na sociedade. Considera que a religião contribui muito na formação do ser integral, pois ensina as pessoas a ter caráter, praticar a caridade, desenvolver virtudes, através de atos de bondade, primeiramente entre os irmãos da igreja e depois com as outras pessoas. Reconhece a necessidade de doutrinas bíblicas,para nortear a convivência em uma sociedade e quando aceita-se como regra de conduta, contribui-se muito para melhorar os relacionnamentos conjugais, refletindo na educação dos filhos, que serão alunos cordatos em sala-de-aula.

Contextualização;

Contextualização da entrevista com o Senhor Elmer Batista.

De acordo com a entrevista, os evangélicos cristãos, procuram a vivência diária, conforme os ensinamentos contidos no Evangelho, buscando a reflexão para a mudança de atitudes em casa e na sociedade. Devido à falta do conhecimento dos preceitos bíblicos, muitas famílias entram em contradições e intolerâncias no campo religioso e social. Consideram as tradições muito importantes para a preservação da cultura, prinncipalmente em nossos dias, aonde a tecnologia, que veio para agilizar a comunicação, exerce grande influência psíquica-social, principalmente entre os jovens. Porém de acordo com a Legislação Brasileira e as Normativas Estaduais, a laicidade prevê a imparcialidade na aplicação dos conteúdos, pois a leitura dos textos bíblicos pode influenciar na observância de determinados credos religiosos em detrimento de outras religiões. Com isso evidencia-se o doutrinamento religioso, desaconselhável na aplicação da disciplina do ensino religioso em uma Escola pública. Em sua doutrina religiosa, a mulher ainda e considerada submissa ao esposo, devendo ser fiel aos compromissos assumidos no matrimonio, e na educação dos filhos. À Escola inserida no contexto social contemporâneo, (globalização das informações) deve estar atenta as suas responsabilidade na formação do ser integral, conhecedor dos seus direitos e deveres sociais.

QUESTIONÁRIO A PROFESSORES E REPRESENTANTES RELIGIOSOS.

Ilmo senhor Padre Eduardo Santos, Vigário da Paróquia São Sebastião – Bairro Jardim Glória I – Várzea Grande-MT.

Segundo o Ilmo Senhor Padre Eduardo, os ensinamentos da religião católoca são transmitidos da seguinte forma, o homem e a mulher são profundamente religiosos. Todo seu agir revela o sentido da existência vivido por cada sujeito. Dessa forma o melhor caminho para transmitir a religião é por meio do testemunho concreto.

A intolerância é analisada da seguinte forma, ela existe, mas nem sempre a explicação está no processo religioso. O homem e a mulher são profundamente sujeitos a guerra se olharmos sob o eixo histórico. Dessa forma a religião acaba entrando como um meio coadjuvante. Não quero com isso negar a intolerância religiosa.

Quanto à importância da religião na preservação da cultura, o processo religioso se relaciona com o mundo da cultura, no sentido, sobretudo, de provocar o homem e a mulher num exercício maduro da liberdade, ao ofertar a exigência de um fundamento último, que possa universalizar determinada realidade cultural.

A escola devera tabalhar a disciplina de Ensino Religioso da seguinte forma, sob o eixo comum da categoria de necessidade que ajude o homemm e a mulher se compreender e encontrar o sentido do mundo, como tambám, não perder de vista as nuances próprias dos processos de cada religião (sincretismo).

A religião tem contribuido na formação do ser integral, a religião estrutura o homem e a mulher e dessa forma promove toda a história. Cada canção, cada verso, cada prece, cada drama etc tem uma conexão religiosa buscando em tudo uma resposta para tudo que está ai.

Contextualização;

Entrevista com o Padre Carlos Eduardo Santos.Analizando os dados obtidos através do questionário ao Padre Carlos Eduardo, que denota grandes conhecimentos filosóficos e sociológicos, ao reconhecer como a humanidade se encontra em processo evolutivo, se descobrindo através de suas religiosidades e experiências adquiridas conjuntamente, considera o exemplo diário como fundamentais no direcionamento social, mas ainda sujeitos a divergências de opiniões e entendimento, o que causa muitas vezes, contradições e questionamentos, levando até as intolerâncias religiosas, e guerras. A religião se interelaciona com a cultura pela complexidade interracional vigente como contexto histórico. Daí a grande importância das religiões e do ensino religioso no contexto escolar, ao esclarecer e direcionar a sociedade a encontrar o sentido de mundo, suas ideologias, presentes em cada segmento religioso, como necessidades básicas de cada pessoa, quais sejam o desenvolvimmento dos valores morais e éticos, num sincretismo que permeia a formação étnico cultural do Brasil. Ao abordar-se temas transversais em uma sala-de-aula, fazer com que os alunos tomem consciências dos seus direitos e deveres, e comecem a intervir com conhecimento de causa nas situações que irão experimentar em suas vidas sociais. Devido ser a religião cristã católica, uma das pioneiras em terras Brasileiras, e a maioria da população de nossa cidade, considera que as Escolas deveriam continnuar oferecendo em seus currículos, a disciplina de ensino religioso, pois atualmente muitas famílias, não freqüentam assiduamente os templos católicos, como em um passado recente, e o diálogo esclarecedor com os pais, hoje esta sendo substituído pelas tecnologias, como o facebook, wattsshapp entre outros. Muitos dosalores cultuados entraram em desuso, como o respeito aos mais idosos, amizade, trazendo dificuldades de relacionamento, nos lares e nas escolas.

Ilmo professor Josue Rosa, seguidor da Igreja Assembléia de Deus.

Os ensinamentos na religião critã são transmitidos em via de regra os ensinamentos Cristaões são transmitidos na forma “Droutrinária”. Talvez como qualquer outra religião antiga indução ao proselitismo. A religião Cristã ainda mais fortemente, sempre teve a certeza ou convicção ou preminição se outros assim querem dizê-lo, deve ser a única que tem a revelação ou os mistérios revelados. Aliás, crença herdada dos hebreus em sua forma patriarcal e mosaica implementada no período vetero-testamentário. Não parece, a mim, haver possibilidade de ser o contrário; de outro modo perderia seu teor e originalidade.

Para analizar a intolerância religiosa, nada, mais absurda! Quem pretende disseminar uma religião deve simples e logicamente reconhecer o direito de outros também faze-lo livremente. A batalha que se trava, então, não é a do empedimento, sim a do convencimento.Intolerância se vincula ao ódio, religião se vincula, religão se vincula ao amor, A intolerância religiosa é a própria irreligiosidade de uma pessoa, grupo ou mesmo de um Estado.

A importância da religão na preservação da cultura pensa que a religião culmina na contrução do monumento chamado cultura. Todos os povos construíram uma cultura e desenvolveram um processo civilizatório. Cultura e civilizaçãose permeiam ded teor religioso refletido na forma de agir politicamente, artisticamente e cotidianamente. A pensar que a política, a arte e o próprio cotidiano com o mover natural e involuntário de uma pessoa determina todo o âmbito de sua existência, nos convence a propor que, mais que preservar, ela funda e protege o espírito da cultura no espírito humano.

Tenho dificuldade enm expressar, “como deveria a escola trabalhar com a disciplina de Ensino Religioso”.

Por isso prefiro declarar, antes, que não é o modo habitural como sempre ocorreu, uma maneira satisfatória de realizar esse “ensino na escola”. Haja vista ser essa forma quase um preselitismo ao catolicismo romano. Ora, isso somente deve ser feito na catequese em locais apropriados como templos ou paróquias. O ensino religioso deveria servir, no mínimo para tomar conhecimento e refletir sobre os fundamentos da fé e crenças de outros que uma pessoa desconheça.

Conhecer os fundamentos filosóficos dos ensinamentos espirituais alheios e construir, assim, uma condição pssoal de tolerância religiosa ou mesmo apreciação de aspectos da vivência espiritual de outros grupos que não os do próprio. Sem proselitismo e sem convencimentos, apenas apreciações.

Com relação a contribuição na formação do ser integral não há como ser diferente. A religião envolve justo o âmbito da conciência e da Aura imaterial do ser existencial. Mesmo o materialista apenas afirma que a matéiria antecede o espírito, nunca, porém prescinde do próprio espírito!

Formação do homem significa torna-lo apto e hábil para o uso de todas as suas petencialidades físicas, psíquicas e espirituais. A ciência poderá fazer alguma, ou muita coisa no sentido físico e psquico, bem como a arte ou cibernética.

Mas a religião o põe no âmbito da transcedência, da evidência de sua existência plena ou, ao menos, na busca desse mistério. E o ser humano quer e prescisa se saciar no cântaro do próprio mistério. Não é isso a plenitude do ser integral?

Contextualização;

De acordo com o depoimento do Professor Josué Rosa, reconhece que o proselitismo religioso acompanha o desenvolver das civilações, ao tentar impor seus dogmas a outras culturas, principalmente durante o período da colonização, realizado pelos Povos Europeus, que trouxeram o conceito de civilização, a um continente repleto de etnias milenares, desmerecendo todo o patrimônio acumulado ao longo de várias gerações. No seu entendimento, reconhece que a religião Cristã Católica assumiu um grande papel social, na preservação da cultura, pois graças a dedicação dos monges copistas, durante a Idade Média, nos legou um patrimônio cultural inestimável, porém ao desrespeitar a opção religiosa de cada pessoa, provoca a intolerância religiosa, pois procura através do proselitismo, impor conceitos determinados, violando o direito universal, da liberdade de crença e convicção política . Se seguidos pelos educadores, o planejamento pedagógico de acordo com as diretrizes das leis estabelecidas no país evitaria-se a intolerância religiosa, ainda freqüente no sistema que é implementado a disciplina de Ensino religioso nas Escolas. Reconhece que a metodologia utilizada atualmente, procura direcionar para a Religião Cristã Católica, deixando de cumprir o papel de interventor no entendimento das habilidades e competências de cada aluno. Os missionários Jesuítas ao chegarem em terras Americanas, reconheciam os indígenas como “tabuas rasas”, e baseadas nesse entendimento, e apoiados pela nobreza Imperial, achavam-se no direito de catequizá-los nos padrões europeus, foi o que reconheceu o professor, nas aulas de ensino religioso, durante o período que se enconntra como funcionário da Escola Professora Nadir de Oliveira.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura, efetuadas para os alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

1- Voce freqüenta alguma Igreja?

(A) Cerca de 90%, responderam que sim, frequentam uma Igreja.

(B) Somente 10%, respoderam que não freqüentam nenhuma Igreja.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura, efetuadas para os alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

2- A Religião é importante para você?

(A) A maioria cerca de 95%, responderam com certeza que sim.

(B) Somente 5%, responderam que não tinha importância nenhuma a religão para eles.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura, efetuadas para os alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

3- Você já participou de alguma Cerimônia Religiosa?

(A) A maioria, cerca de 86%, responderam que sim, participam de Cerimônia Religiosa.

(B) Cerca de 12%, responderam que não participam de nenhuma Cerimônia Religiosa.

(C) E somente 2%, não souberam responder.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura, efetuadas para os alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

4- Você gostaria que na escola fosse ofertada a disciplina de Ensino Religioso?

(A) Cerca de 90%, responderam com certeza que sim, gostariam que fosse ofertada a disciplina de Ensino Religioso em sua escola.

(B) Somente 10%, responderam que não gostariam que fosse ofertado a disciplina de Ensino Religioso em sua escola.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura, efetuadas para os alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

5- Você já sofreu alguma discriminação por causa de sua religião na escola que frequenta atualmente?

(A) Cerca de 90%, responderam que não sofreram descriminação em sua escola.

(B) Somente 10%, responderam que sim, já sofreram descriminação em sua escola.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Docentes da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

1) Você considera o ensino religioso uma disciplina importante para o processo de ensino aprnedizagem do aluno?

100% dos entrevistados disseram que sim.

Respostas dos docentes.

(A) Sim, falta aos alunos reflexões sobre os valores morais, o amor ao próximo, a solidariedade.

(B) Sim, devem ser trabalhados valores.

(C) Sim, porque ensina o respeito, o dialogo, o entendimento de que somos diferente uns dos outros, ensina a valorização, ensina a compreender que temos outras crenças religiosas diferentes da nossa e que devemos compreender e não julgar, entender e aprender com o outro.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Docentes da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

2- Qual a sua formação acadêmica?

(A) Cerca de 67%, responderam ter somente a Graduação.

(B) Cerca de 33%, responderam ter Pós-Grduação.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Docentes da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

3- Em sua opinião, nas aulas de ensino religoso, deixa implicito doutrinamento religioso?

(A) Cerca de 67%, responderam que não.

(B) Cerca de 33%, responderam que nãi defenido.

(C) E cerca nenhum respondeu que sim.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Docentes da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

4- Você considera o nível dos conteudos ofertado nas aulas de Ensino Religioso de boa qualidade?

(A) Cerca de 67%, responderam que não.

(B) Cerca de 33%, responderam que sim.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Docentes da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

5- Em sua opinião, a disciplina de ensino religioso contribui no fortalecimento da cultura?

100% dos entrevistados disseram que sim

Respostas dos docentes.

(A) Sim, todo e qualquer conteudo independente da disciplína, contribui para o fortalecimento da cultura bem como na aprendizagem do aluno.

(B) Sim, na escola devemos dar continuidade de valores, (cultura) existentes.

(C) Sim, ao aprendermos diferentes crenças religiosas, aprendemos culturas diversas, aprendemos a mantelas, pois prescisamos compreender o contexto geral em que as pessoas estao inseridas no campo religioso e entender ou pelo menos tentar enteder a forma como elas pensam e agem na sociedade.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Pais ou responsavéis dos alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

1- Na sua opinião, quem é o responsavél pelo sucesso ou fracasso escolar?

(A) Cerca de 42%, responderam que a família.

(B) Cerca de outros 42%, responderam que o governo.

(C) Cerca de 8%, responderam que a escola.

(D) Cerca de 8%, responderam que os alunos.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Pais ou responsavéis dos alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

2- Você considera que a disciplina de ensino religioso contribui para a formação moral do cidadão?

Cerca de 100%, dos entrevistados na pesquisa disseram que sim.

Respostas dos pais ou responsáveis.

(A) A disciplína de Ensino Religioso pode deixar as pessoas até mais tranquilas e nos mostrar que Deus esta sempre ao nosso lado.

(B) A religião tras mais atitudes e respeito moral para o cidadão.

(C) Ensina algo bom para o cidadão.

(D) Para que os jovens aprenda sobre a palavra.

(E) O Ensino Religioso tras o ensinamento da moral e bons costumes da sociedade.

(F) Porque as pessoas tem que ter um convivio com Deus, com a disciplina de Ensino Relligioso fica bem melhor.

(G) Contribui para que os alunos hajam de maneira correta e honesta na sociedade.

(H) Se condizer com oque a biblía diz.

(I) Porque quanto mais orgões ou instituições falar sobre o assunto melhor.

(J) A palavra do senhor nos produz transformação de vida.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Pais ou responsavéis dos alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

3- Você participa de alguma religião?

(A) Cerca de 92%, responderam que sim, tem uma religião.

(B) Somente 8%, responderam que não tem religião.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Pais ou responsavéis dos alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

4- Na sua opinião como deveria ser tratado a quetão religiosa na escola?

Respostas dos pais ou responsáveis.

(A) Com isonomia do professor, que ele pudesse ensinar os diversos pontos de vista das doutrinas.

(B) Professores passarem textos bíblicos, conversarem com os alunos sobre Deus.

(C) Respeito.

(D) Deveria ser com mais verdade para todos.

(E) Com muito cuidado, pois assunto é delicado.

(F) Com mais dedicação, feita por pessoas aptas a ensinar sem destorcer a palavra.

(G) Deveria ser tratada com respeito, para que as pessoas de religião não se sinta estranha por estar ali.

(H) Com respeito e divulgação para que todos conhecessem a disciplína.

(I) Deveria ser tratada com igualdade.

(J) Deveria ser ministrata, só para alunos que se interessassem pelo assunto religioso.

Questões sobre o Ensino Religiso na preservação da Cultura efetuadas para os Pais ou responsavéis dos alunos da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

5- Os pais ou responsavéis pelo aluno são avisados pela escola da oferta do Ensino Religioso no ato da matrícula?

(A) Cerca de 50%, responderam de que sim.

(B) Cerca de 50%, responderam de que não.

1- Pesquisa realizada sobre qual e a religião dos alunos do 2º ciclo 2ª fase do perido vespertino da Escola Estaudal Professora Nadir de Oliveira

(A) Cerca de 58%, responderam pertencerem a Religião Cristã Católica.

(B) Cerca de 40%, responderam pertencerem a Religião Cristã Evangélica.

(C) Cerca de 2%, responderam não pertencerem a nenhuma religião.

Obs: Foram entrevistados um total de 46 alunos, frequentes nesse ciclo.

2- Pesquisa realizada sobre qual a religião dos alunos do 2º ciclo da 3ª fase do perido vespertino da Escola Estaudal Professora Nadir de Oliveira.

(A) Cerca de 66%, responderam pertencerem a religião Cristã Católica.

(B) Cerca de 29%, responderam pertencerem a religião Critã Evangélica.

(C) Cerca de 5%, responderam não pertencerem a nenhuma religião.

Obs: Foram entrevistados um total de 68 alunos, frequentes nesse ciclo.

3- Pesquisa realizada sobre qual a religião dos alunos do 3º ciclo da 1ª fase do perido vespertino da Escola Estaudal Professora Nadir de Oliveira.

(A) Cerca de 56%, responderam pertencerem a religião Cristã Católica.

(B) Cerca de 21%, responderam pertencerem a religião Critã Evangélica.

(C) Cerca de 23%, responderam não pertencerem a nenhuma religião.

Obs: Foram entrevistados um total de 68 alunos, frequentes nesse ciclo.

4- Pesquisa realizada sobre qual a religião dos alunos do 3º ciclo da 2ª fase do perido vespertino e matutino, da Escola Estaudal Professora Nadir de Oliveira.

(A) Cerca de 54%, responderam pertencerem à religião Cristã Católica.

(B) Cerca de 26%, responderam pertencerem à religião Critã Evangélica.

(C) Cerca de 20%, responderam não pertencerem a nenhuma religião.

Obs: Foram entrevistados um total de 89 alunos, frequentes nesse ciclo.

1- Pesquisa realizada sobre qual a religião dos alunos do 3º ciclo da 3ª fase do perido vespertino e matutino, da Escola Estaudal Professora Nadir de Oliveira.

(A) Cerca de 68%, responderam pertencerem à religião Cristã Católica.

(B) Cerca de 20%, responderam pertencerem à religião Critã Evangélica.

(C) Cerca de 9%, responderam não pertencerem a nenhuma religião.

(D) Cerca de 2%, responderam pertencerem a Doutrina Espirita.

(E) Cerca de 1%, responderam pertencerem a Unbamda e Candoblé,

Obs: Foram entrevistados um total de 95 alunos, frequentes nesse ciclo.

1- Pesquisa realizada de quais são as religiões de todos os alunos do Ensino Fundamental do periodo vespertino e matutino da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

(A) Cerca de 60%, afirmaram ser Católico.

(B) Cerca de 26%, afirmaram ser Evangélico.

(C) Cerca de 13%, afirmaram não ter religião definida.

(D) Cerca 1%, afirmaram ser Espiritas.

Obs: Foram entrevistados um total de 389 alunos, frequentes nesses ciclos.

Considerações Finais

Baseado nos peceitos da Constituição todo Sistema Estadual de Ensino deve instituir orientações para que no projeto de formação inicial e continuada dos profissionais da educação será comtemplado no Projeto Político Pedagógico.

Além disso não se deve esquecer como meta real a definição de indicadores de qualidade social da educação escolar, a fim de que as agências formadoras de profissionais da educação participantes revejam os projetos dos cursos de formação inicial e continuada de docentes, de modo que correspondam às exigências de um projeto de Nação.

Assim sendo nosso sistema de ensino deve revisar os enfoques paradigmaticos a fim de evitar que os educandos pensem que ir à escola é tão somente mal necessário, porque o que lhes ensinam não serve absolutamente nada no desenvolvimento de suas ações reais no mundo em que libram e convivem.

A questão é que, hoje, os jovem estão cosntantemente atualizados em foros, revistas digitais sobre temas de seus interesses em portais informativos da web, enquanto o mestre mal sabe acessar um computador e redatar um texto no mesmo; sendo portanto ignorante das novidades, avanços e conhecimentos porque tudo que aprendeu lhe foi ensinado em livro impresso há a mais de dez anos.

A pesquisa alcançou os objetivos que eram identificar a importância da disciplina de Ensino Religioso na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, na preservação da cultura, pois segundo os questionários aplicados aos pais, dicentes, docentes e alguns representantes de religiões, declararam a validade do ensinamento dos conteúdos religiosos, na formação do ser integral.

Conforme os resultados obtidos nas entrevistas e questionários, pode-se concluir que a maioria dos pais que são freqüentadores de religiões cristãs tem a preocupação com a formação moral de seus filhos, mesmo que alguns pais ou responsáveis não sejam atuantes nas igrejas, e não questione os conteúdos aplicados nas aulas de ensino religioso na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira. As informações da pesquisa mostram que praticamente a maioria dos professores reponsáveis pelo ensino da disciplina de ensino religioso, não conhece com profundidade os conteúdos a serem trabalhados e não dispõem de amparo legal por parte da Equipe gestora da unidade escolar e tão pouco da Asessoria Pedagógica do Município de Várzea Grande. Não recebem orientação pedagógica, nem dispõem de material pedagógico, usando material adquirido com recursos próprios e em geral da Igreja Cristã Católica. Muitos diretores não se preocupam com a questão pedagógica, na melhoria da qualidade do ensino religioso e só investem nesse setor quando sobra dinheiro ou quando não há nada a fazer na área física (obra e manutenção). Mesmo com a grande procura pelos pais dos alunos no ato da matrícula, são poucos investimenntos para melhorar a qualidade de ensino, como a melhoria de bibliotecas escolares, projetos de incentivo à leitura, capacitação de professores, material de apoio didático, etc.

A nossa pesquisa mostra, sem querer ser pessimista, mas realista que em tese, o ensino religioso na Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, sempre houve doutrinamento religioso, ao adotar nas aulas da disciplina orações, livros, e sinais característicos da Igreja Cristã Católica, (benzer o corpo), deixando implícito o proselitismo religioso, pois durante muitos anos, as aulas de ensino religioso foram ministrados por religiosas da religião Cristã Católica, quando se fazia preces e rituais de suas denominações religiosas, obrigando alunos de outras igrejas a seguirem suas instruções, sem questionamentos até dos pais ou responsáveis, já que naquele momento a religião dominante era a Cristã Católica. Os professores não recebiam qualquer forma de capacitação ou orientação, quanto ao roteiro a ser seguido, culminando por ser retirado do currículo escolar no ano de 2014, sob a alegação de inadequação profissional para o desempenho da disciplina.

Percebe-se que os professores de Várzea Grande têm muita carência sobre como trabalhar o ensino religioso falta treinamento, capacitação para a realização de um trabalho organizado e planejado por parte da Secretaria de Educação de Mato Grosso e das próprias unidades escolares. Quando não há um planejamento e organização para tal ação, o ensino fica desnorteado, sem rumo, cada professor trabalhando ou não o tema de acordo com a sua consciência, sem articulação.

Mesmo assim, quando indagados, os professores, como trabalhariam essa disciplina, encontramos várias sugestões, de temas tais como:

Valores morais, debates, sugerir aos próprios alunos a escolhados dos temas a serem trabalhados em sala-de-aula, vídeos alusivos aos temas, entre outros. A maioria dos professores entrevistados, disseram que havia boa aceitação por parte dos alunos pela disciplina de ensino religioso, e muitas vezes faziam orientação pessoal aos alunos, quando vinnham com alguma inquietação pessoal, buscando o apoio das professoras para resolverem os conflitos. Várzea Grande-MT é uma cidade de porte médio, com afluências de migrantes de vários Estados Brasileiros, e de várias denominações religiosas, e como toda cidade desse porte, atravessa um período conturbado na área social, com a desestruturação familiar, aumento da violência doméstica, drogadição, assaltos, e o ambiente escolar esta inserida nesse contexto, quando os alunos apresentam desprovidos de informações e exemplos familiares que possam nortear o desenvolvimmento de valores morais, importantes na construção do cidadão consciente dos seus direitos e deveres na sociedade.

A pesquisa certificou que os pesquisados pedem planejamento escolar quanto ao Ensino Religioso, como quesito básico de estudo nas séries iniciais, com temas pertinentes a realidade social atual, que possa envolver os alunos no assunto e ao contexto religioso, sem doutrinamento ou proselitismo, estimulando a fraterrnidade, amizade, respeito quanto a escolha religiosa do colega, evitando a intolerância religiosa. Sendo perfeitamente possível a continuidade da disciplina no currículo escolar, desde que seja feito o ajuste necessário, e dado o devido valor ao tema pela equipe gestora da unidade escolar e Assesoria Pedagógica do Município de Várzea Grande-MT. E para aqueles que ainda não sensibilizaram com o tema Ensino Religioso, a solução seria a Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso promover cursos de capacitações sobre ensino religioso no primeiro momento para diretores e coordenadores e no segundo momento, para professores específicos, que estariam habilitados para o ensino da disciplina.

Reconhecemos a grande importância da religiosidade no entorno da Escola Professora Nadir de Oliveira, e no ambiente escolar, presentes nas manifestações culturais das festas religiosas, no linnguajar, na culinária, oriundas das migrações e remanescentes dos moradores locais, que muito contribuiu a religião Cristã Católica. Portanto a disciplina de Ensinno Religioso faz-se fundamental para os alunos do ensino fundamental da Escola Pública e também privada, ao fortalecer os laços de fraternidade, tolerância e alteridade, fundamentais na convivência familiar e social.

Recomendações

Este trabalho demonstrou a importância da disciplina de Ensino Religioso na formação e inclusão de adolescentes, como futuro cidadões conscientes dos seus deveres sociais.Diante desse diagnóstico, questiona-se a negligência, das unidades escolares e Secretaria da Educação do Estado de Mato Grosso, ao retirarem do currículo escolar,essa disciplina que é anseio de muitos pais e responsáveis, para a continuidade no ensino dos valores éticos e culturais no educando.

Foi apresentado através dessa pesquisa, um resultado positivo da inserção do Ensino Religioso no âmbito escolar, contribuindo para uma melhoria da qualidade de aprendizagem escolar.

Os profissionais da educação, responsável pelo ensino dessa matéria,devem buscar através de uma formação continuada, novas metodologias e conteúdos condizentes com a sociedade atual, valorizando as manifestações religiosas, gastronômicas,lingüísticas, fruto da miscigenação, oriunda da colonização e ocupação do Estado de Mato Grosso.

Buscando sempre a inclusão e não a exclusão, sem doutrinamento religioso, lembrando a laicidade do Brasil, resguardada através de leis Federais, Estaduais e Municipais. O desconhecimento dessas leis, levam os pais e responsáveis a não fazer valer o direito de o aluno dispor do Ensino Religioso na escola , com políticas sérias, que visem um melhor rendimento e aprendizado ,principalmente nestes dias, tão conturbados com a desestruração familiar, aumento da violências e desrespeito por parte dos adolescentes aos seus pais e também com os professores.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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FONAPER – Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso, (2001). Parâmetros curriculares nacionais: ensino religioso. 4ª ed. São Paulo: Ave-Maria.

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TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O Trabalho docente: Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes. 2005.

TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O Trabalho docente: Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes. 2005.

www.varzeagrande.mt.gov.br-portal-conteúdo-4255 às 14:05 min dia 21-03-2916.

ANEXOS

QUESTIONÁRIO A PROFESSORES E REPRESENTANTES RELIGIOSOS.

Ilmo senhor Padre Eduardo Santos, Vigário da Paróquia São Sebastião – Bairro Jardim Glória I – Várzea Grande-MT.

01- Como são transmitidos os ensinamentos na religião cristã católica?

R-O homem e a mulher são profundamente religiosas. Todo seu agir revela o sentido da existência vivido por cada sujeito. Dessa forma o melhor caminho para transmitir a religião é por meio do testemunho concreto.

02- Como você analisa a intolerância religiosa?

R-Ela existe, mas nem sempre a explicação está no processo religioso. O homem e a mulher são profundamente sujeitos a guerra se olharmos sob o eixo histórico. Dessa forma a religião acaba entrando como um meio coadjuvante. Não quero com isso negar a intolerância religiosa.

03- A religião é importante na preservação da cultura?

R-O processo religioso se relaciona com o mundo da cultura, no sentido, sobretudo, de provocar o homem e a mulher num exercício maduro da liberdade, ao ofertar a exigência de um fundamento último, que possa universalizar determinada realidade cultural.

04- Como a Escola deveria trabalhar com a disciplina de Ensino Religioso?

R-Sob o eixo comum da categoria de necessidade que ajude o homemm e a mulher se compreender e encontrar o sentido do mundo, como tambám, não perder de vista as nuances próprias dos processos de cada religião (sincretismo).

05- A religião tem contribuido na formação do ser integral?

R-Sim muito! A religião estrutura o homem e a mulher e dessa forma promove toda a história. Cada canção, cada verso, cada prece, cada drama etc tem uma conexão religiosa buscando em tudo uma resposta para tudo que está ai.

Contextualização;

Entrevista com o Padre Carlos Eduardo Santos.Analizando os dados obtidos através do questionário ao Padre Carlos Eduardo, que denota grandes conhecimentos filosóficos e sociológicos, ao reconhecer como a humanidade se encontra em processo evolutivo, se descobrindo através de suas religiosidades e experiências adquiridas conjuntamente, considera o exemplo diário como fundamentais no direcionamento social, mas ainda sujeitos a divergências de opiniões e entendimento, o que causa muitas vezes, contradições e questionamentos, levando até as intolerâncias religiosas, e guerras. A religião se interelaciona com a cultura pela complexidade interracional vigente como contexto histórico. Daí a grande importância das religiões e do ensino religioso no contexto escolar, ao esclarecer e direcionar a sociedade a encontrar o sentido de mundo, suas ideologias, presentes em cada segmento religioso, como necessidades básicas de cada pessoa, quais sejam o desenvolvimmento dos valores morais e éticos, num sincretismo que permeia a formação étnico cultural do Brasil. Ao abordar-se temas transversais em uma sala-de-aula, fazer com que os alunos tomem consciências dos seus direitos e deveres, e comecem a intervir com conhecimento de causa nas situações que irão experimentar em suas vidas sociais. Devido ser a religião cristã católica, uma das pioneiras em terras Brasileiras, e a maioria da população de nossa cidade, considera que as Escolas deveriam continnuar oferecendo em seus currículos, a disciplina de ensino religioso, pois atualmente muitas famílias, não freqüentam assiduamente os templos católicos, como em um passado recente, e o diálogo esclarecedor com os pais, hoje esta sendo substituído pelas tecnologias, como o facebook, wattsshapp entre outros. Muitos dosalores cultuados entraram em desuso, como o respeito aos mais idosos, amizade, trazendo dificuldades de relacionamento, nos lares e nas escolas.

Ilmo professor Josue Rosa, seguidor da Igreja Assembléia de Deus.

01- Como são transmitidos os ensinamentos na religião cristã católica?

R-Via de regra os ensinamentos Cristaões são transmitidos na forma “Droutrinária”. Talvez como qualquer outra religião antiga indução ao proselitismo. A religião Cristã ainda mais fortemente, sempre teve a certeza ou convicção ou preminição se outros assim querem dizê-lo, deve ser a única que tem a revelação ou os mistérios revelados. Aliás, crença herdada dos hebreus em sua forma patriarcal e mosaica implementada no período vetero-testamentário. Não parece, a mim, haver possibilidade de ser o contrário; de outro modo perderia seu teor e originalidade.

02- Como você analisa a intolerância religiosa?

R-Nada mais absurdo! Quem pretende disseminar uma religião deve simples e logicamente reconhecer o direito de outros também faze-lo livremente. A batalha que se trava, então, não é a do empedimento, sim a do convencimento.

Intolerância se vincula ao ódio, religião se vincula, religão se vincula ao amor, A intolerância religiosa é a própria irreligiosidade de uma pessoa, grupo ou mesmo de um Estado.

03- A religião é importante na preservação da cultura?

R-Penso que a religião culmina na contrução do monumento chamado cultura. Todos os povos construíram uma cultura e desenvolveram um processo civilizatório. Cultura e civilizaçãose permeiam ded teor religioso refletido na forma de agir politicamente, artisticamente e cotidianamente. A pensar que a política, a arte e o próprio cotidiano com o mover natural e involuntário de uma pessoa determina todo o âmbito de sua existência, nos convence a propor que, mais que preservar, ela funda e protege o espírito da cultura no espírito humano.

04- Como a Escola deveria trabalhar com a disciplina de Ensino Religioso?

R-Tenho dificuldade enm expressar, “como deveria a escola trabalhar com a disciplina de Ensino Religioso”.

Por isso prefiro declarar, antes, que não é o modo habitural como sempre ocorreu, uma maneira satisfatória de realizar esse “ensino na escola”. Haja vista ser essa forma quase um preselitismo ao catolicismo romano. Ora, isso somente deve ser feito na catequese em locais apropriados como templos ou paróquias. O ensino religioso deveria servir, no mínimo para tomar conhecimento e refletir sobre os fundamentos da fé e crenças de outros que uma pessoa desconheça.

Conhecer os fundamentos filosóficos dos ensinamentos espirituais alheios e construir, assim, uma condição pssoal de tolerância religiosa ou mesmo apreciação de aspectos da vivência espiritual de outros grupos que não os do próprio. Sem proselitismo e sem convencimentos, apenas apreciações.

05- A religião tem contribuido na formação do ser integral?

R-Não há como ser diferente. A religião envolve justo o âmbito da conciência e da Aura imaterial do ser existencial. Mesmo o materialista apenas afirma que a matéiria antecede o espírito, nunca, porém prescinde do próprio espírito!

Formação do homem significa torna-lo apto e hábil para o uso de todas as suas petencialidades físicas, psíquicas e espirituais. A ciência poderá fazer alguma, ou muita coisa no sentido físico e psquico, bem como a arte ou cibernética.

Mas a religião o põe no âmbito da transcedência, da evidência de sua existência plena ou, ao menos, na busca desse mistério. E o ser humano quer e prescisa se saciar no cântaro do próprio mistério. Não é isso a plenitude do ser integral?

Contextualização;

De acordo com o depoimento do Professor Josué Rosa, reconhece que o proselitismo religioso acompanha o desenvolver das civilações, ao tentar impor seus dogmas a outras culturas, principalmente durante o período da colonização, realizado pelos Povos Europeus, que trouxeram o conceito de civilização, a um continente repleto de etnias milenares, desmerecendo todo o patrimônio acumulado ao longo de várias gerações. No seu entendimento, reconhece que a religião Cristã Católica assumiu um grande papel social, na preservação da cultura, pois graças a dedicação dos monges copistas, durante a Idade Média, nos legou um patrimônio cultural inestimável, porém ao desrespeitar a opção religiosa de cada pessoa, provoca a intolerância religiosa, pois procura através do proselitismo, impor conceitos determinados, violando o direito universal, da liberdade de crença e convicção política . Se seguidos pelos educadores, o planejamento pedagógico de acordo com as diretrizes das leis estabelecidas no país evitaria-se a intolerância religiosa, ainda freqüente no sistema que é implementado a disciplina de Ensino religioso nas Escolas. Reconhece que a metodologia utilizada atualmente, procura direcionar para a Religião Cristã Católica, deixando de cumprir o papel de interventor no entendimento das habilidades e competências de cada aluno. Os missionários Jesuítas ao chegarem em terras Americanas, reconheciam os indígenas como “tabuas rasas”, e baseadas nesse entendimento, e apoiados pela nobreza Imperial, achavam-se no direito de catequizá-los nos padrões europeus, foi o que reconheceu o professor, nas aulas de ensino religioso, durante o período que se enconntra como funcionário da Escola Professora Nadir de Oliveira.

LINGUAJAR DOS VARZEAGRANDENSES

Composto pela mistura de expressões dos que aqui chegaram para desbravar Mato Grosso, entre eles bandeirantes, portugueses, paulistas, baianos, negros, escravos, paraguaios e índios (Guanás, Bororós, Paiaguas e Coxiponés). Conta-se que em 1726, 3000 (três mil) homens com 320, (trezentos e vinte) embarcações (batelões), saindo de São Paulo, navegando pelo Rio Tietê, prosseguindo pelo Rio Paraguai até Cuiabá, para desbravar as terras de Mato Grosso, com o intuito de prear índios para serem levados e vendidos como escravos, para trabalhar nas grandes plantações de canaviais e para os senhores de café.

Esta é a origem do nosso povo e o diferencial, além de tudo isso, a Várzea Grande tornou-se Corredor de Passagem para outros Estados do norte do Brasil.Com a pavimentação asfáltica da Avenida principal do município e a abertura da BR 364, a chegada das linhas aéreas portuárias em Várzea Grande, trazendo empresários e turistas (nacionais e estrangeiros), foram diversificando a nossa cultura, linguajar próprio, peculiar e diferenciado, trazendo-nos influências das mudanças de toda miscigenação; e em conseqüência na linguagem, que foi se enraizando pelas diversidades de raças e etnias .

O linguajar dos hoje dos Varzeagrandenses.

As expressões e linguajar dos varzeanos que marca a herança dos nossos ancestrais:

Abanar: ventilar com abano

Agardecer: fazer agradecimento

Ajojados: amarrados juntos.

Alar: prosperar nos negócios

Apa: parte do corpo humano

Arroz de festa: marca presença em todas as festas

Arroz papa: arroz grudado, exageradamente cozido.

Aufa: grande porção (coisas ou pessoas)

Bamburro (mato fechado)

Bibocar: local lamacento

Bispar: verificar fatos só por curiosidade

Bocó: pessoa extremamente tímida

Bolicho: pequeno armazém de vendas a varejo

Bordoada: bater com pedaço de pau

Brabo: nervoso

Cacunda: costas

Cadê: onde está

Caiaia: procurar sofrimento para si

Cainha: não sabe partilhar

Cambada: porção de peixes amarrados

Catinga: mau cheiro

Catucar: desentupir

Caxa prego: lugar distante e ermo

Como não: confirmado

Cuié: colher

De que será: que causa surpresa

Deu em deu: pessoas que não firmam residência

Estrambelhada: pessoa sem juízo

Fiteira: orgulhosa, soberba.

Funda: estilingue

Girau: mesa de pau-a-piqui confeccionado pelos índios

Gorar: ovo que não gera filhotes

Indés: única peça, último ovo.

Intá: entregar algo

Inxirida: pessoa que entra numa conversa sem fazer parte dela

Ispiá: olhar

Ladino: esperto nas transações comerciais

Larida: gulosa

Maluco: irado, bravo.

Matula: alimento dos viajantes para longas viagens

Muxiba: parte sem carne, pelanca.

Nem chum: não deu satisfação

Oitão: parte externa na lateral de uma casa

Pampero: bagunça

Panhar: pegar

Pau rodado: pessoas não nativas

Pejo: vergonha

Pinchar: jogar fora

Piseiro: confusão, contenda.

Pitar: fumar cigarro de palha

Ralhar: chamar a atenção

Rebuçar: cobrir

Resposteiro: cortina

Sacudida: pessoa trabalhadeira

Sapicuá: saco para carregar alimento em viagem

Tacuru: fogão improvisado feito de pedra canga

Tafuia: coloca

Tapera: rancho velho e abandonado

Terreiro: quintal limpo

Tijuco: lama

Toceira: soberbo

Toró: chuva forte

Varanda: peça bordada para enfeitar as laterais das redes de dormir

Vote: deus me livre

Xinxar: puxar com força, bruscamente.

Zabo-zabo: tarefa mau feita e com rapidez.

Hino em homenagem aos santos

Meu São Benedito

Sua casa cheira, cheira cravo e rosa.

Flor de laranjeira.

O que santo aquele

Que vem La de fora.

E São Benedito com Nossa Senhora.

São Gonçalo:

“Deus vos salve São Gonçalo”.

No quarto de oração-

Convido todos devotos

Prá formar em posição

São Gonçalo de Amarante,

Espelho de Portugal

Veio ajudar vuncê

Nesta batalha real.

São Gonçalo é Santo justo,

É filho de Portugal

Ele dá boa saúde

A todos que vem dançar...

São João Batista

Deus te salve João

Batista sagrado

Seja o seu nascimento

Para nos ser alegrado

Lavado no rio Jordão

Nosso Senhor Jesus Cristo abençoa

A todos os cristãos.

Mitos

Mitos são entes fantásticos que povoam o imaginário da população e servem como referência cultural e histórica de uma comunidade ou povo.

“... A criação de mitos não se restringe unicamente ao campo do transcendente, pois freqüentemente responde ao desejo de representar os traços históricos, sociais e culturais que definem um povo”. Mafesoli.

O Minhocão

Há muito tempo ouve-se falar na presença de um monstro em forma de serpente, chamado minhocão, que habitaria o rio Cuiabá. A descrição mais comum e recorrente do minhocão dá a ele a forma de uma gigantesca cobra, com mais de 20 metros de comprimento e dois metros de diâmetro. As ondas provocadas pela sua passagem emborcariam a canoas. Relatos de sua aparição dão conta de que ocorre quase exclusivamente à noite, o que faz com que os pescadores se acautelem mais nesse período. São relatadas por ribeirinhos ao longo da bacia do rio Cuiabá e Manso, da foz destes rios até próximo às sua cabeceira. O lugar mais famoso no que tange a aparecimento do minhocão é o sítio do Pari nas imediações de Cuiabá... Tão freqüentes seriam as aparições nesse local que a comunidade já identifica um desses seres míticos como sendo o Minhocão do Pari.

Lendas

Resultantes da cultura oral, as lendas geralmente surgem a partir de um acontecimento peculiar, ocorrido em determinada comunidade, acrescido do imaginário popular. Passam a integrar a cultura, transmitida oralmente de geração a geração.

Cabeça de Pacu

Diz a lenda que se um rapaz solteiro chegar em Cuiabá e comer a cabeça desse peixe, não demora muito e se casa com uma filha da terra. Se casado comer a cabeça de pacu, não sai mais da localidade onde comeu. É tão famosa esta lenda que a canção popular em homenagem aos 250 anos de fundação de Cuiabá diz, num trecho de seus versos: “Quem comer cabeça de pacu não sai daqui”.Pelo sim, pelo não, a cabeça de pacu era presença freqüente nas mesas das casas das moças casadoiras.

Artesanato

O artesanato em Mato Grosso se desenvolveu num ambiente marcado pela cultura indígena, da qual guarda forte herança, do isolamento da população e da lida do gado e o extrativismo vegetal, situações e atividades que vão adequar a produção artesanal a estas demandas.

Tecelagem

Em Mato Grosso, a tecelagem em algodão tem início com o incentivo dado, no século XVIII, ao plantio do algodoeiro. Com a produção das plumas surgiu a fiação e a utilização dos fios para a confecção de tecidos. Entre as tecelãs, destacaram-se asredeiras, que, antigamente, fiavam e tingiam o fio de algodão oriundo de plantações próprias e com o qual teciam as redes e outras peças. A maioria das redes, simples e sem varandas, famosas pela rusticidade e conforto, eram cópias das redes indígenas, tecidas em fibra de tucum. Outras eram tecidas sob encomenda, com pelos feitos como nos cochonilhos, para fazer frente às “friagens”, ou contendo motivos lavradios em sua extensão. Como arabescos, pássaros comuns na regiões ou brasões, e com varandas ricamente ornamentadas, transformadas assim, em verdadeiras obras de arte. As redes mais elaboradas levam 45 ou mais dias de trabalho contínuo para serem confeccionadas. As redeiras vivem geralmente em comunidades ribeirinhas de Cuiabá e Várzea Grande.

Cerâmica

A arte da cerâmica nasce da forte demanda por vasilhames utilizados para armazenar água para consumo e para cozer alimentos. Até a década de 1950, praticamente todas as casas tinham potes, moringas e panelas de barros. Impossível de ser transportada a longa distância, pela fragilidade das peças, tinha que ser fabricadas aqui no Estado. Atualmente, artesões e artesãs do Estado trabalham com cerâmica apresentando em diferentes tipos: Utilitária simples (destinada ao uso doméstico).

Utilitária figurativa (funcional mais apresenta formas mais elaboradas. Decorativa (fim puramente ornamental). Modelam potes, panelas, vasos, moringas, jarros, bois, cavalos, santos etc., que são queimados à lenha, em forno ou fornalha).

Artefatos em madeira e fibras vegetais A madeira é um material muito utilizado no artesanato regional. A viola de cocho, principal instrumento musical do cururu e siriri são confeccionados pelos próprios cururueiros. Eles têm conhecimento sobre as madeiras que produzem o melhor som (mangueira, figueira, sarã...).

O pilão pode ser considerado como artesanato utilitário ou como peça decorativa. Sua matéria prima é a madeira de cumbaru ou piúva. Os trançados com fibras vegetais de taquara, buriti e urumbamba, são produzidos cestas, móveis e utensílios, como cadeiras, peneiras, apás, abanicos e teares.

Ingredientes

Doce de caju

Dois kg de caju, de preferência vermelho.

Um kg e 300 g de açúcar cristal

Cravo a gosto.

Modo de Fazer

Retire e castanha e descasque o caju com uma faca pequena e bem afiada. Perfure toda a fruta com a ajuda de um palito. Esprema, até sair todo o suco. Reserve para fazer suco ou vinho de caju. Coloque o açúcar e o caju em um tacho e adicione seis litros de água. Leve ao fogo e deixe ferver por, mais ou menos, duas horas, até a calda engrossar e o caju ficar dourado. Espere esfriar para armazenar em vidros. Lacre o vidro. Servir sozinho ou acompanhado de creme de leite ou queijo branco.

Furrundu

Ingredientes

Três mamões verdes ou o miolo de um tronco de mamoeiro, ralados (mais ou menos 2 kg de uma dessas massas).

Quatro rapadura simples

Uma colher (sopa) de gengibre

Cravo a gosto

Uma xícara (chá) de coco de babaçu, ralado.

Modo de Fazer

Leve a massa até retirar todo o “leite“; deixe escorrer. Coloque as rapaduras para ferver em três litros de água. Quando a calda começar a engrossar, coloque a massa e deixe ferver até dar ponto de fio. Adicione os outros ingredientes e deixe ferver por um minuto.

Bolo de Arroz.

Ingredientes

Um kg de arroz

Duas xícaras (chá) de açúcar

Uma colher (chá) de sal

Meio Kg de banha de porco ou manteiga

Uma colher (chá) de bicarbonato

Uma colher (chá) de erva-doce

Meio kg de farinha de mandioca

Modo de Fazer

Coloque o arroz de molho em dois litros de água por três horas. Retire o arroz da água, escorra e soque em um pilão para fazer o fubá. Faça o angu da farinha, colocando – a em água quente até virar um mingau pastoso. Misture bem este angu com o fubá de arroz. Deixe esta massa “descansar” por três horas. Misture a ela os outros ingredientes. Coloque a massa em forma grande untada de gordura. Asse em forno bem quente até ficar dourado.

Bolo de queijo

Ingredientes

Um prato (fundo) de queijo branco, ralado.

Um prato (fundo) de araruta

Quatro ovos

Uma colher (sopa) de pó Royal (fermento)

Uma xícara (chá) de nata de leite

Manteiga

Modo de fazer

Misture os ovos, o queijo e a araruta em uma tigela e amasse com as mãos, adicionando a nata, até formar uma mistura pastosa e consistente, o suficiente para ser moldada. Enrole em pedaços pequenos em forma de cone e pressione a base do cone com o dedo, para dar a forma final. Coloque na assadeira e deixe assar em forno pré-aquecido e bem quente, por 20 minutos, até começar a dourar.

Guaraná de ralar

Ingredientes

Duas colheres (café) de guaraná em pó

Duas colheres (chá) de açúcar

Uma xícara (chá) de água (gelada)

Preparo

Adicione em um copo pequeno, o pó de guaraná, o açúcar e uma colher (sopa) de água. Mexa com uma colher (café) até mistura ficar bem homogênea. Complete com o restante da água. Beba em seguida.

Licor de piqui.

Ingredientes

Seis piquis frescos

Uma garrafa de pinga

Dois xícaras (chá) de açúcar cristal

Preparo:

Descasque o piqui e cozinhe em água até a polpa ficar amolecida. Raspe a polpa e coloque em um recipiente com a pinga, bem tampado. Deixe curtir por um mês, no mínimo. Coe a mistura com um pano bem limpo. Com o açúcar, faça dois copos de calda meio grossa. Misture com a essência obtida da coagem. Coloque numa garrafa e está pronto para ser consumido. Para guardar, tampe bem o produto. Para que fique, com efeito, cristalizado é só fazer a calda mais forte e acrescentar um ramo cheio de galinhos na garrafa, assim que misturar a infusão.

FESTAS RELIGIOSAS:

As Festas Religiosas, em Mato Grosso, são importantes manifestações da cultura tradicional popular regional.Nelas misturam-se os laicos e o sacro numa simbiose natural, em que danças, rezas, culinária, músicas, brincadeiras e religiosidade se juntam para formar como que uma síntese, suporte e berço de muitas das diversões e crenças que embalam a população e que formam parte significativa do patrimônio cultural do Estado.

As festas tradicionais do povo mato-grossense guardam uma profunda ligação com a religião católica, posto que suas origens se situam na intensa religiosidade dos povos da Idade Média, e nas lendas, mitos e folguedos da época onde aparecem. A essas raízes, que se confundem com a cultura colonialista portuguesa, foram sendo adicionados elementos das culturas espanholas – através dos povos da região abrangida pela bacia do rio Paraguai-, dos índios e negros, tais como rituais, instrumentos, mitos, lendas e danças, que se integraram paulatinamente aos costumes populares, como o cururu, o siriri e o rasqueado, conseqüências da miscigenação desses povos. Somados a esses componentes, influiu, ainda, no processo de configuração destas festas, o relativo isolamento da população mato-grossense dos grandes centros político-econômicos do país, principalmente da população do norte do antigo território de Mato Grosso.Esse isolamento permitiu que a criatividade do povo se exprimisse mais livremente, dando, assim, liberdade para engendrar instrumentos, rituais, danças e outras manifestações singulares, que vieram, finalmente, se consolidar no arranjo da grande maioria desses festejos e na conformação de grande parte das manifestações culturais do Estado.

FESTAS DE SANTOS:

As festas tradicionais mato-grossenses, devido às suas origens, estão, quase sempre, relacionadas com a homenagem a um santo. Basicamente, estas festas nasceram, se desenvolveram e consolidaram-se de três formas, sempre com o apoio da Igreja e do Estado:

-As Festas de Santos das Irmandades, tendo como fulcro as irmandades religiosas e os templos católicos.

-As Festas de Santos de Famílias, motivadas por promessas ou veneração de um clã ou de um de seus membros a determinado Santo, e realizadas em residências particulares;

-As Festas de Santos Rurais, eventos que ocorrem nas casas ou capelas das zonas rurais ou suburbanas, como devoção a um Santo e forma de expressão dos sentimentos lúdicos dos homens do campo. As festas de Santos, em Mato Grosso,como em todo o país, são admiráveis instrumentos de mediação e síntese da cultura sagrada e profana regional.

REZA OU LADAINHA:

A reza é uma longa cantilena, prece em louvor a um santo, entoada pelos “tiradores” de rezas ou capelães e fiéis, num ritmo sonoro que lembra o canto gregoriano, geralmente recitada, na sua primeira parte em latim, e cujo texto é conhecido de memória pelos devotos participantes denominada ladainha.As ladainhas eram rezadas com muita freqüência nas residências em homenagem a santos.As ladainhas ou rezas são dirigidas – ou puxadas-por rezadores, também chamados de capelão, habilitados e muito requisitados quando da realização dessas festas.Os rezadores homens eou mulheres, geralmente atuando em dupla,recitam cantando, em dueto, os trechos de orações que são respondidos em coro, pelos demais participantes do culto.Nenhuma festa de santo tem os folguedos recomeçados antes de finda a ladainha. As ladainhas começam com um primeiro segmento cantado em latim, continuam com uma louvação ao santo homenageado e terminam com o convite para os fiéis se aproximarem do altar, um a um, e beijarem os santos.

CURURU

O cururu é uma manifestação folclórica constituída de música e dança, que ocorre com este nome, mas com variações na apresentação. Como manifestação cultural do Estado, o cururu compreende música eou dança, que, nos seus primórdios, tinha a participação de homens e mulheres e, depois, apenas de homens. É uma expressão cultural com caráter tipicamente ritualístico, tendo principal objetivo a substituição da

Liturgia católica.

SIRIRI

O siriri é uma dança típica de Mato Grosso, composta de elementos africanos, portugueses e espanhóis, segundo muitos pesquisadores, onome estaria relacionado à forma alada dos cupins, denominados saliluias ou siriris, que variam em um ritmo parecido com a dança, em torno das luminárias.Há também a possibilidade de o nome ter origem no linguajar guarani, de palavra ociriri, ou syryry, significa “correr depressa”.

A escola Professora Nadir de Oliveira, inserida em um bairro eminentemente tradicional, Jardim Gloria I. O bairro possui perfis comerciais, industriais e residenciais. O bairro é também uma região que concentra bairros como Jardim dos Estados, Mapim, Asa Bela, Jardim Alá, Nova Esperança. Sua economia é predominantemente comercial e industrial, no setor industrial no passado teve indústrias de compensados, laminados, atualmente estão centrais de distribuição da cidade. O seu comercio este concentrado na Avenida Julio Campos, aonde a concentração de Lojas de Materiais para construção, auto peças, supermercados e um importante comercio atacadista na Avenida Julio Campos.

São diversas as manifestações religiosas presentes no Município de Várzea Grande. Segundo o Censo de 2010, os católicos representam (58,2 %) da população, seguido pelos protestantes (28 %) e espíritas (5,5 %), outras religiões representam 30 % da população.

No Bairro Jardim Gloria I e entorno, ainda são freqüentes as festas populares em homenagem a um santo católico (São Sebastião, São Gonçalo, São Benedito, Nossa Senhora Aparecida), realizadas dentro das Igrejas católicas e também nas residências particulares, com a realização das ladainhas, (rezas cantadas), levantamento do mastro com a bandeira homenageando um santo, cururu, siriri, procissões com o andor entronado pelo santo, e o bailão popular com as músicas típicas (ranqueados, lambadão, xote, vanerão...). Comidas típicas da região: Maria Izabel, farofa de banana, paçoca de pilão, doces com frutas de época (caju, mamão, abóbora, leite...).

Na Escola Profª Nadir de Oliveira, desenvolve-se projetos culturais de danças típicas (siriri, chorado), executado pelos alunos da escola, como um incentivo a preservação da cultura do povo várzea-grandense .

MAPAS E IMAGENS

MAPA 01- Mapa sem escala

Mapa do Município de Várzea GrandeMT

Local da pesquisa.

MAPA 02- Mapa da localização da área de estudo.

Local: Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

FOTO Nº 01 – Foto da fachada principal do local do estudo.

Local: Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira.

End: Rua Ipiranga SN - Bairro Jardim Glória I - Várzea Grande MT

FOTO Nº 02- Foto da Patrona do local do estudo.

Professora: Nadir de Oliveira.

FOTO Nº 03 – Foto postal da Ponte Sérgio Motta, sobre o Rio Cuiabá, divisa entre os municípos de Várzea Grande e CuiabáMT

FOTO Nº 04- Foto da Primeira Igreja do municipio, Nossa Senhora da Guia, Marco Histórico construido em 1890. Deu-se no fim do século XIX, quando Várzea Grande já éra Paróquia e a Missão Salesiana orientava trabalhos do Cleno em Cuiabá e em Várzea Grande, Antes realizados pelos missionários franciscanos.

HINO DE NOSSA SENHORA DA GUIA

Escrita por: Aristides Pompeu de Campos

SANTA PROTETORA: DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE.

Senhora da Guia /Ó virgem sem par / Volvei -nos Mãe pia / Com seu doce olhar

REFRÃO: Nossa senhora Senhora da Guia Ave Maria Maria ia ia.

És de Várzea Grande /Encanto e farol / Que brilha e fulgura mais viva que o sol

REFRÃO: Nossa senhora Senhora da Guia Ave Maria Maria ia ia.

És símbolo santo o teu branco véu/ As contas do terço são graças do céu.

REFRÃO: Nossa senhora Senhora da Guia Ave Maria Maria ia ia.

Oh virgem da guia a mais linda flor /Oh meiga mãe pia Dulcíssomo amor.

REFRÃO: Nossa senhora Senhora da Guia Ave Maria Maria ia ia.

Tu es nossa vida/Tu és nossa luz/ Mostre Maria seu filho Jesus

REFRÃO: Nossa senhora Senhora da Guia Ave Maria Maria ia ia.

Os anjos te louvam / Os homens também / enfim todos cantam e dizem amém

REFRÃO: Nossa senhora Senhora da Guia Ave Maria Maria ia ia.

FOTO Nº 05- Foto do Aeroporto Internacional Marechal Rondon.

Em 1948 o município concede ao Ministério da Aeronaútica 700 ha de terra com o objetivo desenvolver o Estado de Mato-Grosso e estados vizinhos facilitando o transporte, localizado no município de Varzea Grande, criado pelal Lei Municipal, de 10 de Agosto de 1952.

FOTO Nº 06- Foto representando uma Madona, simbolo do acolhimento necessário aos alunos com diferentes religiões e cultura, desenhada a mão por aluno da escola onde foi realizado o estudo.

FOTO Nº 07- Foto representando a paz, e a harmonia entre as diferentes religiões, desenho efetuado por aluno a mão da escola onde foi realizada a pesquisa.

BENEDITO AECIO DE AQUINO NUNES
Enviado por celiaminas em 11/12/2018
Código do texto: T6524652
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