AMAR

Amar não consta em lei ou de manual de instruções. Há atitude, respeito e sentimento. No livro, “Amor Que Serena Termina?”, Juan Gelman, expressa seu “eu” contido no eco de tantas vozes, “Amor que serena termina? / Começa? / Que nova velhice o espera para viver? / Qual fulgor? Amor surgindo...”.

Viver o amor além de prazeroso é fácil, mesmo que se apresente em diferentes expressões, que surpreende de forma agradável para alguns e intrigante para outros.

Nosso comportamento, por vezes, não fica nítido quando seguimos o coração. Com propriedade e simplicidade misturamos os sentidos e sentimentos com a realidade. Assim, ficamos envolvidos com o amar, fosse o abrir as portas no nosso cotidiano.

Com os sentimentos resgatamos o amor, mesmo sabendo que podemos vivenciar mundos diferentes nos relacionamentos, que podem nos levar ao caminho da felicidade, como em Juan Gelman, “... o amado cria o que amará / como tu / chave / tremendo / na porta do tempo”.

Quando reconhecemos a nossa cara metade, descobrimos que somos feitos um para o outro e o mundo vira de cabeça para baixo com tanta alegria e emoção. Buscamos consolo e carinho nos braços do amado. Ficamos inquietos e julgamos sem provas, sempre que nos expomos sem medo de ser feliz.

Admitir estarmos apaixonados é o que importa; não existe o certo e o errado quando os sentimentos se encontram em quem somos. Nas palavras de Juan Gelman, “amar-te é isto: / uma palavra que vai dizer / uma arvorezinha sem folhas / que dá sombra”.