Afeto Pseudobulbar

“A vida é um caminho de sombras e luzes. O importante é que se saiba vitalizar as sombras e aproveitar as luzes” (Henri Bergson)

Em 1912 o neurologista Samuel Alexander Kinnier Wilson descreveu uma doença conhecida como degeneração hepatolenticular, causada por uma mutação no cromossomo 13 que tem a função de secretar o Cobre da bile, ou seja, a doença provoca um acumulo tóxico de Cobre no fígado e no cérebro. Essa enfermidade ficou conhecida como Doença de Wilson.

O Afeto Pseudobulbar é conhecido como um transtorno de expressão emocional que o individuo não tem o poder de controlar o riso e o choro, é involuntário, o choro e o riso se tornam patológicos. O Afeto Pseudobulbar faz a pessoa perder o controle das reações, provocando situações constrangedoras.

O cidadão com esse transtorno está numa conversa e recebe a noticia da morte do filho e de repente passa a rir e fica dez minutos rindo involuntariamente, ele não tem controle, ou o sujeito está se casando e toca a Marcha Nupcial criada pelo compositor Félix Mendelssohn e a pessoa começa a chorar histericamente como se fosse queimar na fogueira da Inquisição por Tomás de Torquemada ou sentar no “Burro Espanhol” e começa a passa mal de tanto chorar... essas reações são típicas do Afeto Pseudobulbar.

O Coringa, personagem criado por Bill Finger e Jerry Robinson possui essa indigesta e perturbadora condição de rir e chorar copiosamente sem ter o poder de conseguir se controlar.

O Afeto Pseudobulbar ocorre quando há uma lesão no Córtex frontal, no tronco cerebral, ou pode aparecer após um acidente vascular cerebral, na esclerose múltipla, no tumor cerebral, na esclerose lateral amiotrófica e na Doença de Wilson, o Cobre no cérebro manifesta sintomas neuropsiquiátricos gravíssimos como o deste artigo.

Às vezes o choro ou riso nem refletem o que o individuo está sentindo, é simplesmente involuntário, é como se acontecesse um eclipse de repente no momento que você não espera, você cai no choro, você desaba sem motivo e nas horas mais ingratas.

“As ciências explicam tudo para a inteligência e nada para o coração” (François-René de Chateaubriand)

Eden Mendes
Enviado por Eden Mendes em 02/09/2019
Código do texto: T6735446
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