Felipão no lugar de Mano. É isto que a CBF quer

Mano Menezes é um sujeito inteligente e não pode levar ao pé da letra a declaração de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, logo após a derrota do Brasil para a Alemanha, na semana passada, dando-lhe garantias de permanência no comando da seleção:

“Prefiro a realidade, ainda que dura, à ilusão de vitórias sem consistência e que possam se traduzir em perdas ainda maiores no futuro. O trabalho segue com toda a confiança da CBF”, afirmou Teixeira, por meio de um comunicado oficial publicado no site da entidade.

O que está sendo articulado nos bastidores é a volta de Luiz Felipe Scolari, a exemplo do que aconteceu em 2002, como “salvador da pátria”. Coincidência ou não, Felipão falou esta semana, pela primeira vez, da possibilidade de sair do Palmeiras. Aproveitou a derrota para o Vasco para dar um sinal: “Tem duas situações no futebol: técnico muda jogador e direção muda técnico”.

Ou seja, se o Palmeiras estiver mesmo a fim de livrar-se dele, o momento é este. Felipão tem mais bagagem e mais representatividade do que Mano Menezes. De qualquer forma, caso venha mesmo a assumir de novo a seleção, nada pode garantir também a sua permanência até a Copa de 2014.

Todos podem ser descartáveis na CBF. Exceto o próprio Teixeira, naturalmente.

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