Maquiavel: O Princípe, Marx e o neoliberalismo.

Maquiavel filósofo formulador do Estado moderno, defende a seguinte tese, nenhuma nação poderá prevalecer com a política das Cidades Estado.

Portanto, fundamental a unificação da Itália em um único Estado, sendo tal perspectiva a nova civilização.

Desse modo, desenvolveu seu pensamento político, formulando sua teoria de Estado, não em defesa da ética ou da religião.

Com efeito, procurou compreender o fenômeno político em si mesmo, de modo autônomo.

Sendo assim, o foco de suas reflexões, o exercício do poder político pelo Estado.

O livro O príncipe desenvolve uma análise realista do poder político, refletindo as causas do sucesso ou dos fracassos do poder governante.

Na criação da sua teoria do poder político, Maquiavel desvincula as questões políticas dos motivos morais.

Entretanto, a sua visão geral do poder político está associada a uma concepção negativa do homem.

Para Maquiavel o homem é em si ruim, não há por parte da humanidade a propensão ao bem civilizatório.

O desejo do homem é o domínio pelo domínio, objetivando a destruição do próprio homem.

Não esta substancializado na natureza humana, o fundamento da bondade, pelo contrário a maldade.

Motivo pelo qual é fundamental a construção do Estado, com a finalidade de desenvolver a civilização.

Sendo assim, não existe civilização sem Estado, a civilização pela sociedade é um equívoco epistemológico, refletiu posteriormente, Karl Marx, o que defende hoje o neoliberalismo.

Para Marx não existe civilização pelo mercado, sem o Estado, como mecanismo do processo civilizatório, a sociedade desvinculada do poder político, transforma-se em barbárie, pelo fato do homem ser em si ruim, como analisou Maquiavel.

O Estado existe para impedir os maus instintos do homem, a política precisa de entender tal análise.

Para Marx o problema do Estado sempre está em mãos das classes dominantes, pensam e organizam o poder em defesa dos seus interesses econômicos.

Sendo assim, o Estado é uma organização política dos mais fortes com o propósito de dominarem os mais fracos, necessário portanto, um Estado social, cuja perspectiva a equalização social.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/09/2019
Reeditado em 16/09/2019
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