MARCO AURÉLIO DA COSTA - O MEIO AMBIENTE E A ÉTICA PROFISSIONAL

Arquiteto e Técnico em Mecânica conclama a sociedade para a construção de um planeta mais sustentável

Ética é a parte da filosofia dedicada ao estudo dos valores morais que, por sua vez, fundamentam-se na obediência e aceitação das normas, costumes ou mandamentos culturais. Mas como aplicar tal definição ao meio ambiente, especialmente ao uso adequado dos recursos naturais para a subsistência humana? “Para que a nave chamada planeta Terra continue a trabalhar, nós temos que zelar pelo bom funcionamento do sistema, observando especialmente o consumo dos recursos disponíveis.” Foi com esse alerta que Marco Aurélio da Costa deu início à palestra “O Meio Ambiente e a Ética Profissional” durante o XI CONSIG – Congresso de Sindicalismo Global, para questionar em seguida: “Por quanto tempo nós ainda teremos recursos disponíveis no planeta? Penso que se não tomarmos atitudes agora, nossos netos ou até mesmo filhos poderão sofrer as consequências de nossa omissão”. E, de uma maneira simples e extremamente prática, o palestrante define o conceito de desenvolvimento sustentável: “Sustentabilidade se dá quando o uso de recursos naturais é inferior à capacidade de recomposição dos mesmos na natureza. Ou seja, a exploração do meio ambiente deve considerar a velocidade com que a natureza consegue reagir para compensar os danos”. Contudo, para que esse conceito ganhe praticidade, há de se investir em educação que, de acordo com suas próprias palavras, é a base para a formação da sociedade do futuro. “É pela transferência de conhecimento que o milagre da existência pode ser compreendido. Quem se dispõe a ensinar está ajudando a pessoa a entender a existência da própria pessoa”, complementa, valorizando, a exemplo do jornalista Gilberto Dimenstein, a “nobre” atividade dos educadores.

Arquiteto e Técnico em Mecânica, Marco Aurélio da Costa fez referência, também, à implantação da Agenda 21, documento assinado por todos os países participantes na Conferência da Cúpula da Terra – Eco-92 –, realizada há duas décadas no Rio de Janeiro, e que voltou à pauta durante a Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em julho, também na capital carioca. Triste, no entanto, é que muito do que tem sido discutido não vem sendo colocado em prática. “Alguém já viu a Agenda 21 sair do papel?”, questiona, apontando a boa vontade dos políticos agregada à participação da sociedade – inclusive, com o uso das redes sociais para divulgação de ideias – como caminho viável para a construção de uma cidade e, consequentemente, de um planeta mais sustentável. Isso se transformaria, segundo ele, numa espécie de “Agenda 21 Pessoal”.

No papel de mediadores, Ricardo Nascimento Alves, presidente do CONTAE – Conselho Nacional das Associações de Técnicos Industriais, e Lino Gilberto da Silva, diretor financeiro da MÚTUA – Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA, entregaram a placa ao palestrante pela participação no congresso.

Fonte: SINTEC-SP em Revista - Edição 154

http://www.sintecsp.org.br/Revistas/SINTEC-SP%20EM%20REVISTA%20154_pdf.pdf

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José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 03/12/2012
Reeditado em 06/12/2012
Código do texto: T4017747
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