FANTOCHES – AÇÃO EDUCATIVA E LÚDICA QUE ATUA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

FANTOCHES – AÇÃO EDUCATIVA E LÚDICA QUE ATUA NA EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

Nilvana Tereza da Silva Koppe

Educadora Ambiental

Bacharel em Psicologia

Licenciada em Ciências Biológicas

Pós graduada em Gestão Ambiental

Este Projeto tem a intenção de propor e apresentar o teatro de fantoches como estratégia da educação ambiental através da ação educativa lúdica a fim de sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar sobre os Programas Ambientais desenvolvidos pela ¹ ESGA (Empresa de Supervisão e Gerenciamento Ambiental), bem como promover e ampliar discussões sobre as relações harmônicas e de sustentabilidade no lugar onde se vive e consequentemente com o Planeta.

OBJETIVOS

Sensibilizar a população escolar dos municípios afetados diretamente pelo empreendimento (duplicação da Rodovia BR-101 Sul trecho entre Palhoça SC e Osório RS) para atuação efetiva quanto aos problemas ambientais que vivenciam relacionados ao impacto da obra (PBA, 2005 P.28);

Levar ao conhecimento da comunidade escolar os Programas Ambientais desenvolvidos pela ESGA;

Possibilitar que as questões ambientais globais sejam vinculadas à realidade cotidiana, facilitando a compreensão dos problemas e a intervenção do público envolvido (et seq.)

Introduzir e reforçar através desta estratégia de ação, noções de preservação ambiental que venham a contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais (et seq.).

JUSTIFICATIVA

Considerando a educação ambiental um dos instrumentos de gestão ambiental para a materialização da visão do desenvolvimento sustentável e também segundo o Plano Básico Ambiental - PBA (2005) que reforça, “calcado na construção de um saber ambiental com o reconhecimento do saber local”.

A utilização de fantoches como estratégia na educação ambiental tende a promover a participação de todos os presentes (pais, alunos, professores), enfatizando as atitudes que influenciam no desenrolar das peças, fazendo com que o “feedback” seja imediato, mostrando com isso que os alunos realmente absorveram a mensagem retransmitindo-a em casa, no bairro, enfim, transformando-os em futuros agentes multiplicadores o que demandará alguma forma de sensibilização ambiental;

Considerando que os objetivos deste Projeto Educativo corroboram com os objetivos do Plano Básico Ambiental (2005) ao enfatizar que “o Programa de Educação Ambiental (ESGA) visa desenvolver trabalho educativo para professores da rede de ensino público estadual e dos municípios integrantes da área de influência e torná-los agentes multiplicadores da ação ambiental junto ao contingente escolar” justifica-se o investimento no Teatro de Fantoches e seu desenvolvimento como estratégia em educação ambiental.

Segundo os autores Guerra, Sibrão e Gusmão (2011) há estudos em relação ao teatro de fantoches onde demonstram que as crianças vivenciam a fantasia dos bonecos trazendo para seu cotidiano escolar, algumas atitudes e posturas de ética e cidadania ao cobrar do colega que não jogue lixo no chão, que haja mais solidariedade entre eles e principalmente o comprometimento e respeito com o meio ambiente onde vivem.

Morar ou estar em algum lugar significa mais do que simplesmente pertencer a este lugar, é também compartilhar as energias vivas que envolvem o ambiente sem esgotá-las. Esta relação de amor e troca com este ambiente que respira se reproduz e se modifica pode ser ensinada e transmitida através dos contos e aprendida pelas crianças utilizando os personagens infantis, neste caso os bonecos de fantoches.

O teatro, em sua forma abrange a construção do saber e o do fazer coletivo e isso possibilita o desenvolvimento pessoal não apenas no campo da educação não-formal, mas permite ampliar, entre outras coisas, o senso crítico e o exercício da cidadania (Ladeira e Caldas, 1993).

A educação ambiental desenvolvida pela ESGA propõe utilizar esta estratégia numa ação educativa para mudar comportamentos, orientar para novos hábitos e dentro do contexto local, educar e conscientizar para a segurança e valorização da vida.

Piaget (1997) menciona o uso de práticas lúdicas com crianças dizendo que esse processo é válido quando bem aplicado, pois além do lazer o lúdico é um método de desenvolvimento intelectual.

Autores como Amaral, Coutney, Reverbel, Ladeira e Caldas, (apud GUERRA, 2011), dentre outros, confirmam que o teatro de bonecos na escola pode proporcionar ao aluno uma rica e significativa experiência, podendo abrir caminhos para as descobertas e a exploração do mundo que o rodeia.

De acordo com Galvão (1996), “As crianças parecem receber bem melhor e armazenar com mais facilidade as imagens, quando são apresentadas através de algo que as encante emocionalmente como é o caso do Teatro de Bonecos”.

MATERIAL E MÉTODOS

Poderá ser utilizada uma metodologia do tipo lúdico-participativa, ou seja, os alunos não apenas assistem a apresentação, mas participam dela com suas opiniões e falas espontâneas. Como já conhecemos um pouco da realidade das escolas, e no momento o propósito é divulgar os Programas Ambientais que são desenvolvidos pela ESGA, bem como divulgar a obra e a conscientização e educação no trânsito, a equipe planejará, o tema da peça, e o conteúdo a ser apresentado. É possível produzir uma história educativa como roteiro. Em seguida, escolhem-se os bonecos/personagens, confeccionados que a princípio são três (3): uma menina, um menino e um Quati.

Sugere-se que não haja falas definitivas a serem decoradas, pois estas podem mudar de acordo com a reação dos alunos no decorrer da apresentação da peça. O local, onde serão feitas as apresentações, podem exercer forte influência no desenvolvimento das peças. Se for possível a sala deve ser adequada com iluminação e acústica favorável, caso contrário é necessário improvisar. No final das apresentações se for possível fazer uma confraternização para que se possa avaliar o efeito da peça no comportamento dos presentes, esse momento. Anteriormente se planejará com os professores que haja continuidade do tema a fim de ter eficácia a ação na modificação do comportamento dos alunos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A equipe de Educação Ambiental da ESGA tem a meta de alcançar e cumprir com os objetivos propostos pelo PBA em consonância com os propósitos estabelecidos pela UNESCO. Uma vez que as ações educativas estão sendo realizadas na esfera escolar, é necessário desenvolver ações em consenso ao propósito da escola que visa preparar cidadãos, conscientizando-os para a sua cidadania, porém, segundo FREIRE (1987), “Não existe uma consciência antes e um mundo depois e nem vice-versa, pois a intencionalidade da consciência humana não morre na espessura de um envoltório sem reverso. Ela tem dimensão sempre maior que os horizontes que a circundam.”

Segundo este prisma, a escola sozinha não pode conscientizar. Segundo Souza e Guerra (2003), “A conscientização é um processo pessoal, portanto não pode ser imposto e acontecer de fora para dentro. Para que este processo aconteça, e até se torne mais rápido, é preciso que todos participem dele para promoverem a sensibilização, processo inicial, externo que desencadeia a conscientização.”

Corroborando esta ideia, a UNESCO, órgão das Nações Unidas para a Educação, ergueu quatro pilares para orientar a educação e o papel da escola para este século.

São eles:

1º - Aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão;

2º - Aprender a fazer: poder agir sobre o meio envolvente;

3º - Aprender a viver juntos: cooperar com outros em todas as

atividades humanas e

4º - Aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes (Delors, 1999).

A Educação Ambiental se encaixa aí perfeitamente, pois deve ser um instrumento de sensibilização e capacitação do ser humano em relação à temática ambiental e, o uso do lúdico através de diversas atividades auxilia no desenvolvimento de atitudes ambientalmente responsáveis desde a mais tenra idade, no caso, dos seis aos dez anos, com o objetivo de apoiar a formação de uma consciência ambiental crítica que leve a mudanças de comportamentos e atitudes.

Este projeto de educação ambiental será desenvolvido com os alunos das escolas públicas de ensino fundamental do estado de Santa Catarina no trecho sul entre Palhoça e Passo de Torres, lindeiras a duplicação da Rodovia BR-101 Sul. Poderão ser desenvolvidos primeiramente, jogos para sensibilizar, conscientizar e oficinas de desenho e pintura para confecção de um painel que ficará na escola.

A análise do desenrolar e do resultado final deverá mostrar que, além de serem atividades individuais, elas podem levar a um sentimento coletivo posterior em relação ao tema trabalhado. A atividade educativa com os fantoches pode semear a construção de um teatro permanente na escola onde estes poderão ser confeccionados com materiais alternativos, no caso, meias de futebol, papel, bolas etc.

É importante que cada peça e cada boneco e, depois cada personagem que for surgindo, vá criando forma, ou melhor, criando vida.

Segundo Galvão,1996 (apud GUERRA 2012), “Só confeccionar o boneco não é criá-lo, pois a criação só se dá por completo, quando o boneco recebe vida, através da manipulação e expressão verbal”.

Desde as reuniões de criação inicial até o nascimento de mais um boneco personagem ocorre um processo conceptivo lento e, às vezes, trabalhoso. Ainda segundo o mesmo autor, “O boneco, depois de pronto, não deve ser julgado por nossos padrões de beleza, cor ou proporção”.

No decorrer das apresentações, em momento algum deve ser mencionado que a atitude de um ou outro boneco/personagem estava correta ou não. Os alunos devem ver e vivenciar juntamente com eles as conseqüências dos seus atos e depois decidir se devem seguir as atitudes deste ou daquele personagem. E isso certamente será demonstrado através de suas reações, que podem ser as mais diversas possíveis, variando desde expressões de raiva ou alegria e gritos, até a intervenção física junto a algum personagem num momento em que este pede socorro, por exemplo.

O intuito é de que os alunos aprendam com as atitudes dos personagens como se fossem as suas. Essa metodologia poderá ser desenvolvida com o propósito de promover um tipo de educação diferente da tradicional que utiliza apenas, o caderno, o lápis, o quadro-negro e o giz e, segundo Piletti (1993), “[...] trata-se de um tipo de aprendizagem afetiva ou emocional, que diz respeito aos sentimentos e emoções dos alunos...”.

Quanto as mensagens, é preciso que sejam de forma engraçada, simples e diretamente relacionadas com a realidade dos alunos. Também podemos contar com canções adaptadas para que se torne cada vez mais fácil e agradável, adquirir conhecimentos sobre o ambiente e sobre como deveria ser a nossa relação com ele.

Apesar de haver um roteiro básico como guia a ser seguido, as falas e o comportamento de cada personagem podem ser diferentes de acordo com a reação dos espectadores. A eficiência da peça pode diminuir e por outro lado pode permitir a abertura para novas possibilidades, novas abordagens, sob o enfoque do aluno.

A equipe poderá oportunizar momentos de participação com o boneco, afinal no imaginário infantil, o boneco é um ser como ele, está vivo.

Borba Filho (apud GUERRA 2011) cita:

“O boneco tem vida, ele é um ser misterioso, feito às vezes à nossa imagem e semelhança, mas de qualquer forma cria uma tela sobre a qual podemos construir um mundo. Alguns especialistas no assunto dizem que o simples boneco mudo veste no espetáculo, transforma-se de ser passivo, dependente, obediente às nossas mãos, em uma criatura de vida própria e atuante, porque, em nossa condição de espectadores, colocamo-nos em face do inesperado.”

Os bonecos e as crianças dessa forma, através do conto e da imaginação vivenciam situações reais do seu dia a dia e sensibilizados para os problemas ambientais transformam-se em agentes multiplicadores da nossa mensagem.

Os temas podem ser variados de acordo com a mensagem proposta, lixo, reciclagem, meio ambiente, segurança, educação, enfim, é possível abordar temas e conteúdos curriculares.

O teatro de bonecos concentra a atenção e leva ao aprendizado, pois todas as funções da mente se voltam para o palco porque a todo segundo ele é chamado a participar da peça e com isso cria, vivencia e modifica comportamentos antes não adequados.

Tendo o teatro a função de divertir instruindo didaticamente é possível verificar instantaneamente seu resultado (feedback) através da reação dos participante.

As peças a princípio serão apresentadas de acordo com a agenda determinada entre a escola e a equipe de educação ambiental. O texto poderá sofrer modificações uma vez em cada escola, atendendo a alguma peculiaridade relevante, no caso, em lotes onde já está concluída a duplicação do trecho será enfatizado elemento importantes da obra e em outros trechos a questão da segurança no trânsito e nas travessias.

Sendo que o objetivo da educação ambiental é oportunizar que haja mudança de atitudes, hábitos e consequentemente os comportamentos, as mensagens da E.A. certamente contribuirão na formação de um cidadão responsável e capaz de buscar melhor qualidade de vida conservando seu ambiente.

A equipe de E.A. da ESGA passará as mensagens pelos fantoches e os professores poderão dar continuidade ao tema em sala de aula para que aconteça o real processo de aprendizagem. Serão os próprios professores a observar se este elo entre o aprender as coisas sérias de maneira séria e aprender as coisas sérias através do lúdico que está sendo transmitido está sendo realmente aprendido.

O valor intrínseco desta metodologia, de ensinar e aprender com diversão e arte, desenvolve os níveis cognitivo, afetivo e motor e o recomenda nas atividades pedagógicas (Palhano, 2001).

Para melhor avaliarmos este processo contínuo de ensino aprendizagem contaremos com as observações e avaliações dos professores além das nossas próprias observações.

No final de cada atividade nas escolas, será solicitado aos professores, que façam a sua avaliação respondendo um questionário. Estas respostas irão referenciar a continuidade ou alterações de metodologia deste trabalho caso haja necessidade.

As perguntas para este questionário serão elaboradas a partir das primeiras atividades dando enfoque aos objetivos do projeto em acordo com os objetivos do Programa Ambiental citado no Plano Ambiental Básico do Consórcio responsável pela Supervisão e Gerenciamento Ambiental da Duplicação da BR-101 Sul.

A partir do depoimento dos professores poderemos confirmar na prática se esta atividade lúdica que por hora é proposta é sem dúvida ação educativa eficiente para atingir o objetivo da E.A. que é o de modificar comportamentos contribuindo na formação de um sujeito crítico e participativo no meio ambiente ao qual está inserido.

A análise destes dados nos possibilitará verificar se alcançamos com êxito os objetivos deste Projeto e consequentemente do Programa Ambiental.

Aqui cabe novamente citar o importante educador FREIRE (1998, p.29):

“Nas condições da verdadeira aprendizagem, os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Só assim, podemos falar realmente do saber ensinado, em que o objeto ensinado é aprendido na sua razão de ser e, portanto, aprendido pelos educandos.”

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo para apresentação deste projeto revela que a criança também aprende brincando uma vez que se entrega às atividades de maneira curiosa e criativa, participando e construindo o conhecimento juntamente com o lúdico oferecido e seus pares.

A atividade lúdica proposta neste projeto poderá ser muito eficiente para a sensibilização da população, principalmente escolar, no que diz respeito aos temas abordados pela Educação Ambiental desenvolvida pelos educadores da ESGA.

O teatro de fantoches pode também se tornar um instrumento de grande valia se for entendido pela direção das escolas enquanto prática continuada, apostando na filosofia da formação continuada do indivíduo.

Espera-se que o fantoche através do teatro possa ser usado como metodologia de ensino, a fim de abordar a Educação Ambiental, de forma lúdica e divertida entrando em sintonia com o cotidiano do educando e do educador.

“Conte-me alguma coisa e eu não me lembrarei. Mostre-me alguma coisa e me lembrarei vagamente. Envolva-me em alguma coisa e compreenderei.”

Confúcio (apud Grisi, 2000).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DELORS, J. 1999. Educação – Um tesouro a descobrir. Cortez, MEC/UNESCO, São Paulo.

FREIRE, P. 1987. Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra, Rio de Janeiro. ______ . 1998. Pedagogia da Autonomia. Paz e Terra, Rio de Janeiro.

GRISI, B. 2000. Glossário de Ecologia e Ciências Ambientais.Disponível em > http://www.em.ufop.br/ceamb/petamb/cariboost_files/glossario_20de_20ecologia_20e_20ciencias_20ambientais.pdf> Acesso em mar.2012..

GUERRA, R. A. T. 1999. Educação Ambiental para um futuro melhor. Relatório das atividades desenvolvidas. Disponível em >http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1196&class=02> Acesso em mar. 2012.

GUERRA, Rafael; GUSMÃO, Christiane; SIBRÃO, Edgard. TEATRO DE FANTOCHES: Uma Estratégia em Educação Ambiental. Trabalho Acadêmico de Ciências Biológicas - Depto Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Disponível em >http://www.mudin.net/more-teatro-de-fantoches-uma-estrat201gia-em-educa199195o-ambiental-2444.html>. Acesso em Dez. 2011.

LADEIRA, I. & CALDAS, S. 1993. Fantoches & Cia. http://www.am.unisal.br/pos/stricto- Disponível em >educacao/coloquio/2009/trab_completo_files/Fantoches%20na%20Educacao%20Infantil.pd> Acesso em Fev.2012.

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PALHANO, R. R. 2001. Teatro de bonecos. Disponível em > http://www.eltheatro.com/teatro13.htm> Acesso em mar.2012.

PIAGET, J. 1997. Seis estudos de Psicologia. Disponível em >http://pt.scribd.com/doc/2489874/Resenha-Seis-Estudos-de-Psicologia>. Acesso em Fev. 2012.

PILETTI, C. 1993. Didática Geral. Ática, São Paulo.

1.Consórcio Concremat-Tecnosolo-CNEC, denominado de Empresa de Supervisão e erenciamento Ambiental – ESGA, contratado pelo DNIT para a prestaçãode serviços de apoio e assessoria à Coordenação Geral de Meio Ambiente – CGMAB

Vento de Outono
Enviado por Vento de Outono em 20/06/2019
Reeditado em 20/06/2019
Código do texto: T6677311
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