Nem toda a prole é capaz de sobreviver.

"Devemos ser no máximo um bilhão de pessoas e não oito bilhões de consumidores"

Darwin foi fortemente influenciado por Thomas Malthus que estava interessado no crescimento das populações humanas e escreveu sobre os fatores que restringiam definitivamente um crescimento exponencial da população humana, tais como doenças e alimento limitado. Suas ideias foram cruciais para a percepção de Darwin de que a maior parte das populações naturais produzia mais descendentes do que seus ambientes podiam suportar, de modo que apenas uma fração da prole poderia sobreviver e se reproduzir.

Os organismos autopoiéticos são capazes de produzir uma prole maior do que o ambiente é capaz de suportar. Por isso, há competição por recursos limitados em cada geração. O equilíbrio dinâmico, se dentro da banda de resiliência promove o controle qualitativo e quantitativo das espécies no ecossistema. A proteção, a preservação e a restauração natural de habitat são essenciais para a proteção da biodiversidade. Isso garante que as espécies naturais tenham locais para viver e se sustentar. O ecossistema é que se auto-sustenta. O momento em que o homem tem que ajudar na "homeostase" do ecossistema, é a evidência do limiar quantitativo do homo sapiens sapiens.

Tratamento de esgoto, antibióticos, vacinas, aterros sanitários, etc., são evidências que somos muitos! Estudos de biologia constatam que toda população que superara quantitativamente a capacidade de suporte do ecossistema, morre em seu próprio estrume. As teorias econômicas foram concebidas a partir do renascimento, período em que o homem estava na banda do limite de resiliência; o sucesso do modelo foi tal que muito o ultrapassou. Nenhuma espécie é mais invasiva que o homem, tudo é para ele. Hoje com a outridade se sabe que todas as populações têm de manter a competição por alimento e se reproduzirem e todas integram sem hierarquia qualitativa, o ecossistema.

"A vida não é assim. A evolução não tem um objetivo de longo prazo. Não existe um alvo muito distante, nenhuma perfeição final que sirva de critério de seleção, embora a vaidade humana acalente a ideia absurda de que nossa espécie é o objetivo final da evolução. Na vida real, o critério de seleção é sempre de curto prazo: a simples sobrevivência ou, de modo mais geral, o êxito reprodutivo. Se, analisando retrospectivamente, depois de muitas eras parece ter havido um progresso na direção de algum objetivo distante, trata-se sempre de uma consequência incidental da seleção de curto prazo por numerosas gerações. A seleção natural cumulativa é um "relojoeiro" cego para o futuro e sem um objetivo de longo prazo." Disse Dawkins.

O aqui e agora é o intemporal presente, mas se constata melhor que ontem, e tudo evolve e involve sem prospectar o amanhã. A vida exapta o bom para tudo e todos. A matéria viva ou não, é cega para o ontem e/ou amanhã; mas se complexa e prossegue sem causa ou mentor/Deus;  a próxima peça do quebra cabeça será por evolução cumulativa acatada, e permanecera se for útil à estrutura funcional e mental viva, de curto prazo.

Ainda assusta a não quididade de final de plano do universo, repensemos o que estruturamos com a razão - incluindo a fé e quantidade - nos adaptemos e deixemos a evolução cumulativa prosseguir, afinal ela está a15 bilhões de anos num evolvimento bom para a vida e não somente para o homem!

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 25/04/2021
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