HUMILHADOS E OFENDIDOS

Há um grande contingente de aposentados no nosso pais, dentre os quais me incluo, que estão sendo não só injustiçados, mas humilhados e ofendidos. Sem nenhuma defesa, sem solidariedade, sem que se clame por justiça para eles. Faz-se apenas silêncio, quem sabe desejando que morram logo.

Esses aposentados a que me refiro têm mais de 70 anos. A maioria percebe seus rendimentos de duas fontes. A primeira um fundo de pensão; a segunda a previdência social. A primeira, so a alegartiva de deficit atuarial, cobnra quase 30% do salário do aposentado a titulo de contribuição; a segunda só concede aumentos indecentes, abaixo do dado ao salário mínimo.

Tem mais, devido aos inúmeros compromissos e salários ínfimos, esses aposentados vivem no vermelho, empinando papagaio em cimaq de papagaio, tapando um buraco fazendo outro. Mas a via crucis não pára aí, todo ano é obrigado fazer o acerto com o leão, sempre fica na alíquota de 27,5%. Detalhe: só pode deuzir o que gasta de plano de saúde e médicos, de si próprio e da esposa, os filhos são maiores. Poderia deduzir o que paga ao fundo de pensão, mas, pasmem, há um limite de dedução, l2% dos que recebe das fontes pagadoras. Assim, às vezes pasga l9 mil e só deduz 10 ou 11. Há ainda outro ponto, só pode deduzir o valor de isenção de maior de 65 anos de uma só das fontes pagadoras, como não tem dinheiro para fazer auma popupança quando do acerto é obrigado a tirar um empréstino a juros escoochantes para pagar o imposto de renda (eu já tirei empréstimo 3 anos seguidos). Este ano vou ter que tirar outro de seis mil para alimentar a gula do leão. Pergunto: é justo quem pagou imposto de renda toda a sua vida útil de trabalhadr, continuar pagando quando se aposenta, justamente quando precisa de mais dinheiro por causa da sa´de precaria? Estou deixando de comprar remédios para pagar imposto de renda.

As ruas gritam, há manifestações, debates, passeatas, mas ninguém fala no nosso problema. Não aparece uma liderança que clame contra a humilhação e a ofensa de que somos vítimas. Estamos num corredor da morde com muita gente torcendo por nossa execuação, ou seja, para que morramos e deixemos de ser um peso para os cofres públicos. Ah, Brasil, que país ingrato.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 01/04/2015
Código do texto: T5191444
Classificação de conteúdo: seguro