Educação – Reflexões acadêmicas - Interculturalidade

Conceito:

Veremos dez conceitos estudados sobre o tema, para que seja melhor entendido o sentido da multiculturalidade, que ocorre em diferentes culturas, compartilhando um mesmo espaço geográfico, num mesmo tempo. Por exemplo:

- Movimentos migratórios: deslocamento de população de alguns lugares para outro. Recebe distintos nomes conforme o fenômeno implique perda de população para um determinado país (emigração) ou aumento dessa população no país de chegada (imigração).

- Oscilações: as denominadas oscilações são movimentos migratórios que se caracterizam por terem um ritmo repetitivo, por serem de curta duração e por não provocarem desarraigo profundo na população a que afetam.

- Teorias do comércio internacional: em um mundo aberto à concorrência perfeita, a emigração do trabalho pode servir para eliminar os desequilíbrios econômicos entre os distintos países. A premissa fundamental é a de que os fatores produtivos, o trabalho em nosso caso, sempre terão lugar naqueles lugares onde estejam melhor remunerados. O modelo também envolve a flexibilidade de salários, visando-se garantir o pleno emprego.

- Pressão migratória: situação na qual um país não é capaz de absorver um determinado volume de recursos humanos, tendendo esses recursos a se dirigirem para países ou zonas mais aliviadas demograficamente.

- Redes sociais de imigrantes: são comunidades (institucionalizadas ou não) que

proporcionam o quadro mais favorável ao assentamento de novos imigrantes e às

reagrupações familiares. Sua função é transmitir informação a seu país de origem, ao mesmo tempo que procurando reduzir os custos desse assentamento e buscando emprego para os compatriotas que decidam emigrar.

- Teorias do crescimento econômico: em toda sociedade existiria uma grande classe trabalhadora cujos salários se situariam à margem da subsistência. Partindo dessa ideia, os teóricos clássicos concebem uma aproximação teórica que considera os aspectos meramente econômicos para explicarem os fenômenos migratórios; para eles, a variável população é endógena e depende do ritmo de acumulação do capital. Ou seja, o aumento do capital traz consigo um aumento salarial que incide no bem-estar e que gera aumentos demográficos até que os salários voltem a cair, como ao princípio, até um nível de subsistência.

- O modelo neoclássico de crescimento: concebe a população como uma variável exógena (não endógena, como no modelo clássico). É o reconhecimento da intervenção de um amplo conjunto de fatores, incluídos muitos de caráter não-econômico, na caracterização dos movimentos populacionais e migratórios. Há, portanto, uma concepção desses movimentos muito mais complexa que no modelo anterior.

- Propensão a emigrar: aplica-se ao comportamento dos indivíduos e tenta explicar por que sob algumas condições as pessoas emigram e sob outras não.

- Potencial migratório: produz-se basicamente quando a população ativa supera a oferta de trabalho e o nível de vida não é elevado. Esse potencial se converterá em fluxo migratório apenas caso existindo uma propensão a emigrar em função dos fatores mencionados.

- Modelo mercado de trabalho baseado no fluxo de gerações: explica-se a partir de

situações de desequilíbrio. Quando a população que se incorpora ao mercado de trabalho é maior ou menor que aquela que o abandona, será necessário, para restaurar o equilíbrio, que trabalhadores nacionais dirijam-se ao exterior ou que trabalhadores estrangeiros se incorporem à força de trabalho nacional.

Mudanças sociais e imigração

As imigrações começaram desde a primeira Guerra Mundial e nunca vão parar. Alguns fatores que levam à imigração: Crescimento econômico, em busca de melhores salário;

Em busca da concorrência perfeita; mas os que mais caracterizam a pressão migratória são:

a) Crescimento da população ativa, com a redução da oferta e empregos;

b) Diferenças entre países, tanto da renda per capita, quando da proteção social;

c) O encurtamento das distâncias entre países, o que favorece a melhor facilidade de deslocamentos com os transportes disponíveis.

A propensão a emigrar se aplica ao comportamento dos indivíduos e tenta explicar por que sob algumas condições as pessoas emigram e sob outras não. Os fatores que influem para a propensão a emigrar:

1. Diferenças salariais entre países.

2. Nível de renda per capita.

3. Probabilidade de encontrar emprego no país de destino.

4. Distância física e/ou cultural entre países.

5. Número de imigrantes da mesma nacionalidade no país de destino, ou, em termos sociológicos, a existência ou não de redes sociais.

6. A importância das relações econômicas, políticas, culturais, entre os países de emissão e de recepção.

7. O grau de aceitação social do imigrante no país de destino, representado por exemplo pelas barreiras legais à imigração. O potencial migratório, como visto, verifica-se basicamente quando a população ativa supera a oferta de trabalho, não sendo o nível de vida elevado. Esse potencial se converterá em fluxo migratório apenas caso se verificando a propensão para emigrar em função dos fatores mencionados.

A função das redes sociais na imigração

A função das redes sociais na imigração, na teoria sociológica propiciam o quadro mais favorável ao assentamento de novos imigrantes e familiares. Sua função é transmitir informações a seu país de origem, possibilitando a chegada de novos compatriotas para aquele local, em busca de trabalho também.

As redes sociais, em forma de comunidades (institucionalizadas ou não), proporcionam um quadro mais favorável ao assentamento de novos imigrantes e às reagrupações familiares. Sua função é a de transmitir informação para seu país de origem, ao mesmo tempo que reduzem os custos com o assentamento e que favorecem o encontro de emprego para os compatriotas que decidam emigrar. Isso explica por que há uma especialização na imigração, fundamentalmente em função do território e da origem cultural.

Ou seja, por que cidadãos de determinados países ou regiões sempre emigram para um mesmo destino.

Os fundamentos teóricos da educação intercultural

Ser multicultural participar de um espaço e tempo em convívio com vários tipos de cultura, respeitando a sua diversidade.

A educação intercultural é uma ação educativa que trata de atender as necessidades culturais, tanto privadas como públicas, afetivas e cognitivas dos grupos e dos indivíduos de todos os grupos étnicos em uma sociedade, buscando paralelamente promover a paridade de alcances educacionais entre grupos e entre indivíduos, o respeito e a tolerância mútuos, o que exige, em sua concreção social, a paridade de direitos e oportunidades educacionais e vitais a todos os membros de uma sociedade.

Conflito cultural: será percebido quando grupos de diferentes pontos de vista etnocêntricos são submetidos a sentimentos de depressão, marginalidade e alinhamento, sendo necessário buscar algumas soluções através da educação.