Moda - Griffes e meias Griffes

Existia há 40, 50 anos, uma cadeia produtiva no Brasil de tecidos que chamamos de planos (Brins, Sarjas, chitas, popelines, tricolines fios tintos, alguns tecidos maquinetados, outros em Jacquardt, sedas etc e aos poucos o poliéster e outras fibras sintéticas, foram sendo introduzidas quando começamos a produzir tecidos mistos com viscose, poliéster e assim surgiu e emergiu o parque industrial de Americana em SP, para competir com fabricas tradicionais de algodão que existiam no Rio de Janeiro, São Paulo Capital e Minas Gerais e outros Estados como Pernambuco, Paraíba e Ceará e até mesmo Sergipe.

As roupas eram confeccionadas em casa ou pelas costureiras profissionais e alfaiates. Os tecidos eram comprados a metro, em redes de lojas, como Casas Pernambucanas, Casas Buri, Riachuelo Tecidos e outras menores regionais que abasteciam esse mercado e o meio de publicidade mais moderno dessas lojas naquele tempo, eram as porteiras de fazendas e muros nas grandes cidades.

Foi quando se deu inicio ao processo de industrialização da roupa pronta e as primeiras peças no Brasil eram importadas da Lee que depois montou uma unidade de produção do Brasil. As máquinas de costura domesticas começaram a ter um perfil novo e junto com elas todo processo de automatização do corte, costura, travettis, etc.

A indústria do Índigo cresceu e junto com ela as calças prontas começaram a surgir no mercado. No principio, como sempre foi, São Paulo comandava e gerenciava o mercado produtor e distribuidor.

Houve um tempo em que a indústria de roupas, era gerenciada pelo proprietário que ousava montar uma pequena indústria, crescia vertiginosamente e relativamente rápido porque era uma novidade (a roupa pronta) e com isso a demanda era muito maior.

Os empreendedores organizavam seus pequenos negócios, compravam máquinas de costura, empregavam as costureiras, carteira assinada, etc, tudo organizado, e algumas regiões se desenvolveram e o interior era abastecido com a produção que se desenvolvia nas grandes capitais, principalmente.

As industrias de tecelagens que antes abasteciam apenas lojas de varejo de tecido a metro, foram se adaptando para fornecer tecidos em rolos desenfestados e um novo mercado foi surgindo para substituir as redes de varejo como Casas Pernambucanas, Casas Buri e outras pequenas redes regionais.

O mercado de roupas ia muito bem (no que chamamos de tecidos planos), mas antes desse fenômeno do surgimento da indústria de roupas, surgiu praticamente ao mesmo tempo, o terrível concorrente do Brim, da tricoline, da popeline