CORRIDA DE RUA, FEBRE, LUCROS, LESÕES E CONDICIONAMENTO FÍSICO, REFLEXÃO SEM CULPA.
 
          Todo fim de semana, milhares de corredores toma as ruas das cidades brasileiras para treinar, competir e ajudar a movimentar um mercado milionário. Praticantes de uma modalidade que cresce a cada ano, a corrida de rua, eles conseguem conciliar uma rotina de trabalho com a prática da corrida de rua. São diversas as corridas de rua, estilos, medidas, horários e regras diferentes. Essa difusão de modalidade esportiva colocou em evidência um filão pouco explorado no país. Hoje, empresas movimentam mais de R$ 3 bilhões por ano só com provas, sem contar assessorias, produtos e turismo ligados à atividade física.
          Os movimentos nas pistas, parques e avenidas dá uma ideia de como a corrida de rua ganhou adeptos em todo país ao longo dos últimos anos. Mas é no gramado, especialmente nos sábados de sol, que se percebe como o segundo esporte mais praticado no país, atrás apenas do futebol, também criou muitos negócios rentáveis. É nele que se multiplicam os acessórios esportivos, barracas, guarda-sóis, bebidas energéticas, alimentos naturais, clubes e assessorias esportivas, treinadores, qualificadas ou não, ex-corredores utilizando de sua experiência empírica para ensinar praticantes – parte de um mercado cuja receita estimada só com provas é de mais de R$ 3 bilhões anuais.
 
O que é preciso para começar a correr:
          Essencial mesmo para começar a correr, dizem os treinadores e experientes corredores, é um bom tênis. Mas as lojas especializadas oferecem uma infinidade de acessórios e equipamentos de encher os olhos dos praticantes de corridas de rua. A variação de preços também é grande. Na maioria dos casos, há opções para todos os bolsos.
         Veja uma lista básica recomendada por incentivadores que ajudam os empresários a encherem o bolso com a febre das corridas de rua:
Boné - de R$ 39,90 a R$ 74,90
Óculos - de R$ 149,90 a R$ 719,90
Camisetas com tecidos adequado - de R$ 49,90 a R$ 169,90
Monitor cardíaco - de R$ 269,90 a R$ 3.799,90
Shorts - de R$ 56,90 a R$ 119,90
Gel repositor de energia (para treinos mais longos) - de R$ 1,50 a R$ 5,00
Meia - de R$ 11,90 a R$ 34,90
Tênis - R$ 199,90 até R$ 800,00
Corredor gasta até R$ 1 mil por mês
          Tem muita gente sendo atacado por essa febre e trocando as chuteiras pelo tênis de corrida. Começando a percorrer ruas perfazendo centenas, ou milhares, de quilômetros em treinos e provas, entre elas, maratonas.
 
Muitas provas dão ideia da expansão
         O número de provas que acontecem no país, de trechos de 5km, 10km a maratonas de 42,195km, dão uma boa noção de como o mercado cresceu e, principalmente, evoluiu. Só em São Paulo, são realizadas três provas regulamentadas, em média, por fim de semana, segundo estimativa de assessorias esportivas.
         A estimativa de entidades sem fins lucrativos com até 245 mil atletas cadastrados. Somam-se ainda a este número outros bilhões de reais referentes às assessorias, à venda de artigos esportivos, suplementos alimentares e até ao turismo (para participar das provas). Pelos cálculos, o Brasil tem hoje mais de 4 milhões de corredores e a receita gerada pelo esporte vem crescendo entre 20% e 30% ao longo dos últimos anos.
          O número de corredores cadastrados em certas prefeituras, hoje em média de cerca de 10 mil pessoas, mostra que o fenômeno também corre a passos largos. A exemplo de uma primeira prova, organizada há 14 anos, teve 192 pessoas inscritas. Na do ano passado, foram mais de 2 mil corredores. “Há seis anos, uma prova tinha em média 800 corredores. Hoje chega, em alguns casos, a 3 mil ou mais”
 
Assessorias Esportivas
         Algumas criadas anos atrás, com apenas 10 alunos. Hoje são muitas e tem de 75 a 200 alunos. Cada um deles paga em média de R$ 90 a R$ 150,00 por mês e recebe semanalmente, por e-mail, seu cronograma de treinos. A partir daí, escolhe fazer seus próprios horários ou participar dos treinos coletivos, quando a assessoria determina algum local, muitas delas só fornecem o cronograma, a motivação e vendem seus uniformes para divulgar sua marca, muitas sem se preocupar com um trabalho de condicionamento físico, educativos e orientação adequada para a prática de corrida de rua. Muitas assessorias e associações de corredores e treinadores de corrida de rua se preocupam apenas em “organizar” o crescimento desse grande mercado lucrativo.
          Muitas associações e assessorias, ex-corredores, treinadores começam a oferecer treinamento, para um grupo pequeno de pessoas, inspirado em um modelo de marketing e febre da corrida de rua, aí vai ganhando espaço no mercado. Aí surge o grande impulso do negócio, a parceria de uma fabricante de produtos para corredores. Algumas delas buscam treinadores e assessorias iniciantes para apoiar, em troca da ex­­posição de sua marca. Não só para elas, o interesse das empresas em oferecer o treinamento para os funcionários, é fundamental para fazer a procura pela corrida de rua crescer, e assim, os mercados relacionados a ele.
 
Patrocínios
          A prática da corrida é hoje ligada a um estilo de vida e, por isso, atrai também investimentos de muitas empresas que não estariam ligadas naturalmente ao esporte. Uma coisa puxa a outra. As empresas percebem que as provas de corrida estão atraindo muito público e querem colocar seu nome. E isso faz com que o mercado cresça. Há 15 anos, as pessoas começavam a correr por orientação médica (um erro muito grande, esse médico deveria orientar para que procurasse um Educador Físico, isso não ocorreu). O que depois, essa prática de esporte passasse a ser uma questão preventiva, de qualidade de vida e não o que ocorre hoje, uma fábrica de corredores com lesões leves, graves e até irreversíveis.
          O esporte é uma febre em todos os lugares do mundo. sabemos que nessas empresas tem pessoas preparadas e com visão de ganhos financeiros, por isso as corridas hoje em dia é cheia de brindes: Medalhas, bonés, camisetas etc. com a inscrição promocionais. Tal qual o brasileiro compra Marca e não o Produto, o brasileiro estufa o peito quando diz ter ido em uma corrida com um nome de origem estrangeira. Tira fotos, faz selfs, enche a boca e estufa o peito e solta: Eu participei da prova St. Patrick´s Run, Night Run – Etapa Nitro,  EAB Fun Run, BSB City Half Marathon, ASICS Golden Run – Brasília etc. De um lado gostam desse detalhe, do outro, sabem o que estes clientes desejam.
          Pronto, divisão exata com quociente zero! Ora, é dever constitucional do Estado promover o lazer para os cidadãos. E a corrida de rua não deixa de ser um lazer, além de estimular a prática de atividade física, que em última análise faz bem para a saúde e diminui os gastos públicos, pensando nisso qual seria o custo de uma corrida, vamos a um exemplo: Recapitulando e somando todos os custos burocráticos estimados para uma prova de 10km, com 1.000 participantes, e receita com inscrições de R$ 100.000, teríamos:
+ Projeto para alvará: R$ 7.000
+ Projeto elétrico / aterramento: R$ 5.000
+ CET: R$ 35.000
+ Federação: R$ 3.450
+ ISS: R$ 5.000
+ Ecad: R$ 2.500
+ Taxa Seguro: R$ 1.300
= Total: R$ 59.250
Vale lembrar que do total de R$ 59.250, 59% foram gerados pelas despesas com a CET.
          Portanto, caso sua corrida seja organizada em um parque, rota interna ou em uma cidade de médio ou pequeno porte, este custo provavelmente será bem menor ou até zero caso organizado por uma entidade sem fins lucrativos, aí você soma os patrocinadores, esse lucro pode ser até razoável, isso acaba ficando despercebido, os brindes, as medalhas, e os ganhadores da corrida ou categorias levando algum dinheiro, deixa os corredores mais alienados e eufóricos, saem logo procurando qual é a próxima corrida no próximo final de semana, nem se recupera de uma, já começa a se organizar para gastar uma boa quantia na semana seguinte, é uma alienação ou não.
 
Os perigos da Corrida de Rua
          Algum tempo atrás uma britânica morreu na reta final de uma maratona da qual participava para arrecadar fundos para uma entidade beneficente, o fato causou mais espanto por se tratar de uma pessoa relativamente jovem, saudável e treinada, Claire Squires, de 30 anos, do condado de Leicestershire, Inglaterra, desmaiou e faleceu durante a Maratona de Londres.
         Tudo bem, é sabido que correr uma maratona coloca o organismo sob imensa pressão, no entanto o que a grande maioria das pessoas não sabem é que mesmo distâncias menores colocam o organismo sobre uma grande carga de estresse, sejam durante as provas e/ou treinamentos.
          Torções e maus jeitos respondem pela maioria dos incidentes que acontecem em corridas. Excluídos estes, a desidratação é o maior obstáculo que um atleta tem de enfrentar. Em uma corrida de média para longa, em um dia quente e úmido, até quatro litros de fluidos podem ser perdidos à medida que o corredor sua e expira.
          Muitas contusões podem ser evitadas se o atleta faz uma boa preparação, um condicionamento físico adequado, com orientação profissional, aquecimento e alongamentos antes de começar a treinar e a correr. Utiliza bem a água durante treinos e a corrida.  Os bons profissionais aconselham corredores a seguir um plano de treinamento nos meses que antecedem a corrida. Podendo em um mês antes da prova específica, o atleta deva ser capaz de correr 2/3 da prova de forma contínua, "confortavelmente". Isso quer dizer que, ao final desse percurso, ele deve sentir que seria capaz de correr um pouco mais, notando que está preparado e confiante.
          Agora vem o maior dos problemas: Seguir uma planilha de treinamentos, treinar sob orientação, se condicionar fisicamente, não é só correr, maiores distâncias, mais rápido, uma vez que você começa a treinar, aumenta gradualmente sua capacidade física para evitar exaustão e a alternância de treinos é importante para chegar a um bom condicionamento físico.
           O grande problema está no fato, que seja por empolgação, desconhecimento ou má orientação, a maioria dos praticantes só querem correr para treinar, negligenciam a necessidade da evolução gradual dos treinos no condicionamento físico, a necessidade de diferentes sessões de treinamento durante as semanas, a integração destes treinamentos com outras atividades, além de se preocupar com a alimentação e descansos apropriados.    
          A corrida de rua tornou-se um esporte bastante popular nos últimos anos , o número de provas e participantes aumentou muito , de olho nesta fatia do mercado a maioria dos clubes e/ou academias formou grupos de treinamento, atente que na maioria dos casos só existe mesmo a palavra treinamento para corrida de rua, na grande maioria o responsável sequer tem algum tipo de experiência na montagem de programas deste tipo, o que ocorre é, que juntam um grupo totalmente heterogêneo, fazem um pseudo alongamento, quando fazem,  e saem simplesmente para correr a distância e/ou percurso que agrada o responsável naquela ideia, sem diferentes metas e sessões para cada participante ou seja o corredor de 3m/k corre com o de 5m/k, corre o de 10km, um dos três deve estar com um treino no mínimo equivocado.
Ao seguir um plano de treinamento, você será capaz de ganhar resistência física. Entretanto, se ficar doente ou se machucar durante o treinamento, você acabará por interrompe-lo , não aceite aquela pseudo orientação, de pseudos treinadores, que é normal sentir dor , o corpo acostuma , de forma alguma volte a treinar até que seu corpo tenha se recuperado totalmente , pois se  você sofre de alguma doença ou complicação pode colocá-lo num risco ainda maior, se você é diabético ou tem doença cardíaca, procure aconselhamento médico. É importante que você treine CORRETAMENTE para ganhar resistência de forma constante e segura.
         No dia da corrida, lembre-se de aquecer, depois alongar, administre sua energia e descanse sem sentir dor ou desconforto. Infelizmente, em circunstâncias muito raras, algumas pessoas vão sofrer complicações imprevistas, normalmente ligadas a condições anteriores. Mas para a grande maioria das pessoas, os benefícios que o exercício traz para a saúde são maiores do que os riscos.
Corrida de rua exige cuidados
para iniciantes, alerta especialista
Avaliação médica inicial com cardiologista é imprescindível.
Acompanhamento de um educador físico auxilia na evolução.
Check-up avalia a condição cardiorrespiratória
          Na busca por hábitos mais saudáveis, a corrida de rua é uma prática que vem ganhando espaço nos últimos anos. E como fazer para se tornar um corredor? Basta calçar um tênis e sair correndo por aí? Não. Antes de pensar em fazer parte desses índices, é preciso tomar alguns cuidados. Procurar um cardiologista é imprescindível. Um professor de educação física também auxiliará para que a evolução seja mais rápida.
O cardiologista fará um check-up completo da parte cardiorrespiratória liberando assim para futuras atividades físicas. Feito isso, preferencialmente, deve-se procurar um educador físico que irá pedir uma avaliação física e dará as primeiras orientações para iniciar na atividade.
          A avaliação física mostrará ao atleta e professor o atual nível de condicionamento físico e eventuais limitações do corredor. Com isso, cabe ao professor elaborar todo o esquema de treinamento do atleta visando seu potencial e levando em conta suas deficiências. Além disso, com a composição corporal e os marcadores do condicionamento físico, é possível verificar as melhoras no desempenho do atleta com o passar do tempo.
 
Perigo
          Começar a correr sem uma avaliação prévia pode ser extremamente perigoso. A corrida é uma atividade de alta intensidade e exige muito do sistema cardiorrespiratório, da musculatura e das articulações. A prática desorientada poderá levar o praticante a muitos problemas que vão desde uma simples fadiga, passando por problemas musculares e de articulações, até a problemas mais graves como o over-training, desidratação profunda e paradas cardíacas. O acompanhamento de um educador físico pode evitar futuros problemas ou patologias que a corrida mal orientada pode acarretar. “Além disso, otimiza o desempenho do atleta e alcançar os objetivos traçados de forma rápida e segura.
 
Início
           A planilha de treinos inicial dependerá de vários aspectos. O professor irá avaliar a limitações ou patologias do atleta, nível de condicionamento físico, histórico esportivo (quais esportes e por quanto tempo o atleta faz práticas determinadas atividades) e por fim o objetivo da pessoa. os primeiros treinos dependerão do nível de condicionamento e objetivo do corredor. “Geralmente, é elaborado um treino intervalado. Esta atividade consiste em alternar corridas leves com caminhadas rápidas. Por exemplo, o corredor fará um total de 30 minutos alternando entre 2 minutos de caminhada rápida com 2 minutos de corrida leve até completar o tempo total”, destaca.
 
Descanso também é treino
          No mundo da corrida, é comum ouvir que a prática é viciante. Assim, muitos iniciantes passam a correr diariamente e deixam de descansar. Correr realmente pode viciar, porém o descanso é essencial e deve fazer parte da vida de qualquer corredor. É nele que o organismo se regenera e se recupera do estresse causado pelos treinamentos e competições. O repouso há uma grande compensação do organismo, fazendo com que o atleta fique mais forte e resistente. O descanso é essencial para a prevenção de lesões causadas pelo desgaste da atividade física. Pode-se dizer que tão fundamental quanto o treinamento é o descanso e ele está diretamente relacionado com a qualidade de vida, desempenho e sucesso do atleta.
 
Equipamento
          Roupas leves são fundamentais para uma boa corrida. E o tênis não pode ser esquecido. Uma boa escolha melhora o rendimento e previne as lesões. O tênis ideal deve ser leve, macio e com um bom amortecimento. Hoje em dia, muitas lojas fazem um teste para identificar qual o padrão de pisada (supinada, neutra ou pronada) e já indicam o melhor tênis para a prática da corrida.
 
As sete lesões mais comuns entre os corredores de rua
          A corrida de rua já virou paixão nacional. Atualmente, estima-se que o número de brasileiros praticantes do esporte esteja em torno de 4 milhões e crescendo! Em cinco anos o número de maratonistas cresceu 40%, segundo pesquisa. E com esse aumento disparado de pessoas se exercitando em parques, ruas e academias, também cresce a quantidade de lesões por conta do esporte. Qual corredor que nunca ouviu falar nas palavras canelite, tendinite, fratura por estresse, e assim vai? Segundo os médicos especializados em Medicina do Esporte, um estudo apontou que cerca de 30% dos corredores de rua apresentaram algum tipo de lesão nos últimos seis meses - sendo que os homens com idade entre 31 a 45 anos são os campeões de queixas.
          Esses são alguns dos problemas que ocorrem, principalmente na região inferior do corpo, devido a pouco fortalecimento da musculatura, ou até mesmo por falta de descanso. Isso mesmo, você leu bem. Aqui apresento a sete lesões mais comuns na corrida de rua e como fugir desses percalços que aparecem meio do caminho.
1) Canelite (Síndrome do estresse tibial medial)
Afeta região interna da tíbia (osso da canela).
A lesão se dá em pessoas que tem a pisada mais para dentro ou então, quando ocorre o aumento do exercício, seja por frequência, intensidade ou duração, entre outros problemas.
Como prevenir:
Manter rotina de alongamentos, fortalecimento muscular, além de evitar treinamentos excessivos, fato que varia de acordo com o preparo físico de cada atleta.
Como curar:
O tratamento requer repouso (ou diminuição do ritmo de treinamentos) e reabilitação fisioterápica.
2) Fratura por estresse
Lesão nos pés e tíbia (principal osso da perna), fíbula e fêmur.
Motivos:
corredores de longa distância, que percorrem grandes percursos com elevada frequência têm risco aumentado dessa fratura. Excesso de treinamento ou lesão não tratada adequadamente, também contribuem.
Como prevenir:
Evite treinamentos extenuantes repetidamente e mantenha intervalos de descansos.
Como curar:
Com imobilização e repouso, até que o osso esteja totalmente reparado.
3) Distensão muscular
O problema, que ocorre por conta do estiramento excessivo de determinada fibra muscular, atinge, principalmente, panturrilha e posterior da coxa.
Motivos:
Excesso de treinamento, cargas acima do suportável e lesões não tratadas adequadamente que levem a uma alteração biomecânica do corpo.
Como prevenir:
Com o aumento gradual em cargas de treino. Sem esquecer de fortalecer músculos dos quadris, core etc. Deve-se descansar, ao menos um dia completo, uma ou duas vezes por semana. Pequenos intervalos durante um treino também são necessários para otimizar sua performance e evitar lesões.
Como curar: com fisioterapia e repouso.
4) Tendinite ou Tendinopatia
Inflamação no tendão entre a panturrilha e o calcanhar
Motivos:
Excesso de treinamento ou mudança nos exercícios (aumento de intensidade ou volume muito grande em relação ao habitual). Também pode ocorrer quando se tem um encurtamento desses tendões.
Como prevenir:
Com aumento gradual nas cargas de treino. Realizando alongamento e fortalecimento do tendão de Aquiles, músculos do quadril, quadríceps e isquiotibiais (posterior de coxa).
Como curar:
O tratamento consiste em medicações, fisioterapia e repouso.
5) Síndrome da banda iliotibial
É causada pela fricção excessiva entre a banda iliotibial (tecido localizado na face lateral da coxa) e o osso localizado logo acima do joelho.
Motivos:
Ocorre com maior frequência em corredores de longa distância, ciclistas e outros atletas que praticam atividades envolvendo flexão repetitiva de joelho.
Como prevenir:
Com alongamento e fortalecimento do tendão de Aquiles, dos músculos do quadril, quadríceps e posterior de coxa. Além disso, é preciso ficar atento ao volume e intensidade dos treinamentos.
Como curar:
Com fisioterapia, medicações anti-inflamatórias e repouso.
6) Fascite plantar
Afeta a sola do pé, próximo ao calcanhar. Caracteristicamente, os sintomas ocorrem pela manhã, ao pisar pela primeira vez no solo.
Motivos:
Existem vários fatores e, segundo os profissionais, algumas possíveis causas são: pés planos ou cavados, encurtamento do tendão de Aquiles, musculatura da região fraca, falta de alongamento e alterações biomecânicas nos pés, joelhos e quadril.
Como prevenir:
Realize alongamentos e fortalecimento de panturrilha, dos músculos do quadril e quadríceps. Além disso, é indicado acrescentar de forma gradual a carga de treino.
Como curar:
com alongamentos e medicações anti-inflamatórias.
7) Condromalácia patelar
A parte do corpo lesionada é a patela, o osso localizado no joelho que ajuda a sustentar os músculos das coxas.
Motivos:
Desequilíbrio de forças da musculatura do quadril e quadríceps, excesso de peso, alterações no ângulo do joelho, entre outros.
Como prevenir:
Com fortalecimento de glúteos e quadríceps, além de redução do peso. É bom, também, evitar excesso de treinamento e de provas. A melhora da técnica de corrida pode ajudar.
Como curar:
Depende da gravidade do problema. Casos leves e moderados são tratados com fisioterapia e medicamentos. Já as lesões mais graves podem necessitar intervenção cirúrgica para reparo da cartilagem articular.
           O condicionamento físico fora da temporada de competições é importante para a obtenção de um desempenho máximo durante a temporada. Benefícios do condicionamento físico: diminui o risco do aparecimento de lesões, diminui o tempo de reabilitação após uma lesão, mantém o aprendizado de tarefas motoras adquiridas e mantém uma ligação efetiva entre o atleta e o seu esporte através da execução correta destas tarefas motoras.
          As primeiras quatro semanas após o início da temporada, são as mais perigosas, devido ao mau condicionamento físico. Então, o maior objetivo do condicionamento físico pré-temporada é iniciar o período de treinos já bem condicionado fisicamente.
         Um bom programa de condicionamento físico deve incluir os seguintes itens:
1. Aquecimento: prepara o sistema cardiovascular para o exercício.
2. Alongamento: para assegurar a amplitude articular máxima.
3. Exercícios de força.
4. Treinamento de resistência.
5. Atividades específicas do esporte: para automatizar as tarefas motoras específicas de cada esporte
6. Desaquecimento.
7. Técnicas de relaxamento: para recuperação da fadiga e redução do estresse.
         Este programa deverá ser subdividido em fases: macrociclo, mesociclo e microciclo, para que haja um melhor planejamento. O macrociclo corresponde à fase do treino que envolve uma competição e seu treinamento prévio, ou seja, é o planejamento global, que dura de seis meses a um ano. O mesociclo corresponde às fases específicas dos treinos, a base, fortalecimento, técnica, etc e dura de um a dois meses. O microciclo corresponde aos objetivos mais imediatos dos treinos, dura uma semana a dez dias.
          Entenda a Importância de se Preparar Fisicamente Para Uma Atividade Esportiva. Praticar atividades esportivas significa cuidar do corpo e da mente. E se os exercícios escolhidos tiverem a natureza como cenário, melhor ainda! Seja caminhar, correr, pedalar, escalar — todas essas atividades são válidas para quem quer mais qualidade de vida e saúde.
          Porém, isso não significa colocar o primeiro par de calçados que encontrar no armário e sair andando por aí, certo? Será que o seu condicionamento físico está adequado para encarar essas atividades? Antes de praticá-las, é preciso averiguar se está tudo certo com você, a fim de garantir uma prática segura e que só traga bons resultados.
          Ficou pensativo? Fique tranquilo! Hoje vamos falar justamente sobre a importância do preparo físico para as atividades esportivas. Isso não quer dizer que você precisa ser um atleta, já que as práticas podem ter diversos níveis de dificuldade. Ou seja, com os cuidados certos, qualquer um pode ser adepto. Continue a leitura para saber por que é importante investir no preparo físico e o que deve ser feito para melhorar!
Afinal, o que é condicionamento físico?
         Tratando-se de saúde, um bom condicionamento é a capacidade do corpo de responder bem às demandas e aos desafios físicos, tendo um mínimo de cansaço e desconforto. Ele está relacionado a quatro componentes:
Capacidade aeróbica — o potencial do corpo em captar e utilizar oxigênio para produzir energia;
Capacidade muscular — a força e a resistência dos músculos;
Flexibilidade — a capacidade muscular e articular em exercer flexões e extensões em boa amplitude;
Composição corporal — a boa equação entre a gordura e a massa magra do corpo.
          Em suma, um bom condicionamento físico se traduz na capacidade de o coração, os pulmões, os músculos e as articulações resistirem às tarefas diárias, sejam as de esforço leve ou aquelas que exigem mais do corpo. O condicionamento físico deve ser avaliado a partir de um exame que leve em conta a idade, o gênero, as predisposições genéticas, dentre outros fatores. Ou seja: é uma análise abrangente e pessoal.
         Para se ter um bom preparo físico, não é necessário fazer atividades físicas intensas e que levem à exaustão. Contudo, para usufruir de todos os seus benefícios, a prática deve ser regular e ao longo de toda a vida.
Há riscos de se praticar atividades esportivas sem condicionamento?
         O bom condicionamento físico é a melhor forma de se prevenir lesões às quais os esportes podem expor. Por isso, se os músculos, a coluna e as articulações não estiverem em condições de lidar com o esforço de uma atividade esportiva, ficarão sujeitos a torções, distensões, estiramentos, desgastes e até fraturas.
          Da mesma forma, é preciso um mínimo de condicionamento cardiorrespiratório para a prática esportiva. Sem a mensuração adequada de esforço pode acontecer o overtrainning, que ocorre quando o praticante ultrapassa os seus limites. Isso resulta em fadiga, baixa da imunidade e dores de cabeça, e até mesmo piora o quadro de hipertensão.
 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 03/05/2018
Código do texto: T6326429
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