UMA GRALHA COM PENAS DE PAVÃO

UMA GRALHA COM PENAS DE PAVÃO

Advocaci nascuntur, judices fiunt.*

Os recentes acontecimentos no país enchem ( ou deveriam encher) de indignação qualquer brasileiro independente de cor,credo ou filiação política.Nem na mais insignificante republiqueta de bananas , um juiz de primeira instância ,a mais primária das instâncias judiciais teria o desplante de grampear a mais alta autoridade do país e depois vazar este documento para a mídia,além de insuflar a população contra autoridades constituídas e legitimamente eleitas o que torna o fascista de Curitiba um caso único no mundo.Certo,muitos governos se valem desta prática inconstitucional contra adversários ,inclusive o “grande patrão” americano ,os nazistas na Alemanha ,os fascistas na Itália de Mussolini e muitos pequenos ditadores espalhados pelo mundo.

Mas,esta atitude,partindo de um funcionário do Estado e de tão pequena estatura ,que eu saiba nunca ocorreu. Um juiz deveria ter ,no mínimo,discrição,serenidade e respeito á liturgia do cargo e nunca,nunca mesmo ,ser partidário e mostrar claramente a já depauperada balança da justiça pendendo para um lado só.E,não pode ficar impune. Tem que pagar por sua irresponsabilidade e parcialidade imoral.

Mas,não foi por falta de sinais que ele chegou a esse ponto.Tratado como herói pela classe média conservadora ,insatisfeita com os avanços sociais do governo Lula,o resto do país já deveria ter percebido ,como eu percebi,a gestação do ovo da serpente.Sendo um cidadão muito ligado á oposição desde criança –o pai foi um dos fundadores do PSDB em Curitiba,casado com uma advogada do partido,deveria imediatamente recusar sua participação neste julgamento por não poder manter sua imparcialidade.Quando não o fez mostrou a todos o seu caráter.Ou a falta dele.Um juiz ou qualquer figura pública não pode ser um agitador social ,não pode vir a público mostrando o seu interesse (ou o interesse de que lhe paga) em derrubar um governo popular ,ratificado pelo povo que o escolheu.

Isso me faz lembrar a fábula de Esopo ,onde uma gralha, insatisfeita com sua feiura e insignificância,enfeitou-se com as penas de um pavão e ,certa do sucesso,passou a passear seu penacho falso,no meio dos pavões verdadeiros,sendo de lá rechaçada por eles a bicadas.Voltando para o meio dos seus também foi hostilizada pela hipocrisia,pelo inconformismo que revoltou seu grupo social e alijada do seu meio.

Enfim,nem bem no céu e nem bem na terra o futuro deste juiz iMOROal será a lata de lixo da história.

Triste fim espera esse Mussolini de Curitiba ; talvez ,seus descendentes tenham ,um dia,até vergonha de ostentar seu sobrenome.Como aconteceu com um certo jornalistazinho carioca da década de 50, ,cujo mau caráter ficou eternamente postado nas nossas lembranças mais tristes.

*Advogados nascem,juízes fazem-se.

Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 17/03/2016
Código do texto: T5576260
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