O caso Edmundo: o que dá pra rir dá pra chorar

Dias atrás, quando Edmundo foi preso pela polícia aqui em SP, o humorista Tutty Vasques publicou uma nota no Estadão que começava assim: “A polícia fala em ‘denúncia anônima’, mas o principal suspeito pela delação do ex-jogador Edmundo é o jornalista Milton Neves, que, via Twitter, alertou os homens da lei: “Como alguém que mora em São Paulo pode estar escondido no Rio?”

Milton Neves levou a sério, respondeu em seu blog e até mandou uma carta para o colunista, pedindo retratação:

“Há tremendos equívocos em sua nota publicada sobre meu parceiro Edmundo, a quem teria ‘delatado’. Pelo amor de Deus! Somos amigos, muito amigos, ele tem sido ótimo na Band, ficou amigo inclusive de meus filhos na África do Sul… Peço considerar e retificar.  Abraços, Milton Neves”.

O delicado assunto do acidente provocado por Edmundo em 1995 foi tratado como notícia pela Band, sem sensacionalismo. O ex-jogador, como se sabe, é comentarista da casa. Na quarta-feira, após conseguir o habeas corpus, teve participação emocionada no Jogo Aberto, ao lado de Renata Fan,  e falou com franqueza e objetividade sobre o esse seu problema pessoal. Quanto a Tutty Vasques, é um dos melhores humoristas do país. É dificil brincar com um tema tão sério como este, mas Milton Neves não entendeu o espírito da coisa. Aliás, Tutty Vasques nem existe. É um personagem criado pelo jornalista Alfredo Ribeiro, que faz críticas bem-humoradas (as vezes ácidas) sobre o cotidiano. Tanto que não perdeu a piada ao responder à carta do Miltão:

“O Milton Neves não sabe, mas eu acho ele divertidíssimo! Adoro quando inventa histórias inacreditáveis sobre o Ricardo Boechat, na BandNews. Queria tanto que a recíproca fosse verdadeira…! Descobri hoje que ele acha que eu falo sério.Tô frustradíssimo! Fazer o quê, né?”