TOM COELHO - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - EVOLUÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO E AÇÃO

De acordo com publicitário e economista, sobram retóricas e faltam ações práticas para um planeta viável pelo ponto de vista da sustentabilidade

Publicitário, economista e atual conselheiro do CONSOCIAL – Conselho Superior de Responsabilidade Social da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Tom Coelho procurou dividir sua palestra “Responsabilidade Socioambiental – Evolução, Conscientização e Ação” durante o XI CONSIG – Congresso de Sindicalismo Global, em duas etapas reflexivas: a primeira sobre a importância do tema, e a segunda sobre as ações práticas, de conscientização socioambiental, que estão ao alcance de cada indivíduo. Por meio de gráficos, além de humoradas imagens e vídeos ilustrativos, ele dissertou sobre a evolução da vida no planeta, enfatizando, principalmente, o aumento populacional e a necessidade de geração de recursos para atender mais de 7 bilhões de habitantes. “Nós levamos 1800 anos para que o planeta atingisse o primeiro bilhão de pessoas; agora, a cada 13 anos em média, a população aumenta em 1 bilhão”, afirma, salientando que, de acordo com as estatísticas e à taxa de natalidade, esse número pode chegar a 10 bilhões até 2050.

Diante disso, como alimentar tanta gente? Segundo o palestrante, que também é mestre em Gestão Integrada em Saúde no Trabalho e Meio Ambiente, a industrialização é o único caminho capaz de gerar recursos em quantidade suficiente para atender a população mundial. “Hoje, o Brasil experimenta um nível de consumo equivalente ao que os Estados Unidos experimentavam na década de 1960”, compara. No entanto, ele afirma que é o próprio consumo que mantém a economia aquecida e protegida da crise global. “Se você não compra, não é bem visto socialmente”, complementa, para depois soltar uma frase bem-humorada: “Aliás, status é comprar coisas que você não quer com o dinheiro que você não tem, para mostrar a quem você não gosta uma pessoa que você não é”, brinca.

Tom Coelho ressaltou, também, o baixo nível de reciclagem – atualmente, apenas 1% do lixo brasileiro é reaproveitado –, e o resultado, em sua opinião, frustrante da Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. “Estamos em tempos de muita retórica e poucas ações práticas”, alerta.

Como mediadores, Antonio Jorge Gomes, vice-presidente do SINTEC-RJ – Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado do Rio de Janeiro, e Luzimar Pereira da Silva, presidente do SINTEC-DF – Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Distrito Federal, entregaram a placa ao palestrante pela participação no congresso.

Fonte: SINTEC-SP em Revista - Edição 154

http://www.sintecsp.org.br/Revistas/SINTEC-SP%20EM%20REVISTA%20154_pdf.pdf

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José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 05/12/2012
Reeditado em 06/12/2012
Código do texto: T4020830
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