50 TONTOS DE CINZA

Ao primeiro momento o leitor terá a impressão de que leu errado e ou o autor de início já cometeu um engano. Nada disso, não se trata de engano o título é esse mesmo 50 Tontos de Cinza.

Em todas as áreas a cor tem sua importância ou significado. No transito, vermelho, verde e amarelo. Na cromoterapia cada cor sua finalidade. Na arte o branco simboliza a pureza, o vermelho o amor, amarelo esperança, o preto a dor o infortúnio. Isso posto percebemos que em todas as áreas cada cor se encaixa em seu contexto, mas o cinza não tem guarida em local algum. O que é o cinza? Pode ser um branco sujo ou preto desbotado, não tem uma definição ou finalidade.

Fazendo uma analogia percebemos que o mesmo ocorre com ( a massa cinzenta) cérebro de alguns brasileirinhos, enquanto uns são portadores de mentes coloridas, aberta ao diálogo, compreensão, aceitação, encontraremos outros de mentalidade cinza, carregada de ódio, racismo, preconceito, inaceitação dos demais, intolerância, mas, acima de tudo mentes fechadas, incapaz de ver o óbvio.

O brasileiro em sua maioria é o povo que menos domina uma segunda língua, aliás, nem a sua língua pátria quanto as demais. O “brasileirinho” faz questão de aprender algumas palavras desconectadas e, acredita se expressar em duas línguas, quando na verdade é ignorante nas duas. Mal consegue ultrapassar o “the book is on de table” e acredita ser uma pessoa culta.

Em terras tupiniquins virilizou uma enxurrada de palavras americanizadas, em sua maioria desconhecida da grande massa, o fato de ser uma palavra importada aparenta trazer credibilidade ou conferir status a uma mercadoria grosseira, imitação barata, as denominadas ching ling . Palavras como aluga-se, entrega a domicílio, liquidação e uma infinidade de outras mais, atrai o brasileirinho como formiga no mel se estiver expressa em inglês. A babaquice ganha tal vulto que se a mídia colocar em evidência alguma moléstia com nome americanizado, o filho de Curupira vai desejar ser contaminado.

Por época da colonização no início do século XIX D. Maria I, ( A louca ) rainha de Portugal, proibiu toda e qualquer manufatura em solo brasileiro, era permitido apenas tecelagens para tecidos de pouca qualidade, portanto todo produto mais elaborado o Brasil tinha de comprar de Portugal, essa atitude insana da rainha contribuiu para que nossa industrialização não tivesse chance de se desenvolver e, incutiu na mente do brasileirinho que o que fosse fabricado aqui não tinha valor, o produto importado era melhor. Inconscientemente passamos a desprestigiar o que é nosso e agregar valor a tudo que for importado. Na baila do que é bom vem de fora, fomos invadidos por uma série de modismos perniciosos em todas as áreas, porém é na musica e dança onde mais se apresenta essa distorção. Acredito que mencionar pichação é desnecessário. Pasmem os que a esse texto esta lendo, em época não muito distante um homem para estar bem vestido precisava trajar um terno de casimira inglesa, extremamente quente, em um país tropical.

Olhando por esse prisma, nosso brasileirinho não precisa ser objeto de longos estudos para chegar-se a uma conclusão. Infelizmente somos um povo de cabresto em sua imensa maioria, precisamos estar atrelados, amarrados, amordaçados, por uma elite que nos domina facilmente, fato esse por motivos da nossa educação ser de péssima qualidade. Os alunos vão sendo “empurrados” de um ano para o outro, sem nada saber, o professor por sua vez não tem condições de dar uma atenção individualizada a um aluno com dificuldades e acima de tudo que não se interessa em aprender, o problema do analfabeto escolarizado tende a aumentar. Não está muito distante em que o ensino Público no Estado de São Paulo era muito bom, entrou em decadência vertiginosa a partir de 1996 com a eleição do Sr. Mario Covas.

Para não me alongar muito, notamos que nosso brasileirinho passa o tempo todo gritando gool, ouvindo musicas de qualidade duvidosa, qualquer tentativa de tirar o indivíduo de sua miserável condição é inócua, pelo fato do cidadão nem se quer se aperceber de sua condição de ameba. Ao prosseguirmos com essa carroça vazia que faz muito barulho e nada transporta, encontraremos certamente em uma rodinha de pessoas onde 10 não entende nada de futebol, outros 10 nada de economia, mais 10 totalmente alienado de política, 10 não tem a menor idéia do que é educação, 10 nem se quer sabe quais são seus deveres e direito. Totalizando os 50 nem se deram conta de que com essas atitudes e da forma como estão sendo manipulados, estão destruindo a base da sociedade que é a família. Esses 50 Tontos de Cinza são como a cor que os rotula, sem vida, sem nexo, sem um norte, perambulam como zumbis. Esquecem que há uma máxima infalível, um ponto em comum entre eles, “todo bobo, pensa que é esperto”.

12/01/2018