MIGUEL MORALES - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA AMÉRICA LATINA
Presidente da OITEC-Internacional defende mais participação das empresas, junto às escolas técnicas, para melhorar a qualificação profissional
A América Latina é a região mais urbanizada do mundo; ou seja, cerca de 80% da população vive nas cidades – no Brasil a porcentagem chega a 86,53%. No entanto, desde 2000 que o crescimento médio anual tem sido inferior a 2%, índice considerado normal de acordo com relatório divulgado em agosto pela ONU – Organização das Nações Unidas. Com uma população beirando os 600 milhões – quase 1/3 de brasileiros –, a desigualdade social ainda é grande, assim como escassas, em muitos países, as boas oportunidades de emprego. Nesse contexto, graças às escolas técnicas, o Brasil pode ser considerado exemplo a ser seguido, uma vez que, comprovadamente, os cursos técnicos são o caminho mais curto para o mercado de trabalho. E foi justamente a “Educação Profissional na América Latina” o tema da palestra de Miguel Morales, presidente da OITEC – Organização Internacional de Técnicos e deputado provincial de Jujuy, Argentina, durante o XI CONSIG – Congresso de Sindicalismo Global. “A educação técnica é vital para a América Latina, e a base central do crescimento em nossas atividades”, afirma. Porém, para ele as empresas devem estar comprometidas em criar condições e oportunidades, junto às escolas, para a melhoria da qualificação profissional. “De que adianta uma boa escola técnica se o aluno não tem o que necessita de uma empresa para se tornar um bom profissional?”, questiona, enfatizando que a correlatividade entre empresários e instituições de ensino permite que a diversificação da educação apresente, realmente, objetivos claros.
Miguel Morales, que também preside a FACEPT – Federación Argentina de Colegios Profesionales y Entidades de Técnicos, cobrou, ainda, comprometimento por parte de professores, alunos e dirigentes de instituições relacionadas à atividade e ao ensino técnico para que a educação se torne cada vez mais forte, sustentável e, fundamentalmente, construtiva. “Nos países mais avançados da América, entre eles o Brasil, a tecnificação tem avançado fortemente, não somente com as empresas se equipando melhor como também requerendo homens e mulheres mais capacitados”, acrescenta.
José Casco e Luis Amêndola, representando respectivamente a OITEC-Uruguai e a OITEC-Argentina, foram os mediadores e responsáveis por entregar a placa pela participação no congresso ao palestrante.
Fonte: SINTEC-SP em Revista - Edição 154
http://www.sintecsp.org.br/Revistas/SINTEC-SP%20EM%20REVISTA%20154_pdf.pdf
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JDM