Considerações sobre o último "show" do Rei no Rio de Janeiro
                 
  
O "show" de beleza com que nos presenteia o "Rei Roberto Carlos" é realmente fantástico. É impressionante constatar como, àquela hora da noite, as pessoas enfrentam desafios, uma onda crescente de violência, numa cidade onde ninguém se sente seguro, para aguardarem ali ansiosamente a chegada daquela presença marcante, cuja luz atrai sempre, brilhante estrela de que o mundo necessita para superar as sombras dominantes.

  Uma multidão se aglomera, jovens, idosos, pessoas em cadeira de rodas, artistas que vemos, na televisão, ali estão aplaudindo o espetáculo magnífico, cheio de luzes vibrantes. Mas, quando o artista chega, aquela esplendora luz se agiganta, enriquecendo o cenário de exuberante beleza.

  Como explicar tal carisma? É fácil. Roberto Carlos é dono de uma extraordinária musicalidade; ouvindo-o, esquecemos os nossos problemas, pois ele nos fala de amor, o tônico da vida. Ele nos faz acreditar na supremacia do Bem, na onipresença de Deus, na fraternidade, na honra de ser construtor de um mundo melhor...

  Todas as pessoas gostam de companhias nobres e discretas, que inspiram confiança, favorecendo a tranquilidade e que sobretudo nos encantam.

   Roberto distende a mão a alguém caído, diz uma palavra cortês a outrem, sorri para uma pessoa solitária, presenteia o seu público com uma flor, faz sorrir um triste, compartilha com a sua orquestra o "enlevo" que desperta o seu espetáculo, enlaça em ternura todos ali presentes, possui o tesouro de um comportamento jovial que enche de felicidade a sua platéia. Que belo tudo isso!

   Também nos faz chorar. Como todo ser humano, sofreu grandes perdas. E uma das maiores foi a de sua mãe, que ele eterniza com a canção "Lady Laura". Observo os semblantes ao redor. É difícil não ver nos rostos próximos uma lágrima furtiva. A música infinitamente linda nos transporta ao passado, a uma lembrança muito querida, a momentos dolorosos e delicados, a um pedaço de nosso caminho e a uma intensa emoção chamada "saudade".

   Roberto, que você permaneça entre nós, ainda, por muitos anos.Temos orgulho de tê-lo como "Rei".

   Outro fator importante que queremos transmitir ao nosso inigualável artista: 

 Os dizeres do grande Médico Raimundo Grossi, no recém-lançado livro Pensamentos Estendidos & Outros Comprimidos, Editora Penalux, página 88, "A dieta mais saudável para o seu coração se chama AMOR de todas as formas!". 

  Em tal sentido, você está de parabéns por seguir à risca a dieta do amor. 

  Outrossim, não se perturbe, também, com alguns seres que ignoram o verdadeiro sentido da vida, as lições de simplicidade, as quais envolvem todas as suas ações, o magnetismo que o caracteriza.

 É verdade que, quando temos valor, sempre haverá alguém que ficará incomodado com o nosso sucesso. Ignore tais pretensos críticos que não têm competência para dizer o que afirmam. Lembre-se, ainda, dos ensinamentos do nosso renomado Doutor Grossi, na obra citada, agora na página 113, rubrica ANO NOVO, in fine,  de que "os homens de boa índole e gosto sempre lhe darão razão!"

  A esta altura do "campeonato",  não posso deixar de destacar que, quem assina este texto, sou eu, uma "tresloucada" fã, palavra utilizada por um suposto "blogueiro", o qual, recentemente, fez um comentário sobre o "show" de Roberto Carlos, realizado no Metropolitan-Rio de Janeiro. 

  O indigitado comentário mais me lembrou, vulgarmente falando, um "pastel de vento", ou seja, conteúdo "zero", tratando-se de uma análise hipoteticamente vazia e inexpressiva. 

  Não vou declinar o nome do possível autor/comentarista/blogueiro, pois me recuso a dar "ibope" a quem não merece, sequer, a indiferença alheia.

   Reconheço que ninguém é obrigado a gostar de algo ou de alguém, mas, como já disse em texto pretérito, de minha autoria, publicado neste site, que venham as críticas, desde que embasadas, salutares, feitas dentro de padrões responsáveis, éticos, de respeito ao próximo, a seu trabalho, a seu histórico de vida pessoal e profissional. Comentários despiciendos, ainda que impactantes, estão fadados ao descrédito. 

   Tornaram-se cansativas, a nós, brasileiros, as ausências generalizadas de ética, de educação e de conscientização de uma minoria que teima em se impor, em algum contexto social,  "na marra" e "na maldade gratuita".

   A propósito, para você, Roberto, para famosos ou não, mas para todos que se conduzem, na vida, dentro de padrões saudáveis e de respeito mútuo no convívio social, caso sejam alvos de infundados e infelizes comentários em veículos de comunicação, de qualquer ordem, tenham em mente a figura do eventual comentarista associada à seguinte sentença latina:

  Ista cum lingua, si usus veniat tibi, possis / culos et crepidas lingere carpatinas

  "Com essa língua, se te fosse útil, poderias lamber traseiros e sandálias de couro."

   Em síntese, pouca ou nenhuma fé se deve dar a quem muito fala sem o efetivo conhecimento de causa e sem o respeitoso cuidado à sensibilidade, ao sentimento e à história de nossas vidas, sejamos pessoas públicas ou não.
                 
                       
Ana Maria Martins Pompílio da Hora


  
Ana Pompílio da Hora
Enviado por Ana Pompílio da Hora em 09/12/2015
Reeditado em 02/02/2016
Código do texto: T5474879
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