As ideias do manifesto comunista de Marx e Engels

Afirmam sobre o proletariado: "Sua luta contra a burguesia começa com sua própria existência". O operariado, tomando consciência de sua situação, tende a se organizar e lutar contra a opressão, e ao tomar conhecimento do contexto social e histórico onde está inserido, especifica seu objetivo de luta.

Sua organização é ainda maior pois toma um caráter transnacional, já que a subjugação ao capital despojou-o de qualquer nacionalismo.

Outro ponto que legitima a justiça na vitória do proletariado seria de que este, após vencida a luta de classes, não poderia legitimar seu poder sob forma de opressão, pois defende exatamente o interesse da grande maioria: a abolição da propriedade (“Os proletários nada têm de seu para salvaguardar”).

O Manifesto Comunista faz uma dura crítica ao modo de produção capitalista e à forma como a sociedade se estruturou através dele.

Busca organizar o proletariado como classe social capaz de reverter sua precária situação e descreve os vários tipos de pensamentos comunistas, assim como define o objetivo e os princípios do socialismo científico.

A exclusividade entre os proletários conscientes, portanto comunistas, segundo Marx e Engels, é de que visam a abolição da propriedade privada dos meios de produção e lutam embasados num conhecimento histórico da organização social; são, portanto, revolucionários. Além disso, destaca que o comunismo não priva do poder de apropriação dos produtos sociais; apenas elimina o poder de subjugar o trabalho alheio por meio dessa apropriação.

Com o desenvolvimento do socialismo a divisão em classes sociais desapareceria e o poder público perderia seu caráter opressor, enfim seria instaurada uma sociedade comunista.

No terceiro capítulo, analisa e critica três tipos de socialismo.

O socialismo reacionário, que seria uma forma de a elite conquistar a simpatia do povo e, mesmo tendo analisado as grandes contradições da sociedade, olhava-as do ponto de vista burguês e procurava manter as relações de produção e de troca; o socialismo conservador, com seu caráter reformador e antirrevolucionário; e o socialismo utópico, que apesar de fazer uma análise crítica da situação operária não se apoia em luta política, tornando a sociedade comunista inatingível.

Por fim, no quarto capítulo fecha com as principais ideias do Manifesto, com destaque na questão da propriedade privada e motivando a união entre os operários. Acentua a união transnacional, em detrimento do nacionalismo esbanjado pelas nações, como manifestado na célebre frase: Proletários de todos os países, uni-vos.

Em suma, o Manifesto Comunista apoia um governo transitório que promova:[4]

Abolição da propriedade da terra e seu rentismo.

Uma tributação progressiva.

Abolição dos direitos sobre a herança.

Confisco das propriedades de rebeldes e foragidos.

Centralização do crédito pelo atacado nas mãos do Estado em apoio a cooperativas de microcrédito.

Estatização total das empresas de transporte e comunicação.

Estatização dos meios de produção, da agricultura e das fábricas de forma planejada.

Apoie a igualdade entre todas as formas de trabalho além da criação de um corpo de funcionários públicos voltados para a agricultura.

Integração completa entre campo e cidade.

Educação infantil universal em escolas públicas, proibição do trabalho infantil e integração entre mundo fabril e mundo escolar.

Lenin e o Manifesto Comunista

Em sua obra "O Estado e a Revolução" de 1918, Lenin comenta a posição de Marx, vinte anos depois de publicado o Manifesto. No capítulo "A Experiência da Comuna de Paris - Análise de Marx", onde o autor comenta a experiência da Comuna de Paris de 1871, o primeiro governo operário da História, Lenin descreve os cuidados de Marx com a sublevação.

Primeiro Marx afirmara que "que qualquer tentativa para derrubar o governo era uma tolice ditada pelo desespero". Mas, continua Lenin, quando, em março de 1871, a batalha decisiva foi imposta aos operários e estes a aceitaram, quando a insurreição se tornou um fato consumado, Marx saudara com entusiasmo a revolução proletária.

Marx não mudara de opinião, mas percebera ser necessário estar junto com o movimento, vendo nele "uma experiência histórica de enorme importância, um passo para a frente na revolução proletária universal, uma tentativa prática mais importante do que centenas de programas e argumentos."

Analisando a experiência, Marx aponta uma única "correção" que julgara necessária introduzir em seu Manifesto Comunista, escrita em seu último prefácio à obra, de 24 de junho de 1872.

Karl Marx e Friedrich Engels afirmavam ali que o programa do Manifesto estava "hoje envelhecido em alguns pontos". A Comuna havia demonstrado que "não basta a classe operária apoderar-se da máquina do Estado para adaptá-la aos seus próprios fins."

Para Lenin, a ideia de Marx apontava que a classe operária deveria quebrar, destruir a "máquina do Estado", não se limitando apenas a assenhorear-se dela.

Publicado pelo site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_Comunista.

Postado por: Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo Puc, com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia.

Edjar estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação também em Filologia, estudou direito canônico e pátrio, formulador como tese em Astrofísica, O Princípio da Incausalidade.

A segunda tese elaborada por Edjar Dias de Vasconcelos, por que o homem é o único animal que fala, quando na natureza existe apenas um DNA mitocondrial, todas espécies nasceram e replicaram através da única célula mater existencial.

Em resposta devido ao fenômeno do bipedismo nas savanas, os homens ao ficarem erectus foi possível o nascimento das cordas vocais, nascendo a cognição.

Autor de diversos artigos científicos publicados em sites.

Licenciado em Filosofia, Sociologia e História, formado em Psicologia, com registro pelo Mec, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG, outras Universidades no Brasil.

Edjar Dias de Vasconcelos estudou em: Itapagipe, Campina Verde, Belo Horizonte, Petrópolis, Rio, São Paulo, Nas PUCs como nas Universidades Federais e o Mackenzie, também em outros lugares, estudando sempre política economia e filologia.

Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/05/2025
Reeditado em 14/05/2025
Código do texto: T8332188
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